“Famílias” indígenas na freguesia da gloriosa senhora Santa Ana do Seridó (Séculos XVIII-XIX): uma abordagem microhistórica.

• Autor(a) principal: MACEDO, Helder Alexandre Medeiros de.
• Data de Publicação: 2008
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/36655
• topic: História indígena - Seridó; Tomé Gonçalves da Silva - índio; Seridó potiguar; Sertão do Rio Grande do Norte - História; Microhistória; Freguesia do Seridó - Século XVIII; Freguesia da gloriosa Santa Ana do Seridó - Séculos XVIII-XIX; Indigenous history - Seridó; Tomé Gonçalves da Silva - Indian; Backlands of Rio Grande do Norte - History; Microhistory; Parish of Seridó - 18th century; Parish of the glorious Santa Ana do Seridó - 18th-19th centuries; História.

Na primeira metade do séc. XVIII foi ereta, no sertão do Rio Grande, a Freguesia do Seridó, instância religiosa e elemento de governabilidade do Império Português. No seu vasto território a ocidentalização possibilitou a constituição de uma sociedade mestiça composta de elementos luso-afro-brasílicos e índios. Neste trabalho, refletimos sobre as possibilidades de existência de “famílias” entre os índios que habitaram essa freguesia, a partir do estabelecimento de um recorte microhistórico: o índio Tomé Gonçalves da Silva, natural de Mecejana, Ceará Grande, que viveu na freguesia entre o fim do séc. XVIII e início do seguinte, onde teve seis filhos e exerceu cargo público no Senado da Câmara da Vila do Príncipe. O exame de registros paroquiais e de inventários post-morten da Comarca de Caicó referentes ao período em que o índio Tomé Gonçalves e sua família viveu nos permite traçar um perfil, ainda que fragmentário, das estratégias de sobrevivência de parte da população indígena no Sertão do Seridó em meio à sociedade colonial.