Oficina de vermicomposteira doméstica: uma prática pedagógica para a educação em solos.
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Capítulo de livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33229 |
Resumo: | O crescimento populacional atual veio acompanhado do aumento da geração de resíduos sólidos urbanos, compostos por materiais inorgânicos de diferentes composições e resíduos orgânicos de fontes variadas, ambos com tempos de decomposição diferenciados. Dentro desse quadro, destaca-se que os materiais orgânicos são pouco reaproveitados, constituindo, junto com outros materiais, fonte potencial de poluição do solo, da água e do ar ao se decomporem em ambientes impróprios, comprometendo a qualidade de vida e o bem-estar de todos. A geração de resíduos é inevitável, mas o direito à vida com qualidade e bem-estar e acesso ao solo fértil, ar puro, água e comida de qualidade devem ser assegurados a todas as pessoas, cumpridos por meio da manutenção de um ambiente limpo e saudável, livre de contaminantes e poluição, o que implica necessariamente no manejo dos resíduos, gerados rotineiramente como desperdício. Desperdício pode ser conceituado como qualquer material que não seja necessário para o proprietário, produtor ou processador, sendo descartado. Geralmente, os resíduos são definidos como descarte no final do ciclo de vida do produto e são eliminados em lixões a céu aberto ou em aterros sanitários. Por exeplo, no ano de 2020, a geração de resíduos sólidos urbanos (RSU) no Brasil aumentou expressivamente e sofreu influência direta da pandemia da covid-19, tendo alcançado um total de aproximadamente 82,5 milhões de toneladas geradas, ou 225.965 toneladas diárias. Com isso, cada brasileiro gerou, em média, 1,07 kg de resíduo por dia. A maior parte dos RSU coletados seguiu para disposição em aterros sanitários, com 46 milhões de toneladas enviadas para esses locais em 2020, superando a marca dos 60% dos resíduos coletados que tiveram destinação adequada no país. Em contrapartida, áreas de disposição inadequada, incluindo lixões e aterros controlados, ainda estão em operação e receberam quase 40% do total de resíduos coletados (ABRELPE, 2022). A Lei nº 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelece no art. 3º, inciso VII, a destinação final dos resíduos, sendo: a destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes (BRASIL, 2010). Em relação aos resíduos orgânicos, a Lei nº 12.305/2010 estabelece no inciso V do artigo 36º que cabe ao titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, implantar sistema de compostagem para resíduos sólidos orgânicos e articular com os agentes econômicos e sociais formas de utilização do composto produzido (BRASIL, 2010). Dessa forma, resíduos orgânicos, que representam cerca de 50% dos resíduos urbanos gerados no Brasil, têm a particularidade de poderem ser reciclados por meio de processos como a compostagem, em qualquer escala, desde a doméstica até a industrial (BRASIL, 2018). É preciso, para tanto, dialogar e refletir junto aos sujeitos as vantagens de reciclar os resíduos orgânicos, contribuindo para um solo saudável, o que deve ser mobilizado por meio da Educação em Solos. A Educação em Solos no Brasil está presente nos mais diversos espaços educativos, formais e não formais, seja com propósitos de ensino, de assistência técnica ou de popularização da ciência (SILVA; VEZZANI; LIMA, 2022). A Educação em Solos trata de abarcar os atributos do solo (e da natureza) nas relações sujeito/objeto e todas suas complexidades, preceitos e lógicas, sociais e culturais, que são inseparáveis entre si (LIMA et al., 2020b). Assim, a Educação em Solos seria então um processo formativo e humanizador dos sujeitos envolvidos, em que o conhecimento sobre solos é construído a partir de suas vivências. Ou seja, o conhecimento sobre solos passa a fazer sentido e parte da vida dos sujeitos, sendo a transformação da realidade e dos sujeitos na relação com o solo (LIMA et al., 2020a). Na Educação em Solos, o solo passa a fazer sentido e se torna parte da vida, de uma forma cada vez mais integrada às ações cotidianas dos sujeitos (MUGGLER et al., 2022). Nesse sentindo, o processo educativo em Educação em Solos deve conduzir à transformação dos sujeitos em relação ao solo, no sentido de identificarem elementos sobre o solo em si mesmos, na sua vivência e nos outros sujeitos, alterando sua visão de mundo e transformando sua realidade (SILVA; VEZZANI; LIMA, 2022). Assim, esse texto volta-se para a discussão do reaproveitamento dos resíduos orgânicos domiciliares e objetiva apresentar uma oficina de montagem de uma vermicomposteira doméstica como prática pedagógica para a Educação em Solos. Para tanto, procedeu-se à revisão de referenciais bibliográficos e legislação atinentes ao tema discutido e à proposição de uma oficina de vermicomposteira doméstica. |
