Avaliação do potencial de produção de látex de duas espécies exóticas no Semiárido Paraibano: Cryptostegia madagascariensis Bojer ex Decne e Plumeria alba L.

• Autor(a) principal: OLIVEIRA, Wallemar Pâmelo Santos.
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: https://dx.doi.org/10.52446/cursoengbiotecnologiaCDSA.2023.tccmon.oliveira; http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/31161
• topic: Engenharia de Biotecnologia e Bioprocessos; Bioadesivos; Cryptostégia madagascariensis; Plumeria alba; Laboratório de Fenômenos de Transporte, Hidráulica, Irrigação e Drenagem – CDSA/UFCG; Bioadhesives; Latex; Laboratory of Transport, Hydraulics, Irrigation and Drainage Phenomena – CDSA/UFCG

A busca por materiais biodegradáveis visando a substituição de produtos danosos ao meio ambiente é bastante promissora. Os bioadesivos ganharam ascensão devido seu potencial de uso em detrimento aos adesivos sintéticos comerciais. As espécies Cryptostegia madagascariensis e Plumeria alba são ambas plantas laticíferas pertencentes a família apocynaceae. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo de avaliar o potencial de produção de látex de duas espécies exóticas C. madagascariensis e P. alba. Os tratamentos constaram de duas populações vegetais e três locais de extração de látex (folha, ramo e caule), em esquema fatorial com cinco repetições. O material extraído foi acondicionado em recipientes de 50 ml, devidamente armazenados e conduzidos ao Laboratório de Fenômenos de transporte, Hidráulica, Irrigação e Drenagem do Centro de Desenvolvimento sustentável do Semiárido da Universidade Federal de Campina Grande para posterior pesagem. As variáveis analisadas foram Produção total de látex (PROD), Tempo de produção de látex (TPL), Diâmetro da parte da planta (DPP), Taxa de produção por tempo (TPT) e Taxa de produção por diâmetro (TPD). Com relação a produção total, constata-se que, apesar da insignificância estatística, a parte da planta que promove maior exsudação de látex são os ramos, principalmente P. alba, os valores alcançados foram de 3,53 g/órgão e 1,04 g/órgão. Com relação ao tempo de produção de látex, observa-se que P. alba apresenta maior tempo de produção, principalmente considerando a extração pelas folhas e ramos. O diâmetro da parte da planta apresentou diferença estatística significativa. Este parâmetro pode justificar os menores valores extraídos de C. madagascariensis em folha, ramo e caule. A taxa de produção por tempo ratifica que os ramos são os maiores produtores de látex. Observa-se que C. madagascariensis pode produzir através dos seus ramos 1.305,2 g/dia, enquanto P. alba alcança no mesmo período 156,2 g. Portanto, as espécies C. madagascariensis e P. alba apresentam potencial de produção de látex sendo mais vantajoso extraí-lo dos ramos de ambas as plantas. No entanto, outras pesquisas, que potencializem e aprimorem a extração deste material, bem como técnicas de purificação do produto final, devem ser desenvolvidas para um melhor direcionamento do uso na produção de bioadesivos.