Distopias de autoria feminina: gênero e religião em o conto de Aia e em a parábola do semeador.

• Autor(a) principal: FREITAS, Janielly Linhares.
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/22285
• topic: Estudo literário; Estudo de gênero; O conto da Aia; A parábola do semeador; Atwood, Margaret; Butler, Octavia; Gênero - Religiosidade e cultura; Distopia; literary study; gender study; Aia's tale; the parable of the sower; Gender - Religiosity and Culture; dystopia; Letras Língua Inglesa.

O presente trabalho investiga nos romances O conto da Aia (2017), da canadense Margaret Atwood, e A parábola do Semeador (2018), da afro-americana Octavia Butler, as questões de gênero relacionadas à religiosidade presente nas obras por meio das protagonistas femininas. Partiu-se da ideia de reconhecer e trazer as obras distópicas de autoria feminina para a pesquisa acadêmica, visto que há uma longa tradição canônica que se detém, em sua maioria, a analisar as obras masculinas na literatura distópica. Desse modo, delineia-se as distopias de autoria feminina pela atemporalidade e por trazerem, em seu íntimo, a problemática das forças opressoras do patriarcado existentes nas sociedades, sendo este um sistema que permeia as relações entre o masculino e o feminino desde os primórdios da humanidade. Destaca-se, também, a discussão sobre como a religião interfere nessas questões desiguais em termos de gênero. Para tanto, trata-se, de uma pesquisa bibliográfica e analítica, utilizando como base teórica, principalmente, os textos de Connell e Pearse (2015), Scott (1995) e Perrot (2007) referentes aos estudos de gênero, e de autores como Umberto Eco (1989), Hilário (2013) e Silva Júnior (2019), os quais delimitaram importantes aspectos referentes ao estudo da ficção científica e da distopia. Nesse sentido, depreende-se através das análises realizadas que existem pontos que convergem em ambas narrativas, cada uma trazendo protagonistas que sobrevivem à opressão das classes dominantes, mas que possuem personalidades que se diferem.