id |
UFCG_718f0aa520bd104d520f442eb8efdfc7 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:localhost:riufcg/33229 |
network_acronym_str |
UFCG |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
repository_id_str |
4851 |
spelling |
Submitted by Élida Maeli Fernandes Quirino (maely_sax@hotmail.com) on 2023-11-29T13:13:45Z No. of bitstreams: 1 OFICINA DE VERMICOMPOSTAGEM - CAP DE LIVRO CDSA 2023.pdf: 610652 bytes, checksum: 400a27f3445230fce8e6b899d3de638d (MD5)Made available in DSpace on 2023-11-29T13:13:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 OFICINA DE VERMICOMPOSTAGEM - CAP DE LIVRO CDSA 2023.pdf: 610652 bytes, checksum: 400a27f3445230fce8e6b899d3de638d (MD5) Previous issue date: 2023O crescimento populacional atual veio acompanhado do aumento da geração de resíduos sólidos urbanos, compostos por materiais inorgânicos de diferentes composições e resíduos orgânicos de fontes variadas, ambos com tempos de decomposição diferenciados. Dentro desse quadro, destaca-se que os materiais orgânicos são pouco reaproveitados, constituindo, junto com outros materiais, fonte potencial de poluição do solo, da água e do ar ao se decomporem em ambientes impróprios, comprometendo a qualidade de vida e o bem-estar de todos. A geração de resíduos é inevitável, mas o direito à vida com qualidade e bem-estar e acesso ao solo fértil, ar puro, água e comida de qualidade devem ser assegurados a todas as pessoas, cumpridos por meio da manutenção de um ambiente limpo e saudável, livre de contaminantes e poluição, o que implica necessariamente no manejo dos resíduos, gerados rotineiramente como desperdício. Desperdício pode ser conceituado como qualquer material que não seja necessário para o proprietário, produtor ou processador, sendo descartado. Geralmente, os resíduos são definidos como descarte no final do ciclo de vida do produto e são eliminados em lixões a céu aberto ou em aterros sanitários. Por exeplo, no ano de 2020, a geração de resíduos sólidos urbanos (RSU) no Brasil aumentou expressivamente e sofreu influência direta da pandemia da covid-19, tendo alcançado um total de aproximadamente 82,5 milhões de toneladas geradas, ou 225.965 toneladas diárias. Com isso, cada brasileiro gerou, em média, 1,07 kg de resíduo por dia. A maior parte dos RSU coletados seguiu para disposição em aterros sanitários, com 46 milhões de toneladas enviadas para esses locais em 2020, superando a marca dos 60% dos resíduos coletados que tiveram destinação adequada no país. Em contrapartida, áreas de disposição inadequada, incluindo lixões e aterros controlados, ainda estão em operação e receberam quase 40% do total de resíduos coletados (ABRELPE, 2022). A Lei nº 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelece no art. 3º, inciso VII, a destinação final dos resíduos, sendo: a destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes (BRASIL, 2010). Em relação aos resíduos orgânicos, a Lei nº 12.305/2010 estabelece no inciso V do artigo 36º que cabe ao titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, implantar sistema de compostagem para resíduos sólidos orgânicos e articular com os agentes econômicos e sociais formas de utilização do composto produzido (BRASIL, 2010). Dessa forma, resíduos orgânicos, que representam cerca de 50% dos resíduos urbanos gerados no Brasil, têm a particularidade de poderem ser reciclados por meio de processos como a compostagem, em qualquer escala, desde a doméstica até a industrial (BRASIL, 2018). É preciso, para tanto, dialogar e refletir junto aos sujeitos as vantagens de reciclar os resíduos orgânicos, contribuindo para um solo saudável, o que deve ser mobilizado por meio da Educação em Solos. A Educação em Solos no Brasil está presente nos mais diversos espaços educativos, formais e não formais, seja com propósitos de ensino, de assistência técnica ou de popularização da ciência (SILVA; VEZZANI; LIMA, 2022). A Educação em Solos trata de abarcar os atributos do solo (e da natureza) nas relações sujeito/objeto e todas suas complexidades, preceitos e lógicas, sociais e culturais, que são inseparáveis entre si (LIMA et al., 2020b). Assim, a Educação em Solos seria então um processo formativo e humanizador dos sujeitos envolvidos, em que o conhecimento sobre solos é construído a partir de suas vivências. Ou seja, o conhecimento sobre solos passa a fazer sentido e parte da vida dos sujeitos, sendo a transformação da realidade e dos sujeitos na relação com o solo (LIMA et al., 2020a). Na Educação em Solos, o solo passa a fazer sentido e se torna parte da vida, de uma forma cada vez mais integrada às ações cotidianas dos sujeitos (MUGGLER et al., 2022). Nesse sentindo, o processo educativo em Educação em Solos deve conduzir à transformação dos sujeitos em relação ao solo, no sentido de identificarem elementos sobre o solo em si mesmos, na sua vivência e nos outros sujeitos, alterando sua visão de mundo e transformando sua realidade (SILVA; VEZZANI; LIMA, 2022). Assim, esse texto volta-se para a discussão do reaproveitamento dos resíduos orgânicos domiciliares e objetiva apresentar uma oficina de montagem de uma vermicomposteira doméstica como prática pedagógica para a Educação em Solos. Para tanto, procedeu-se à revisão de referenciais bibliográficos e legislação atinentes ao tema discutido e à proposição de uma oficina de vermicomposteira doméstica.Universidade Federal de Campina GrandeUFCGBrasilCiências Agrárias. Educação.Educação em solosCompostagemResíduos orgânicos domiciliares - tratamentoVermicomposteiraCompostagem de resíduos orgânicosMinhocas - vermicompostagemOficina - composteira domésticaComposteira domésticaSoil educationCompostingHousehold organic waste - treatmentVermicomposterComposting organic wasteEarthworms - vermicompostingWorkshop - home composterHome composterOficina de vermicomposteira doméstica: uma prática pedagógica para a educação em solos.Domestic vermicomposting workshop: a pedagogical practice for soil education.20232023-11-29T13:13:45Z2023-11-292023-11-29T13:13:45Zhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33229OLIVEIRA, Jully Gabvriela Retzlaf de; VITAL, Adriana de Fátima Meira. Oficina de vermicomposteira doméstica: uma prática pedagógica para a educação em solos. In: OLIVEIRA, Jully Gabriela Rerzlaf de; RIBEIRO, Lygia de Oliveira; RIBON, Adriana Aparecida. Trilhando a educação em solos: diálogos teóricos e práticas pedagógicas. Pará de MG: Virtual Books, 2023. ISBN: 978-65-5606-412-3. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33229info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bookPartporOLIVEIRA, Jully Gabvriela Retzlaf de.VITAL, Adriana de Fátima Meira.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCGLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/xmlui/bitstream/riufcg/33229/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52ORIGINALOFICINA DE VERMICOMPOSTAGEM - CAP DE LIVRO CDSA 2023.pdfOFICINA DE VERMICOMPOSTAGEM - CAP DE LIVRO CDSA 2023.pdfapplication/pdf610652http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/xmlui/bitstream/riufcg/33229/1/OFICINA+DE+VERMICOMPOSTAGEM+-+CAP+DE+LIVRO+CDSA+2023.pdf400a27f3445230fce8e6b899d3de638dMD51riufcg/332292023-11-29 10:14:51.282oai:localhost:riufcg/33229Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512024-07-01T10:40:28.219368Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Oficina de vermicomposteira doméstica: uma prática pedagógica para a educação em solos. |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
Domestic vermicomposting workshop: a pedagogical practice for soil education. |
title |
Oficina de vermicomposteira doméstica: uma prática pedagógica para a educação em solos. |
spellingShingle |
Oficina de vermicomposteira doméstica: uma prática pedagógica para a educação em solos. OLIVEIRA, Jully Gabvriela Retzlaf de. Ciências Agrárias. Educação. Educação em solos Compostagem Resíduos orgânicos domiciliares - tratamento Vermicomposteira Compostagem de resíduos orgânicos Minhocas - vermicompostagem Oficina - composteira doméstica Composteira doméstica Soil education Composting Household organic waste - treatment Vermicomposter Composting organic waste Earthworms - vermicomposting Workshop - home composter Home composter |
title_short |
