Avaliação do perfil lipídico e antropométrico de mulheres dislipidêmicas, atendidas no município de Nova Floresta / PB, antes e após a suplementação com diferentes concentrações de farinha de linhaça marrom.

• Autor(a) principal: NEVES, Adirliany Soares.
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9905
• topic: Linhaça; Dislipidemia; Perfil lipídico; Flaxseed; Dyslipidemia; Lipid profile; Linaza; Dietoterapia

As doenças crônicas representam a principal causa de mortalidade e incapacidade no mundo inteiro, destacando-se as doenças cardiovasculares. Uma alimentação adequada em prol da saúde vem despertando o interesse da comunidade cientifica, no intuito de mostrar a influencia de alguns alimentos na redução do risco dessas doenças. A linhaça é influente nesse grupo, por possui alto teor de lipídeos insaturados como ômega-3, fibras e lignanas. Diversos estudos analisam seu potencial protetor, entretanto, poucos descrevem efeitos fisiológicos nas concentrações de lipídeos plasmáticos, com ingestão de 10 g e/ou 20 g por dia de linhaça triturada. Devido à inconsistência de dados, o presente estudo objetivou avaliar o perfil lipídico e antropométrico de mulheres dislipidêmicas, atendidas no município de Nova Floresta/PB, antes e após a suplementação com diferentes concentrações de farinha de linhaça marrom. Foi desenvolvido um estudo longitudinal prospectivo, do tipo clínico intervencional, onde as mulheres foram divididas em três grupos: Grupo controle, que recebeu apenas intervenção dietoterápica; grupo LM 10g que recebeu intervenção dietoterápica e suplementação com 10g de linhaça; e o grupo LM 20g, que recebeu intervenção dietoterápica e suplementação com 20g de linhaça, durante 90 dias. Utilizou-se o SPSS, versão 20.0, IBM® para análise descritiva e inferencial. Os resultados demonstraram redução de 1,98 Kg/m2 nas diferenças entre as médias do IMC no grupo LM 10 g (p<0,001) e, no grupo LM 20 g, observo-se um declínio de 1,74 kg/m2 (p<0,01), após o experimento. A CC reduziu 6,66 cm (p<0,001) e 4,66 cm (p<0,001) nos grupos LM 10 g e LM 20 g, respectivamente; porém, nenhum destes grupos diferenciou-se do grupo controle. A CQ diminuiu 3,50 cm no LM 10g (p<0,001) e 4,0 cm no LM 20g (p<0,001). Já a CB mostrou uma redução de 1,33 cm (p<0,01) apenas no LM 10 g. Quanto a RCQ, não houve alterações nos grupos. Para todas as variáveis, os grupos LM 10 g e LM 20 g apresentaram resultados semelhantes. Quanto às variáveis bioquímicas identificamos redução nas diferenças das médias da glicemia de jejum de 13,33 mg/dL (p<0,01) e 4,66 mg/dL (p<0,01) para os grupos LM 10g e LM 20g, respectivamente. Em referência aos triglicerídeos, observamos diminuição no LM 10g em 34,33 mg/dL (p<0,01) e, em 55,33 mg/dL (p=0,03) para o grupo LM 20g. Contudo, não houve distinção entre os grupos experimentais, após a intervenção. Levando em consideração o colesterol total foi detectado uma redução no grupo LM 10 g de 64,66 mg/dL (p<0,01) e no LM 20 g de 20,33 mg/dL (p<0,01). A HDL apresentou aumento quando houve a suplementação com LM 10 g em 2,33 mg/dL (p<0,01) e a LDL reduziu em 27,00 mg/dL (p<0,01). Contudo, essas lipoproteínas não se modificaram no LM 20 g. A VLDL teve redução nas diferenças entre as médias após intervenção com LM 10g em 7,33 mg/dL (p<0,01), o que não foi observado no grupo LM 20 g. Contudo, pode-se concluir que consumo de linhaça mostrou-se eficaz na redução de medidas antropométricas e bioquímicas, comprovando que os benefícios advindos da ingestão funcional da linhaça independem da quantidade ingerida.