Entre um dó e um si: notas que a história canta.

• Autor(a) principal: SILVA, Kamylla Rodrigues Pereira da.
• Data de Publicação: 2011
• Outros Autores: PEREIRA, Auricélia Lopes.
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34942
• topic: Música e História; Música como fonte histórica; Estudos musicológicos; História cultural; Escola dos Annales; Pesquisa histórico-musical; Music and History; Music as a historical source; Musicological studies; Cultural history; Annales School; Historical-musical research; História.

A música pode-se dizer, é um lugar de análise social, de dilemas, conflitos, sonhos, jogos de poder, fuga. Esta diz muito sobre seu tempo, por isso pode se considerar que esta é fruto de seu presente, de seu imediato, assim como outras formas de expressão artística. Esta se dá a partir de uma dor ou sonho do presente querendo sair de uma subjetividade e afetar outras. Ela se dá no lugar do outro na medida em que não é apropriada da forma que havia sido pensada para sê-lo, na medida em que atingem sonhos outros, perdas outras, silêncios outros. Ela não resiste ao tempo (fora de sua partitura) porque o tempo não é continuidade, não é cristalização, o tempo é mudança, é ressignificação, reinterpretação. A música parte de um imenso conjunto de subjetividades, de agoras, de momentos, sentidos. Parte de um lugar social, tanto para quem a escreve como para quem a recebe. É uma fonte sempre viva, sempre tem algo a nos dizer mesmo que tenha sido pensada em uma época diferente da qual foi produzida, revela sobre seu tempo e mais ainda sobre o nosso. A interface disciplinar entre a História e a Música não deve ser estabelecida em nome da objetividade absoluta, da resposta definitiva, da verdade final. Há na pesquisa histórico-musical um componente subjetivo que para seu administrado, deve primeiro ser reconhecido.