Oficina de vermicomposteira doméstica: uma prática pedagógica para a educação em solos. |
title_full |
Oficina de vermicomposteira doméstica: uma prática pedagógica para a educação em solos. |
title_fullStr |
Oficina de vermicomposteira doméstica: uma prática pedagógica para a educação em solos. |
title_full_unstemmed |
Oficina de vermicomposteira doméstica: uma prática pedagógica para a educação em solos. |
title_sort |
Oficina de vermicomposteira doméstica: uma prática pedagógica para a educação em solos. |
author |
OLIVEIRA, Jully Gabvriela Retzlaf de. |
author_facet |
OLIVEIRA, Jully Gabvriela Retzlaf de. VITAL, Adriana de Fátima Meira. |
author_role |
author |
author2 |
VITAL, Adriana de Fátima Meira. |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
OLIVEIRA, Jully Gabvriela Retzlaf de. VITAL, Adriana de Fátima Meira. |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
Ciências Agrárias. Educação. |
topic |
Ciências Agrárias. Educação. Educação em solos Compostagem Resíduos orgânicos domiciliares - tratamento Vermicomposteira Compostagem de resíduos orgânicos Minhocas - vermicompostagem Oficina - composteira doméstica Composteira doméstica Soil education Composting Household organic waste - treatment Vermicomposter Composting organic waste Earthworms - vermicomposting Workshop - home composter Home composter |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Educação em solos Compostagem Resíduos orgânicos domiciliares - tratamento Vermicomposteira Compostagem de resíduos orgânicos Minhocas - vermicompostagem Oficina - composteira doméstica Composteira doméstica Soil education Composting Household organic waste - treatment Vermicomposter Composting organic waste Earthworms - vermicomposting Workshop - home composter Home composter |
description |
O crescimento populacional atual veio acompanhado do aumento da geração de resíduos sólidos urbanos, compostos por materiais inorgânicos de diferentes composições e resíduos orgânicos de fontes variadas, ambos com tempos de decomposição diferenciados. Dentro desse quadro, destaca-se que os materiais orgânicos são pouco reaproveitados, constituindo, junto com outros materiais, fonte potencial de poluição do solo, da água e do ar ao se decomporem em ambientes impróprios, comprometendo a qualidade de vida e o bem-estar de todos. A geração de resíduos é inevitável, mas o direito à vida com qualidade e bem-estar e acesso ao solo fértil, ar puro, água e comida de qualidade devem ser assegurados a todas as pessoas, cumpridos por meio da manutenção de um ambiente limpo e saudável, livre de contaminantes e poluição, o que implica necessariamente no manejo dos resíduos, gerados rotineiramente como desperdício. Desperdício pode ser conceituado como qualquer material que não seja necessário para o proprietário, produtor ou processador, sendo descartado. Geralmente, os resíduos são definidos como descarte no final do ciclo de vida do produto e são eliminados em lixões a céu aberto ou em aterros sanitários. Por exeplo, no ano de 2020, a geração de resíduos sólidos urbanos (RSU) no Brasil aumentou expressivamente e sofreu influência direta da pandemia da covid-19, tendo alcançado um total de aproximadamente 82,5 milhões de toneladas geradas, ou 225.965 toneladas diárias. Com isso, cada brasileiro gerou, em média, 1,07 kg de resíduo por dia. A maior parte dos RSU coletados seguiu para disposição em aterros sanitários, com 46 milhões de toneladas enviadas para esses locais em 2020, superando a marca dos 60% dos resíduos coletados que tiveram destinação adequada no país. Em contrapartida, áreas de disposição inadequada, incluindo lixões e aterros controlados, ainda estão em operação e receberam quase 40% do total de resíduos coletados (ABRELPE, 2022). A Lei nº 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelece no art. 3º, inciso VII, a destinação final dos resíduos, sendo: a destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes (BRASIL, 2010). Em relação aos resíduos orgânicos, a Lei nº 12.305/2010 estabelece no inciso V do artigo 36º que cabe ao titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, implantar sistema de compostagem para resíduos sólidos orgânicos e articular com os agentes econômicos e sociais formas de utilização do composto produzido (BRASIL, 2010). Dessa forma, resíduos orgânicos, que representam cerca de 50% dos resíduos urbanos gerados no Brasil, têm