Conhecimento e professores do ensino fundamental sobre o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade - TDAH.

• Autor(a) principal: SANTOS JÚNIOR, Valquírio Gomes dos.
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/21743
• topic: Enfermagem; Saúde da criança; Transtorno de déficit de atenção; Transtorno de hiperatividade; TDAH - criança; Ensino fundamental - professores; Professores - ensino fundamental - TDAH; Child health; Attention deficit disorder; Hyperactivity disorder; ADHD - child; Elementary school - teachers; Teachers - Elementary School - ADHD; Salud de los niños; Desorden de déficit de atención; Desorden de hiperactividad; TDAH - niño; Escuela primaria - maestros; Maestros - Escuela primaria - TDAH

O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade é um transtorno do neurodesenvolvimento, caracterizado por desatenção, hiperatividade e impulsividade, sendo considerado um dos transtornos crônicos mais comumente diagnosticados na idade escolar e nos serviços de Atenção Primária. As taxas de prevalência do transtorno são 5% em crianças e 2,5%, em adultos, sabendo que entre 3% e 6% da população mundial sofre com o Transtorno. O seguinte trabalho tem como principal objetivo verificar o conhecimento e atuação de professores do ensino fundamental acerca do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, sendo esse um fator fundamental no momento do reconhecimento e uma importante ferramenta para o diagnóstico precoce, e, assim, contribuir para melhora na qualidade de vida da criança. Trata-se de um estudo transversal, descritivo de abordagem quantitativa que contou com a participação de 16 professores do ensino fundamental da rede municipal de ensino da cidade de Cuité-PB. Para isso foi utilizado um questionário contendo 16 questões aplicadas por meio da ferramenta digital Google Forms e analisadas criticamente à luz da literatura. O público entrevistado é predominantemente pedagogo (68,75%), porém não exclusivo a essa formação, com 10 ou mais anos de atuação e em sua maioria (75%) atuando em apenas uma escola. Todos conhecem o que é o TDAH, porém apenas uma minoria (31,25%) do total soube dar descrições sólidas da sintomatologia. Quando questionados se tem alguma criança em sala de aula com TDAH a maioria (68,75%) refere não ter, porém quando se trata dos alunos que eles consideram ter o transtorno, esses valores quase se invertem sendo (62,5%). Tendo o argumento que alunos com TDAH têm necessidades educacionais especiais, os professores alegaram apoio de suas respectivas escolas como o Atendimento Educacional Especializado (AEE) presente nas mesmas; apoio da coordenação/direção da escola como meio de comunicação entre a família e o professor e aconselhamento dos mesmo sobre a busca por ajuda mais especializada, além de jogos pedagógicos para despertar o interesse e a atenção desses alunos. Embora a maioria tenha declarado formação para lidar com esse tipo de público, (68,75%) afirmaram que ainda se sentem inseguros e (75%) sentem dificuldades de lidar com esse perfil de crianças mesmo trabalhando com o lúdico e os materiais concretos. Desta forma, considera-se então que o TDAH apesar de ser um transtorno comumente conhecido pelos docentes, ainda necessita que sejam realizadas mais ações de qualificação para os professores de uma forma que estes se sintam seguros no processo ensino-aprendizagem destes alunos.