A linguagem pornográfica em o caderno Rosa de Lorí Lamby de Hilda Hilst.

• Autor(a) principal: SILVA, Jenicélia Duarte da.
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30806
• topic: Literatura erótica; Linguagem pornográfica; O caderno Rosa de Lori lamby; Escrita pornográfica; Hilda Hilst - escrita; Caderno pornográfico; Análise literária; Pormografia e literatura; Erotismo na literatura; Pornographic language; Lori Lamby's Pink Notebook; Pornographic writing; Hilda Hilst - writing; Caderno pornográficos; Literary analysis; Pormography; Letras Língua - Portuguesa.; Literatura.

Transgressora, proibida e importuna, a literatura erótica e pornográfica se caracteriza essencialmente por abordar aquilo que ainda hoje não costumamos falar abertamente: a sexualidade. Assim sendo, sabemos que a sexualidade também é um assunto de interesse da linguagem. Em O caderno rosa de Lori Lamby, Hilda Hilst narra a história de uma criança de apenas oito anos, envolvida no mundo da prostituição. Lori domina a situação, ela negocia, reconhece o valor do dinheiro, a sua posição e ainda assume sentir prazer nas relações sexuais com homens mais velhos. A naturalidade com que Lori relata os atos sexuais, propícia a polêmica ao passo que é revolucionário, torna glorioso o poder lascivo de excitar o leitor com fantasias insensíveis que o incomoda e o surpreende; certamente esse seja o âmago da obra para ser tão polêmica. Dessa forma, o presente trabalho busca discutir a linguagem pornográfica presente na obra, evidenciando os recursos linguísticos utilizados para construção de uma escrita pornográfica. Para tal efeito, foram realizadas pesquisas de cunho analítico com o embasamento de obras como O erotismo (2020), de Georges Bataille; O erotismo: fantasias e realidades do amor e sedução (1986), de Francesco Alberoni; O que é pornografia? (1985), de Eliane Robert Moraes e Sandra Maria Lapeiz; O discurso Pornográfico (2010), de Dominique Maingueneau, entre outros. Averiguamos uma narrativa moderna, complexa e problemática que desmascara e exterioriza o caráter obsceno e pornográfico.