As milícias paraibanas vistas a partir da documentação do arquivo histórico ultramarino (1755-1799).
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34753 |
Resumo: | Essa comunicação, fruto de um trabalho de iniciação científica, orientado pelo professor doutor Acácio Catarino e encadeado à esfera do grupo de pesquisa Estado e Sociedade no Nordeste colonial (PPGH/DH/UFPB), visa analisar como a documentação do Projeto Resgate pode demonstrar as transformações ocorridas na conjuntura dos corpos militares, em especial, nas tropas auxiliares paraibanas, na segunda metade do século XVIII, época, inclusive, em que a capitania esteve anexada a Pernambuco (1755-1799). Com efeito, durante a gestão do Marquês de Pombal, encaminharam-se reformas militares que foram sentidas por todo o espaço do Império. No que concerne à América Portuguesa, as referidas medidas almejavam, fundamentalmente, dirimir a sua vulnerabilidade defensiva, tendo em vista os conflitos bélicos e diplomáticos vividos na Europa, a exemplo da Guerra dos Sete Anos (1756-1763). Nesse sentido, as fronteiras externas foram contempladas, mas houve uma preocupação especial com a dispersão interna destes corpos nos territórios coloniais, uma vez que, eram evidentes os atos de resistência ao serviço militar vindos de colonos, indígenas, e mesmo de jesuítas, expulsos há pouco. O Marquês também pensou na elaboração de um sistema de segurança integrado entre as capitanias, que estivesse centralizado na capital - Rio de Janeiro; bem como em se agregar os grupos sociais marginalizados (negros forros, pardos e índios), tornando-os igualmente súditos por meio de sua integração a corpos militares. Não obstante a fragilidade econômica da Coroa, tais reformas só seriam possíveis sem altos custos. Dentro desta perspectiva, são criados, em todo o Brasil, vários regimentos auxiliares de Cavalaria e Infantaria, caracterizados por serem gratuitos e organizados a partir de critérios etnicossociais. A proposta é demonstrar, através de um levantamento feito nos documentos avulsos do Arquivo Histórico Ultramarino (AHU ), disponibilizados pelo projeto resgate Barão do Rio Branco, como este plano de racionalização dos corpos militares se configurou (ou não) na capitania da Paraíba, isto é, verificar em que medida as reformas militares pombalinas se efetivaram nestas paragens, e como as fontes discutem o processo de atuação do oficialato e da elite política local neste contexto. |
id |
UFCG_96e6dbe362e10feed57d27091f33303b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:localhost:riufcg/34753 |
network_acronym_str |
UFCG |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
repository_id_str |
4851 |
spelling |
As milícias paraibanas vistas a partir da documentação do arquivo histórico ultramarino (1755-1799).The Paraíba militias seen from documentation in the overseas historical archive (1755-1799).Milícias paraibanas - 1755-1799Arquivo Histórico UltramarinoReformas militares - Marquês de PombalReformas pombalinas - militaresTerritórios coloniaisHistória do Brasil colonialBrasil colônia - reformas pombalinasParaíba militias - 1755-1799Overseas Historical ArchiveMilitary reforms - Marquis of PombalPombaline reforms - militaryColonial territoriesHistory of colonial BrazilColonial Brazil - Pombaline reformsHistória.Essa comunicação, fruto de um trabalho de iniciação científica, orientado pelo professor doutor Acácio Catarino e encadeado à esfera do grupo de pesquisa Estado e Sociedade no Nordeste colonial (PPGH/DH/UFPB), visa analisar como a documentação do Projeto Resgate pode demonstrar as transformações ocorridas na conjuntura dos corpos militares, em especial, nas tropas auxiliares paraibanas, na segunda metade do século XVIII, época, inclusive, em que a capitania esteve anexada a Pernambuco (1755-1799). Com efeito, durante a gestão do Marquês de Pombal, encaminharam-se reformas militares que foram sentidas por todo o espaço do Império. No que concerne à América Portuguesa, as referidas medidas almejavam, fundamentalmente, dirimir a sua vulnerabilidade defensiva, tendo em vista os conflitos bélicos e diplomáticos vividos na Europa, a exemplo da Guerra dos Sete Anos (1756-1763). Nesse sentido, as fronteiras externas foram contempladas, mas houve uma preocupação especial com a dispersão interna destes corpos nos territórios coloniais, uma vez que, eram evidentes os atos de resistência ao serviço militar vindos de colonos, indígenas, e mesmo de