a particularidade de poderem ser reciclados por meio de processos como a compostagem, em qualquer escala, desde a doméstica até a industrial (BRASIL, 2018). É preciso, para tanto, dialogar e refletir junto aos sujeitos as vantagens de reciclar os resíduos orgânicos, contribuindo para um solo saudável, o que deve ser mobilizado por meio da Educação em Solos. A Educação em Solos no Brasil está presente nos mais diversos espaços educativos, formais e não formais, seja com propósitos de ensino, de assistência técnica ou de popularização da ciência (SILVA; VEZZANI; LIMA, 2022). A Educação em Solos trata de abarcar os atributos do solo (e da natureza) nas relações sujeito/objeto e todas suas complexidades, preceitos e lógicas, sociais e culturais, que são inseparáveis entre si (LIMA et al., 2020b). Assim, a Educação em Solos seria então um processo formativo e humanizador dos sujeitos envolvidos, em que o conhecimento sobre solos é construído a partir de suas vivências. Ou seja, o conhecimento sobre solos passa a fazer sentido e parte da vida dos sujeitos, sendo a transformação da realidade e dos sujeitos na relação com o solo (LIMA et al., 2020a). Na Educação em Solos, o solo passa a fazer sentido e se torna parte da vida, de uma forma cada vez mais integrada às ações cotidianas dos sujeitos (MUGGLER et al., 2022). Nesse sentindo, o processo educativo em Educação em Solos deve conduzir à transformação dos sujeitos em relação ao solo, no sentido de identificarem elementos sobre o solo em si mesmos, na sua vivência e nos outros sujeitos, alterando sua visão de mundo e transformando sua realidade (SILVA; VEZZANI; LIMA, 2022). Assim, esse texto volta-se para a discussão do reaproveitamento dos resíduos orgânicos domiciliares e objetiva apresentar uma oficina de montagem de uma vermicomposteira doméstica como prática pedagógica para a Educação em Solos. Para tanto, procedeu-se à revisão de referenciais bibliográficos e legislação atinentes ao tema discutido e à proposição de uma oficina de vermicomposteira doméstica. |
publishDate |
2023 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2023 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2023-11-29T13:13:45Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-11-29 2023-11-29T13:13:45Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bookPart |
format |
bookPart |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33229 |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
OLIVEIRA, Jully Gabvriela Retzlaf de; VITAL, Adriana de Fátima Meira. Oficina de vermicomposteira doméstica: uma prática pedagógica para a educação em solos. In: OLIVEIRA, Jully Gabriela Rerzlaf de; RIBEIRO, Lygia de Oliveira; RIBON, Adriana Aparecida. Trilhando a educação em solos: diálogos teóricos e práticas pedagógicas. Pará de MG: Virtual Books, 2023. ISBN: 978-65-5606-412-3. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33229 |
url |
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33229 |
identifier_str_mv |
OLIVEIRA, Jully Gabvriela Retzlaf de; VITAL, Adriana de Fátima Meira. Oficina de vermicomposteira doméstica: uma prática pedagógica para a educação em solos. In: OLIVEIRA, Jully Gabriela Rerzlaf de; RIBEIRO, Lygia de Oliveira; RIBON, Adriana Aparecida. Trilhando a educação em solos: diálogos teóricos e práticas pedagógicas. Pará de MG: Virtual Books, 2023. ISBN: 978-65-5606-412-3. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33229 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Campina Grande |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFCG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Campina Grande |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG instname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) instacron:UFCG |
instname_str |
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) |
instacron_str |
UFCG |
institution |
UFCG |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/xmlui/bitstream/riufcg/33229/2/license.txt http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/xmlui/bitstream/riufcg/33229/1/OFICINA+DE+VERMICOMPOSTAGEM+-+CAP+DE+LIVRO+CDSA+2023.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 400a27f3445230fce8e6b899d3de638d |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) |
repository.mail.fl_str_mv |
bdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.br |
_version_ |
1803396909156532224 |