Fragmentos do trailer.
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30191 |
Resumo: | Um gênero narrativo, rico em valores apelativos e alusivos a histórias terceiras, dotado de relativa autonomia no que nos impõem como expectativa, abastado de valores linguísticos e senhor de muitos rostos. Esse é o trailer, objeto desta coletânea. Aliás, enim uma publicação sobre isso em língua portuguesa! Mentira! Existem dissertações e alguns artigos que versam sobre tal, alguns poucos livros que não se gasta todos os dedos de uma mão para contar. Mas mesmo aqueles que contemplam o assunto, em sua maioria, tratam o trailer como objeto cinematográico. De fato o é, também. O trailer, na realidade, é um objeto audiovisual, mas que não necessariamente remete ao audiovisual. Imagine o leitor o que difere um comercial de sabão em pó de um trailer. Pensa de pronto, “o comercial fala do sabão e o trailer fala de um ilme”. E não está totalmente errado, apenas generalizando: ambos são instrumentos de marketing, mas como dizer que um trailer serve para anunciar um ilme se existem também para séries, games e, até mesmo, livros e espetáculos teatrais? E o que todas estas manifestações têm em comum? Narrativas. O trailer vende narrativas, o comercial vende outras coisas. Qualquer maneira de vender uma narrativa será um trailer, e existem várias. Obras fechadas, abertas, curtas, longas, cada uma pode se valer de estratégias distintas e das citadas muitas faces desse híbrido objeto audiovisual. Dito isso, só falar em trailer cinematográico ou não dar atenção a outros tipos e objetos correlatos talvez seja enxergar apenas uma parte, a mais clássica, é verdade, de um objeto tão rico mas tão imperceptível à academia. O objetivo desta publicação é veriicar que novas diretrizes podemos dar ao observarmos os trailers enquanto elemento de estudo, que fragmentos dessa grande esfera essencial, ou melhor, simbólica e historicamente ligada ao cinema. A partir do desaio de falar do trailer não cinematográico, Ian Costa e Marcel Vieira discutem o modo estratégico como uma obra seriada pode conduzir a expectativa do seu público ao analisar os trailers de uma temporada de Game of hrones, propondo observações gerais sobre o gênero narrativo e “traileríico”, bem como uma nova categoria, o trailer serial. Mirelly Wanderley, por sua vez, traça um paralelo entre o público consumidor de games, um jogo e o modo de afeto atribuído à estratégia cinematográica da adaptação de Prince of Persia, evidenciando o quanto o fan service é importante na geração do espetáculo pirotécnico do trailer. Carolina Brito e Ian Costa trazem a discussão acerca das abordagens do trailer de Jogos Vorazes, uma adaptação da literatura para o cinema, traçando um comparativo do trailer do ilme com o booktrailer, uma ferramenta “crossmidiática” de apelo. Seguindo a linha de jogabilidade e apelo ao público-alvo, Arthur Mantovani e Allan Vidal analisam o trailer do game League of Legends, evidenciando uma pulsante ferramenta de apelo para uma mídia cada vez mais imersa em narrativa, que são os jogos eletrônicos, e que se vale disso para o marketing em trailer. Por im, Kaio Henrry discute quem sai ganhando na relação de ilmes e trailers com fragmentos “videoclipescos”, o cantor/banda ou a narrativa em si. Discute, aliás, se são trailers de videoclipes ou videoclipes de trailers. Esta obra autentica o gênero trailer em seus fragmentos escusos, evidenciando várias nuances de sua complexa forma híbrida de ser. Temos aqui o objetivo do marco de abertura e incentivo de pesquisa acerca de uma ferramenta narrativa e negligenciada pelos acadêmicos e outras publicações. A vantagem da literatura, neste caso, é que, após todas as promessas contidas em um prefácio, o leitor não terá de esperar alguns meses para consumir esta obra. Vire esta página e aprecie os fragmentos do trailer. |
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Mas mesmo aqueles que contemplam o assunto, em sua maioria, tratam o trailer como objeto cinematográico. De fato o é, também. O trailer, na realidade, é um objeto audiovisual, mas que não necessariamente remete ao audiovisual. Imagine o leitor o que difere um comercial de sabão em pó de um trailer. Pensa de pronto, “o comercial fala do sabão e o trailer fala de um ilme”. E não está totalmente errado, apenas generalizando: ambos são instrumentos de marketing, mas como dizer que um trailer serve para anunciar um ilme se existem também para séries, games e, até mesmo, livros e espetáculos teatrais? E o que todas estas manifestações têm em comum? Narrativas. O trailer vende narrativas, o comercial vende outras coisas. Qualquer maneira de vender uma narrativa será um trailer, e existem várias. Obras fechadas, abertas, curtas, longas, cada uma pode se valer de estratégias distintas e das citadas muitas faces desse híbrido objeto audiovisual. Dito isso, só falar em trailer cinematográico ou não dar atenção a outros tipos e objetos correlatos talvez seja enxergar apenas uma parte, a mais clássica, é verdade, de um objeto tão rico mas tão imperceptível à academia. O objetivo desta publicação é veriicar que novas diretrizes podemos dar ao observarmos os trailers enquanto elemento de estudo, que fragmentos dessa grande esfera essencial, ou melhor, simbólica e historicamente ligada ao cinema. A partir do desaio de falar do trailer não cinematográico, Ian Costa e Marcel Vieira discutem o modo estratégico como uma obra seriada pode conduzir a expectativa do seu público ao analisar os trailers de uma temporada de Game of hrones, propondo observações gerais sobre o gênero narrativo e “traileríico”, bem como uma nova categoria, o trailer serial. Mirelly Wanderley, por sua vez, traça um paralelo entre o público consumidor de games, um jogo e o modo de afeto atribuído à estratégia cinematográica da adaptação de Prince of Persia, evidenciando o quanto o fan service é importante na geração do espetáculo pirotécnico do trailer. Carolina Brito e Ian Costa trazem a discussão acerca das abordagens do trailer de Jogos Vorazes, uma adaptação da literatura para o cinema, traçando um comparativo do trailer do ilme com o booktrailer, uma ferramenta “crossmidiática” de apelo. Seguindo a linha de jogabilidade e apelo ao público-alvo, Arthur Mantovani e Allan Vidal analisam o trailer do game League of Legends, evidenciando uma pulsante ferramenta de apelo para uma mídia cada vez mais imersa em narrativa, que são os jogos eletrônicos, e que se vale disso para o marketing em trailer. Por im, Kaio Henrry discute quem sai ganhando na relação de ilmes e trailers com fragmentos “videoclipescos”, o cantor/banda ou a narrativa em si. Discute, aliás, se são trailers de videoclipes ou videoclipes de trailers. Esta obra autentica o gênero trailer em seus fragmentos escusos, evidenciando várias nuances de sua complexa forma híbrida de ser. Temos aqui o objetivo do marco de abertura e incentivo de pesquisa acerca de uma ferramenta narrativa e negligenciada pelos acadêmicos e outras publicações. A vantagem da literatura, neste caso, é que, após todas as promessas contidas em um prefácio, o leitor não terá de esperar alguns meses para consumir esta obra. Vire esta página e aprecie os fragmentos do trailer.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilUFCG20182023-06-06T19:08:45Z2023-06-062023-06-06T19:08:45Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bookhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30191COSTA, Ian. Fragmentos do trailer. Campina Grande - PB: EDUFCG, 2018. ISBN: 978-85-8001-246-0. 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