Avaliação do armazenamento de medicamentos e promoção de orientações farmacêuticas em residências no Município de Santa Cruz/RN.

• Autor(a) principal: NASCIMENTO, Alana Karoline Penha do.
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/6757
• topic: Automedicação; Farmácia Caseira; Descarte de Medicamentos; Papel do farmacêutico; Self-medication; Home Pharmacy; Medication Disposal; Role of the pharmacist; Automedicación; Farmacia domiciliaria; Eliminación de medicamentos; Farmacologia Geral

Farmácia caseira corresponde ao armazenamento de medicamentos nas residências e grande parte da população brasileira a possui, com o intuito de facilitar o acesso à terapia farmacológica. No entanto, essa prática pode gerar problemas de saúde pública, visto que o acondicionamento incorreto causa alterações nos medicamentos, a falta de conhecimento quanto ao descarte gera diversas consequências ao meio ambiente e o acúmulo de fármacos em casa aumenta o risco de intoxicação, fazendo com que a saúde da população fique vulnerável. Com isso o objetivo do trabalho, foi levantar dados sobre a forma de armazenamento dos medicamentos nas residências e promover orientações visando à otimização da farmacoterapia, manutenção da eficácia medicamentosa e a segurança dos usuários. A presente pesquisa realizou-se acompanhando Agentes Comunitários de Saúde (ACS) da Unidade Básica de Saúde (UBS), da cidade Santa Cruz/RN, em suas visitas residenciais, para identificar o perfil da população a qual os ACS atendem. A pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Campina Grande, tendo como número do parecer 2.794.949. Os dados coletados através dos questionários apresentaram uma amostra de 150 residências. Neste estudo encontra-se que a maioria é do gênero feminino 69,33%, sobre a faixa etária 53% estão entre 18 e 39 anos, em 33,33% das residências apresentaram ter três moradores, a renda 1 a 3 salários representou 45,33%, sobre escolaridade 40% afirmaram possuir ensino médio, a maioria reside próximo ao posto de saúde, 54,67% relataram que adquirem seus medicamentos em drogarias/farmácias. Quando questionados sobre o local de armazenamento 45,33% guardam em armários de cozinha, 26,66% estão ao alcance de crianças, 24,66% descarta a bula, pois relatam que esta não tem importância, 86% responderam que o médico os indicaram o tratamento, 13,33% não seguem o que está prescrito e abandonam o tratamento quando sentem melhora, 22% não observam o prazo de validade, como consequência disso 15,33% possuíam medicamentos vencidos. Acerca do descarte 76,66% relataram descartar em lixo comum e 80,66% afirmaram que nunca receberam informações sobre o armazenamento e descarte de medicamentos. Portanto, a partir destes resultados destacaram-se pontos significativos, como a falta de informação que pode trazer prejuízos aos indivíduos e ao meio ambiente, com isso, observa-se o papel de destaque do farmacêutico como agente promotor e educador em saúde e a relevância de estudos como esse na promoção da racionalidade na utilização dos medicamentos, o que gera impactos positivos sobre o meio ambiente e a qualidade de vida da população.