jesuítas, expulsos há pouco. O Marquês também pensou na elaboração de um sistema de segurança integrado entre as capitanias, que estivesse centralizado na capital - Rio de Janeiro; bem como em se agregar os grupos sociais marginalizados (negros forros, pardos e índios), tornando-os igualmente súditos por meio de sua integração a corpos militares. Não obstante a fragilidade econômica da Coroa, tais reformas só seriam possíveis sem altos custos. Dentro desta perspectiva, são criados, em todo o Brasil, vários regimentos auxiliares de Cavalaria e Infantaria, caracterizados por serem gratuitos e organizados a partir de critérios etnicossociais. A proposta é demonstrar, através de um levantamento feito nos documentos avulsos do Arquivo Histórico Ultramarino (AHU ), disponibilizados pelo projeto resgate Barão do Rio Branco, como este plano de racionalização dos corpos militares se configurou (ou não) na capitania da Paraíba, isto é, verificar em que medida as reformas militares pombalinas se efetivaram nestas paragens, e como as fontes discutem o processo de atuação do oficialato e da elite política local neste contexto.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilUFCG20092024-02-26T17:47:31Z2024-02-262024-02-26T17:47:31Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34753SILVA, Bruno Cezar Santos da. As milícias paraibanas vistas a partir da documentação do arquivo histórico ultramarino (1755-1799). In: I Seminário Nacional Fontes Documentais e Pesquisa Histórica: Diálogos Interdisciplinares. GT 29 - Sociedade, Cultura e Religiosidade na América Portuguesa nos séculos XVIII e XIX. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), 1º, 2009. Anais [...]. Campina Grande - PB, 2009. p. 1-9. ISSN: 2176 4514. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34753porSILVA, Bruno Cezar Santos da.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2024-02-26T17:48:21Zoai:localhost:riufcg/34753Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512024-02-26T17:48:21Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
As milícias paraibanas vistas a partir da documentação do arquivo histórico ultramarino (1755-1799). The Paraíba militias seen from documentation in the overseas historical archive (1755-1799). |
title |
As milícias paraibanas vistas a partir da documentação do arquivo histórico ultramarino (1755-1799). |
spellingShingle |
As milícias paraibanas vistas a partir da documentação do arquivo histórico ultramarino (1755-1799). SILVA, Bruno Cezar Santos da. Milícias paraibanas - 1755-1799 Arquivo Histórico Ultramarino Reformas militares - Marquês de Pombal Reformas pombalinas - militares Territórios coloniais História do Brasil colonial Brasil colônia - reformas pombalinas Paraíba militias - 1755-1799 Overseas Historical Archive Military reforms - Marquis of Pombal Pombaline reforms - military Colonial territories History of colonial Brazil Colonial Brazil - Pombaline reforms História. |
title_short |
As milícias paraibanas vistas a partir da documentação do arquivo histórico ultramarino (1755-1799). |
title_full |
As milícias paraibanas vistas a partir da documentação do arquivo histórico ultramarino (1755-1799). |
title_fullStr |
As milícias paraibanas vistas a partir da documentação do arquivo histórico ultramarino (1755-1799). |
title_full_unstemmed |
As milícias paraibanas vistas a partir da documentação do arquivo histórico ultramarino (1755-1799). |
title_sort |
As milícias paraibanas vistas a partir da documentação do arquivo histórico ultramarino (1755-1799). |
author |
SILVA, Bruno Cezar Santos da. |
author_facet |
SILVA, Bruno Cezar Santos da. |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
SILVA, Bruno Cezar Santos da. |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Milícias paraibanas - 1755-1799 Arquivo Histórico Ultramarino Reformas militares - Marquês de Pombal Reformas pombalinas - militares Territórios coloniais História do Brasil colonial Brasil colônia - reformas pombalinas Paraíba militias - 1755-1799 Overseas Historical Archive Military reforms - Marquis of Pombal Pombaline reforms - military Colonial territories History of colonial Brazil Colonial Brazil - Pombaline reforms História. |
topic |
Milícias paraibanas - 1755-1799 Arquivo Histórico Ultramarino Reformas militares - Marquês de Pombal Reformas pombalinas - militares Territórios coloniais História do Brasil colonial Brasil colônia - reformas pombalinas Paraíba militias - 1755-1799 Overseas Historical Archive Military reforms - Marquis of Pombal Pombaline reforms - military Colonial territories History of colonial Brazil Colonial Brazil - Pombaline reforms História. |
