Artes de fazer, modos de viver: as cirandeiras de Caiana dos Crioulos e a arte de inventar o cotidiano.

• Autor(a) principal: SOUZA, Maria Lindaci Gomes de.
• Data de Publicação: 2008
• Outros Autores: LUIZ, Janailson Macêdo.
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/36622
• topic: Caiana dos Crioulos - comunidade quilombola - Paraíba; Comunidade remanescente quilombola - Caiana dos Crioulos - Paraíba; Alagoa Grande - PB - Comunidade Caiana dos Crioulos; Artesanato quilombola; Cirandeiras - Caiana dos Crioulos; Quilombolas; Invenção do cotidiano; História oral; Caiana dos Crioulos - quilombola community - Paraíba; Quilombola remnant community - Caiana dos Crioulos - Paraíba; Alagoa Grande - PB - Caiana dos Crioulos Community; Quilombola crafts; Invention of everyday life; Oral history; História.

O artigo apresenta as idéias gerais que constam em um projeto de pesquisa a ser desenvolvido sobre o cotidiano da comunidade Caiana dos Crioulos, localizada na zona rural do município de Alagoa Grande, Brejo da Paraíba. Esta comunidade localiza-se a aproximadamente 8 km de Alagoa Grande e 122 km de João Pessoa. A Caiana dos Crioulos é formada principalmente por pessoas negras e recebeu o certificado da Fundação Cultural Palmares, como sendo constituída por remanescentes quilombolas. Nossa atenção estará voltada para o grupo de cirandeiras que existe nesta comunidade, mulheres que se uniram para “brincar” coco de roda e ciranda, e que com isso mantêm vivas determinadas manifestações culturais típicas do seu local de origem. Ao desenvolver este estudo, temos como objetivo central identificar as artes de fazer utilizadas por estas cirandeiras, bem como os modos de viver que se contrapõe, no dia-a-dia, a determinadas estratégias de homogeneização que desvalorizam as culturas de grupos “subordinados” da sociedade, como é o caso das populações negras. Além disso, também buscaremos analisar a importância que essas manifestações culturais adquirem no cotidiano da comunidade, perceber mudanças e continuidades entre a ciranda do presente e as cirandas do passado e ter um melhor entendimento de táticas utilizadas pelos sujeitos históricos na invenção dos seus cotidianos e na vivência da historicidade. Para tal feito, utilizaremos principalmente fragmentos de memórias expressos nos relatos orais de vida das cirandeiras de Caiana dos Crioulos, fontes reunidas através dos métodos da história oral.