As linguagens do traduzir e a representação da alteridade em autobiografias de ex-escravos afro-americanos: os casos de Harriet Jacobs (1813-1897) e de Frederick Douglass (1818-1895)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amorim, Lauro Maia
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Deângeli, Maria Angélica
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Letras Raras
Texto Completo: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/1536
Resumo: DOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v7i2.1149   A tradução tem sido cada vez mais compreendida na contemporaneidade como um gesto interpretativo entre línguas e culturas, concretizando-se segundo as condições históricas e ideológicas de seu tempo. O texto traduzido não é um reflexo de seu original, mas uma “refração” que pode revelar crenças, valores e normas. Estaríamos vivendo, nas últimas décadas, no Brasil, um processo de maior conscientização acerca da negritude, com implicações para o modo com que o tradutor traduz o Outro. É nesse contexto que este trabalho discute duas obras autobiográficas traduzidas: a obra Incidentes da vida de uma escrava contados por ela mesma, de Harriet Jacobs (1813-1897), traduzida por Waltensir Dutra e publicada em 1988 pela editora Campus, e a obra A narrativa da vida de Frederick Douglass: um escravo americano, de Frederick Douglass (1818-1895), traduzida por Leonardo Vidal e publicada em 2016 pelo website da Amazon. As narrativas autobiográficas de (ex-)escravos, publicadas no século XIX, são testemunhos da era da escravidão nos Estados Unidos. No entanto, as traduções, no Brasil, foram publicadas em momentos históricos diferentes e segundo projetos editoriais distintos: uma tradução, a de Dutra, é baseada em uma versão comentada em notas e de cunho historiográfico, enquanto a outra tradução, a de Vidal, é uma publicação independente de iniciativa do tradutor e com objetivos educacionais, sem vínculos historiográficos. Este trabalho busca discutir os caminhos trilhados pelos tradutores, quanto ao emprego da linguagem tradutória, e as implicações de suas escolhas para a reconstrução do objeto autobiográfico.
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spelling As linguagens do traduzir e a representação da alteridade em autobiografias de ex-escravos afro-americanos: os casos de Harriet Jacobs (1813-1897) e de Frederick Douglass (1818-1895)Estudos da TraduçãoAutobiografiasNarrativas de escravosDOI: https://dx.doi.org/10.35572/rlr.v7i2.1149   A tradução tem sido cada vez mais compreendida na contemporaneidade como um gesto interpretativo entre línguas e culturas, concretizando-se segundo as condições históricas e ideológicas de seu tempo. O texto traduzido não é um reflexo de seu original, mas uma “refração” que pode revelar crenças, valores e normas. Estaríamos vivendo, nas últimas décadas, no Brasil, um processo de maior conscientização acerca da negritude, com implicações para o modo com que o tradutor traduz o Outro. É nesse contexto que este trabalho discute duas obras autobiográficas traduzidas: a obra Incidentes da vida de uma escrava contados por ela mesma, de Harriet Jacobs (1813-1897), traduzida por Waltensir Dutra e publicada em 1988 pela editora Campus, e a obra A narrativa da vida de Frederick Douglass: um escravo americano, de Frederick Douglass (1818-1895), traduzida por Leonardo Vidal e publicada em 2016 pelo website da Amazon. As narrativas autobiográficas de (ex-)escravos, publicadas no século XIX, são testemunhos da era da escravidão nos Estados Unidos. No entanto, as traduções, no Brasil, foram publicadas em momentos históricos diferentes e segundo projetos editoriais distintos: uma tradução, a de Dutra, é baseada em uma versão comentada em notas e de cunho historiográfico, enquanto a outra tradução, a de Vidal, é uma publicação independente de iniciativa do tradutor e com objetivos educacionais, sem vínculos historiográficos. Este trabalho busca discutir os caminhos trilhados pelos tradutores, quanto ao emprego da linguagem tradutória, e as implicações de suas escolhas para a reconstrução do objeto autobiográfico.Editora Universitaria da UFCG2023-10-14info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos paresapplication/pdfhttps://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/1536Revista Letras Raras; Vol. 7 No. 2 (2018): A tradução e suas linguagens; 110-135Revista Letras Raras; Vol. 7 Núm. 2 (2018): A tradução e suas linguagens; 110-135Revista Letras Raras; Vol. 7 No 2 (2018): A tradução e suas linguagens; 110-135Revista Letras Raras; v. 7 n. 2 (2018): A tradução e suas linguagens; 110-1352317-2347reponame:Revista Letras Rarasinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCGporhttps://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/1536/1471© 2023 Revista Letras Rarashttps://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessAmorim, Lauro Maia Deângeli, Maria Angélica 2024-01-04T23:53:45Zoai:ojs2.revistas.editora.ufcg.edu.br:article/1536Revistahttps://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLRPUBhttps://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/oai||letrasrarasufcg@gmail.com2317-23472317-2347opendoar:2024-01-04T23:53:45Revista Letras Raras - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false
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