Oficina de vermicomposteira doméstica: uma prática pedagógica para a educação em solos.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Jully Gabvriela Retzlaf de.
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: VITAL, Adriana de Fátima Meira.
Tipo de documento: Capítulo de livro
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33229
Resumo: O crescimento populacional atual veio acompanhado do aumento da geração de resíduos sólidos urbanos, compostos por materiais inorgânicos de diferentes composições e resíduos orgânicos de fontes variadas, ambos com tempos de decomposição diferenciados. Dentro desse quadro, destaca-se que os materiais orgânicos são pouco reaproveitados, constituindo, junto com outros materiais, fonte potencial de poluição do solo, da água e do ar ao se decomporem em ambientes impróprios, comprometendo a qualidade de vida e o bem-estar de todos. A geração de resíduos é inevitável, mas o direito à vida com qualidade e bem-estar e acesso ao solo fértil, ar puro, água e comida de qualidade devem ser assegurados a todas as pessoas, cumpridos por meio da manutenção de um ambiente limpo e saudável, livre de contaminantes e poluição, o que implica necessariamente no manejo dos resíduos, gerados rotineiramente como desperdício. Desperdício pode ser conceituado como qualquer material que não seja necessário para o proprietário, produtor ou processador, sendo descartado. Geralmente, os resíduos são definidos como descarte no final do ciclo de vida do produto e são eliminados em lixões a céu aberto ou em aterros sanitários. Por exeplo, no ano de 2020, a geração de resíduos sólidos urbanos (RSU) no Brasil aumentou expressivamente e sofreu influência direta da pandemia da covid-19, tendo alcançado um total de aproximadamente 82,5 milhões de toneladas geradas, ou 225.965 toneladas diárias. Com isso, cada brasileiro gerou, em média, 1,07 kg de resíduo por dia. A maior parte dos RSU coletados seguiu para disposição em aterros sanitários, com 46 milhões de toneladas enviadas para esses locais em 2020, superando a marca dos 60% dos resíduos coletados que tiveram destinação adequada no país. Em contrapartida, áreas de disposição inadequada, incluindo lixões e aterros controlados, ainda estão em operação e receberam quase 40% do total de resíduos coletados (ABRELPE, 2022). A Lei nº 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelece no art. 3º, inciso VII, a destinação final dos resíduos, sendo: a destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes (BRASIL, 2010). Em relação aos resíduos orgânicos, a Lei nº 12.305/2010 estabelece no inciso V do artigo 36º que cabe ao titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, implantar sistema de compostagem para resíduos sólidos orgânicos e articular com os agentes econômicos e sociais formas de utilização do composto produzido (BRASIL, 2010). Dessa forma, resíduos orgânicos, que representam cerca de 50% dos resíduos urbanos gerados no Brasil, têm a particularidade de poderem ser reciclados por meio de processos como a compostagem, em qualquer escala, desde a doméstica até a industrial (BRASIL, 2018). É preciso, para tanto, dialogar e refletir junto aos sujeitos as vantagens de reciclar os resíduos orgânicos, contribuindo para um solo saudável, o que deve ser mobilizado por meio da Educação em Solos. A Educação em Solos no Brasil está presente nos mais diversos espaços educativos, formais e não formais, seja com propósitos de ensino, de assistência técnica ou de popularização da ciência (SILVA; VEZZANI; LIMA, 2022). A Educação em Solos trata de abarcar os atributos do solo (e da natureza) nas relações sujeito/objeto e todas suas complexidades, preceitos e lógicas, sociais e culturais, que são inseparáveis entre si (LIMA et al., 2020b). Assim, a Educação em Solos seria então um processo formativo e humanizador dos sujeitos envolvidos, em que o conhecimento sobre solos é construído a partir de suas vivências. Ou seja, o conhecimento sobre solos passa a fazer sentido e parte da vida dos sujeitos, sendo a transformação da realidade e dos sujeitos na relação com o solo (LIMA et al., 2020a). Na Educação em Solos, o solo passa a fazer sentido e se torna parte da vida, de uma forma cada vez mais integrada às ações cotidianas dos sujeitos (MUGGLER et al., 2022). Nesse sentindo, o processo educativo em Educação em Solos deve conduzir à transformação dos sujeitos em relação ao solo, no sentido de identificarem elementos sobre o solo em si mesmos, na sua vivência e nos outros sujeitos, alterando sua visão de mundo e transformando sua realidade (SILVA; VEZZANI; LIMA, 2022). Assim, esse texto volta-se para a discussão do reaproveitamento dos resíduos orgânicos domiciliares e objetiva apresentar uma oficina de montagem de uma vermicomposteira doméstica como prática pedagógica para a Educação em Solos. Para tanto, procedeu-se à revisão de referenciais bibliográficos e legislação atinentes ao tema discutido e à proposição de uma oficina de vermicomposteira doméstica.
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A geração de resíduos é inevitável, mas o direito à vida com qualidade e bem-estar e acesso ao solo fértil, ar puro, água e comida de qualidade devem ser assegurados a todas as pessoas, cumpridos por meio da manutenção de um ambiente limpo e saudável, livre de contaminantes e poluição, o que implica necessariamente no manejo dos resíduos, gerados rotineiramente como desperdício. Desperdício pode ser conceituado como qualquer material que não seja necessário para o proprietário, produtor ou processador, sendo descartado. Geralmente, os resíduos são definidos como descarte no final do ciclo de vida do produto e são eliminados em lixões a céu aberto ou em aterros sanitários. Por exeplo, no ano de 2020, a geração de resíduos sólidos urbanos (RSU) no Brasil aumentou expressivamente e sofreu influência direta da pandemia da covid-19, tendo alcançado um total de aproximadamente 82,5 milhões de toneladas geradas, ou 225.965 toneladas diárias. 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A Educação em Solos no Brasil está presente nos mais diversos espaços educativos, formais e não formais, seja com propósitos de ensino, de assistência técnica ou de popularização da ciência (SILVA; VEZZANI; LIMA, 2022). A Educação em Solos trata de abarcar os atributos do solo (e da natureza) nas relações sujeito/objeto e todas suas complexidades, preceitos e lógicas, sociais e culturais, que são inseparáveis entre si (LIMA et al., 2020b). Assim, a Educação em Solos seria então um processo formativo e humanizador dos sujeitos envolvidos, em que o conhecimento sobre solos é construído a partir de suas vivências. Ou seja, o conhecimento sobre solos passa a fazer sentido e parte da vida dos sujeitos, sendo a transformação da realidade e dos sujeitos na relação com o solo (LIMA et al., 2020a). Na Educação em Solos, o solo passa a fazer sentido e se torna parte da vida, de uma forma cada vez mais integrada às ações cotidianas dos sujeitos (MUGGLER et al., 2022). Nesse sentindo, o processo educativo em Educação em Solos deve conduzir à transformação dos sujeitos em relação ao solo, no sentido de identificarem elementos sobre o solo em si mesmos, na sua vivência e nos outros sujeitos, alterando sua visão de mundo e transformando sua realidade (SILVA; VEZZANI; LIMA, 2022). Assim, esse texto volta-se para a discussão do reaproveitamento dos resíduos orgânicos domiciliares e objetiva apresentar uma oficina de montagem de uma vermicomposteira doméstica como prática pedagógica para a Educação em Solos. Para tanto, procedeu-se à revisão de referenciais bibliográficos e legislação atinentes ao tema discutido e à proposição de uma oficina de vermicomposteira doméstica.Universidade Federal de Campina GrandeUFCGBrasilCiências Agrárias. 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