Estudo das propriedades mecânicas de misturas asfálticas modificadas com adição de óleo de cozinha residual.

• Autor(a) principal: SANTOS, Alana Tamires Rodrigues dos.
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/23478
• topic: Misturas asfálticas mornas; Ligantes asfálticos modificados; Oleaginosos; Pavimentação asfáltica; Tecnologias de pavimentação asfáltica; Óleo de cozinha - misturas asfálticas; Geotecnia; Warm asphalt mixes; Modified asphalt binders; Oilseeds; Asphalt paving; Asphalt paving technologies; Cooking oil - asphalt mixtures; Geotechnics; Engenharia Civil

A busca por novas tecnologias na pavimentação asfáltica que proporcionem diminuição dos impactos ambientais impulsionaram o estudo das Misturas Asfálticas Mornas. Esse tipo de mistura asfáltica é produzida e aplicada em temperaturas inferiores às misturas usinadas à quente e, devido a isto, promovem benefícios relacionados à redução da emissão de poluentes na atmosfera e menores gastos energéticos. A modificação do ligante asfáltico a partir da incorporação de aditivos oriundos de oleaginosas apresenta-se como uma alternativa na busca pela diminuição das temperaturas de usinagem e aplicação das misturas asfálticas, proporcionada pela redução da viscosidade do ligante. O óleo de cozinha residual quando destinado de forma incorreta também causa danos ao meio ambiente. Diante disso, a presente pesquisa tem por finalidade avaliar a influência da adição em peso de 1% do óleo de cozinha residual ao cimento de petróleo asfáltico 50/70. Para isto, avaliou-se as propriedades mecânicas das misturas asfálticas por meio dos ensaios de Resistência a Tração por Compressão Diametral, Módulo de Resiliência, Lottman Modificado e Flow Number. As amostras das misturas asfálticas analisadas foram usinadas e compactadas nas temperaturas determinadas a partir o ensaio de viscosidade rotacional, bem como a 10 ºC e 20 ºC abaixo destas, como forma de verificar o efeito de maiores reduções de temperatura nos parâmetros mecânicos. Os resultados indicaram que a incorporação do óleo ao ligante proporcionou aumento da resistência à tração e resistência à deformação permanente. Contudo, a diminuição da temperatura causou redução desses parâmetros e queda na rigidez das misturas. Ainda assim, estas propriedades analisadas atenderam aos requisitos exigidos para o desempenho do pavimento. No que se refere ao dano por umidade induzida, as misturas asfálticas modificadas produzidas abaixo da temperatura de projeto indicaram maior resistência retida à tração (RRT), sugerindo um provável benefício promovido pela adição do óleo e redução das temperaturas de projeto. A análise dos resultados permitiu concluir que a modificação apresentou resultados satisfatórios quanto ao desempenho mecânico do pavimento em temperaturas inferiores à de projeto e sugeriu um destino adequado ao óleo de cozinha residual.