Vivências de pessoas com deiscência em ferida operatória.

• Autor(a) principal: SANTOS, Adyverson Gomes dos.
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33104
• topic: Ferimento e lesão; Feridas; Ferida operatória; Enfermagem perioperatória; Injury and injury; Wounds; Operative wound; Nursing perioperative; Lesiones y lesiones; Heridas; Herida operatoria; Enfermería perioperatorio; Enfermagem

A ferida operatória é uma junção de tecidos por primeira intenção decorrentes da finalização de um procedimento cirúrgico, tendo a pele como último tecido a ser reaproximado para cicatrização que pode sofrer influência de fatores intrínsecos e extrínsecos. Objetivo: Conhecer as vivências de pessoas que passaram pelo processo de deiscência em ferida operatória em um município do Curimataú Paraibano. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo com análise descritiva sobre a vivência de pessoas que tiveram uma complicação cirúrgica do tipo deiscência. Utilizou-se dois questionários, abordando perguntas quantitativas e qualitativas. Os dados foram transcritos e submetido a análise de Classificação Hierárquica Descendente (CHD), posteriormente, utilizou a análise de Bardin para categorização das classes lexicais geradas pela CHD. Resultados e discussão: Foi observado a maior frequência da palavra Cirurgia (n=50) na análise do corpus textual que apresentou uma retenção de texto de 89,58% implicando um aproveitamento satisfatório. As características sociodemográficas dos entrevistados mostrou uma associação forte das variáveis Esc_3 e Grau_3 (x2= 7,04; x2=5,11). Na análise de CHD, houve a formulação de seis classes que se condensaram em três categorias: Categoria 1 (Classe 4, 3 e 2) - Narrativa das pessoas desde à percepção, às dificuldades enfrentadas à recuperação da deiscência; Categoria 2 (Classe 5 e 1) - Dimensões psicoespirituais afetadas pela complicação cirúrgica; e Categoria 3 (Classe 6) - A responsabilidade profissional e manejo da FO. Houve a presença de relatos distintos sobre como descobriram a complicação que na maioria dos casos foi pela sensação de dor e olfação de mau cheiro no local da ferida operatória. A recuperação do paciente, muitas vezes, é fundamentada em suas próprias crenças e espiritualidade que reverberam no apoio familiar e no próprio autocuidado. Para isso, o enfermeiro foi atuante nesse processo de recuperação através da prevenção, manutenção e delegação de funções a equipe de enfermagem com orientações pertinentes e realização de curativos. Considerações finais: Observou-se uma série de sentimentos expressos pelos entrevistados ao recordarem as dificuldades vividas diante de uma complicação cirúrgica. A família foi exposta como base na recuperação, bem como o apoio da equipe de enfermagem no manejo à ferida operatória com a utilização de conhecimentos científicos. Assim, pontua-se que o estudo qualitativo propiciou uma visão além da clínica, observando as nuances de cada pessoa e propõe-se que novos estudos desse delineamento relacionados ao pós-cirúrgico sejam realizados.