Afetividade na universidade: um estudo sob o olhar educomunicativo.

• Autor(a) principal: PEREIRA, Izabella Couto.
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/27472
• topic: Afetividade na universidade; Psicologia educacional; Interação professor / aluno; Educação superior - afetividade; Processo de ensino aprendizagem; Relação entre ensino e afeto; Afeto e ensino; Ensino superior brasileiro; Affectivity at university; Educational psychology; Teacher / student interaction; Higher education - affectivity; Teaching learning process; Relationship between teaching and affection; Affection and teaching; Brazilian higher education; Educomunicação Comunicação Social

Esta monografia se dedica ao estudo do fenômeno da afetividade e sua relação com os processos de ensino e aprendizagem, com destaque aos envoltos ao nível superior de ensino. Por meio de uma abordagem qualitativa, pretendeu-se responder a seguinte questão: Quais são as impressões que alunos universitários possuem sobre a relação entre ensino e afeto? Dessa forma, foi desenvolvida uma pesquisa de caráter bibliográfico inspirada nos aportes teóricos da Psicologia da Educação e da Educomunicação, que nos possibilitaram identificar a confluência entre afeto e conhecimento, bem como a importância de fomentar uma comunicação saudável na educação. Também foi elaborado um resgate histórico acerca do funcionamento do Ensino Superior brasileiro, que nos ajudou a averiguar determinadas problemáticas pedagógicas nas universidades públicas que sustentam a formação de docentes desconhecedores das relações entre afetividade e cognição. Sob esse ponto de vista, foi desenvolvida uma pesquisa de campo por meio de um questionário online aplicado a alunos da rede federal de Ensino Superior, com o propósito de produzir uma visão geral sobre a maneira com que os estudantes expressam e compreendem seus sentimentos e emoções no contexto acadêmico. Por sua vez, os resultados evidenciaram que embora a maioria dos alunos inquiridos prefiram estar inseridos em uma educação afetiva, a maior parte de seus professores não valorizam a construção de afetos positivos e não se preocupam com o bem-estar dos estudantes. Nesse sentido, a literatura utilizada nos possibilitou concluir que a pedagogia tradicional cognitivista, centrada apenas na transmissão do conteúdo e alheia à dimensão afetiva dos sujeitos, desfavorece a criatividade, a produtividade, o desenvolvimento intelectual e pessoal do educando. Com efeito, a análise dos dados nos demonstrou que os universitários respondentes se sentem prejudicados por essa tradição de ensino que ainda predomina em diferentes graduações. Observamos assim, a relevância de uma abordagem educativa globalizante que enxergue a pessoa em sua totalidade, de acordo com suas dimensões biológicas, psicológicas e sociais. Semelhantemente, constatamos que uma educação humanizadora voltada à transformação não pode ser construída sem a adoção de gestos de amorosidade e empatia.