description |
Essa comunicação, fruto de um trabalho de iniciação científica, orientado pelo professor doutor Acácio Catarino e encadeado à esfera do grupo de pesquisa Estado e Sociedade no Nordeste colonial (PPGH/DH/UFPB), visa analisar como a documentação do Projeto Resgate pode demonstrar as transformações ocorridas na conjuntura dos corpos militares, em especial, nas tropas auxiliares paraibanas, na segunda metade do século XVIII, época, inclusive, em que a capitania esteve anexada a Pernambuco (1755-1799). Com efeito, durante a gestão do Marquês de Pombal, encaminharam-se reformas militares que foram sentidas por todo o espaço do Império. No que concerne à América Portuguesa, as referidas medidas almejavam, fundamentalmente, dirimir a sua vulnerabilidade defensiva, tendo em vista os conflitos bélicos e diplomáticos vividos na Europa, a exemplo da Guerra dos Sete Anos (1756-1763). Nesse sentido, as fronteiras externas foram contempladas, mas houve uma preocupação especial com a dispersão interna destes corpos nos territórios coloniais, uma vez que, eram evidentes os atos de resistência ao serviço militar vindos de colonos, indígenas, e mesmo de jesuítas, expulsos há pouco. O Marquês também pensou na elaboração de um sistema de segurança integrado entre as capitanias, que estivesse centralizado na capital - Rio de Janeiro; bem como em se agregar os grupos sociais marginalizados (negros forros, pardos e índios), tornando-os igualmente súditos por meio de sua integração a corpos militares. Não obstante a fragilidade econômica da Coroa, tais reformas só seriam possíveis sem altos custos. Dentro desta perspectiva, são criados, em todo o Brasil, vários regimentos auxiliares de Cavalaria e Infantaria, caracterizados por serem gratuitos e organizados a partir de critérios etnicossociais. A proposta é demonstrar, através de um levantamento feito nos documentos avulsos do Arquivo Histórico Ultramarino (AHU ), disponibilizados pelo projeto resgate Barão do Rio Branco, como este plano de racionalização dos corpos militares se configurou (ou não) na capitania da Paraíba, isto é, verificar em que medida as reformas militares pombalinas se efetivaram nestas paragens, e como as fontes discutem o processo de atuação do oficialato e da elite política local neste contexto. |
publishDate |
2009 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2009 2024-02-26T17:47:31Z 2024-02-26 2024-02-26T17:47:31Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/conferenceObject |
format |
conferenceObject |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34753 SILVA, Bruno Cezar Santos da. As milícias paraibanas vistas a partir da documentação do arquivo histórico ultramarino (1755-1799). In: I Seminário Nacional Fontes Documentais e Pesquisa Histórica: Diálogos Interdisciplinares. GT 29 - Sociedade, Cultura e Religiosidade na América Portuguesa nos séculos XVIII e XIX. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), 1º, 2009. Anais [...]. Campina Grande - PB, 2009. p. 1-9. ISSN: 2176 4514. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34753 |
url |
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34753 |
identifier_str_mv |
SILVA, Bruno Cezar Santos da. As milícias paraibanas vistas a partir da documentação do arquivo histórico ultramarino (1755-1799). In: I Seminário Nacional Fontes Documentais e Pesquisa Histórica: Diálogos Interdisciplinares. GT 29 - Sociedade, Cultura e Religiosidade na América Portuguesa nos séculos XVIII e XIX. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), 1º, 2009. Anais [...]. Campina Grande - PB, 2009. p. 1-9. ISSN: 2176 4514. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34753 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Campina Grande Brasil UFCG |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Campina Grande Brasil UFCG |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG instname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) instacron:UFCG |
instname_str |
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) |
instacron_str |
UFCG |
institution |
UFCG |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) |
repository.mail.fl_str_mv |
bdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.br |
_version_ |
1809744614551191552 |