Das danças sacras e profanas no Brasil colonial: transformações, identidades e apropriação.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35073 |
Resumo: | Datam de tempos imemoriáveis a capacidade de comunicar-se pela linguagem corporal (des)obediente; as danças, pois, são símbolos culturais, identitários e, ademais, representações de poder. Diante disso, as festas durante o período colonial do Brasil são caracterizadas, especificamente, por sacras e profanas, que mobilizavam tanto a sociedade nobre quanto as grandes massas, aproximando-as a uma linha tênue e neutralizando suas bases hierárquicas por meio do abstracionismo do movimento corporal. Portanto, este trabalho tem por finalidade precípua analisar o contexto de hierarquia social a partir das danças na idade colonial brasileira, sendo caracterizadas por uma espécie de equidade em evidência, no que tange a expressividade dos corpos de nativos e de sujeitos vindos e trazidos ao Brasil; e ainda mais assinalar a construção das identidades dos povos a partir dessas danças, levando em consideração a recepção destas e, por conseguinte, com as apropriações – em especial, pelos colonos. Para a efetivação deste artigo, foi realizada uma pesquisa de natureza exploratória em vista de como tratar a dança em sua singularidade, bem como a busca de maneiras de traduzi-la a uma linguagem verbal e reflexiva; por meio, então, de um levantamento bibliográfico em livros e artigos, tendo, também, a plataforma online como importante fonte para embasamento e a busca de curiosidades sobre a temática em questão. O presente artigo é um trabalho embrionário, consequentemente, os resultados que obtemos ainda são escassos e serão melhor desenvolvidos ao decorrer de pesquisas futuras. Desse modo, podemos retomar e acentuar a segregação de classes que era, à vista disso, simbolicamente extinta, tendo em vista que as danças profanas não eram censuradas pelos colonos; além disso, a apropriação cultural de indígenas, assim como a de africanos, era utilizada para a realização de coreografias em praça pública, por exemplo. Portanto, fica clara a construção dessa equidade, dadas as proporções da época, sendo a dança a protagonista desses acontecimentos. Destarte, a pesquisa constatou que nesse ínterim, com a participação da Igreja junto ao Estado, se adquiriu a importância de relacionar as danças profanas ao sagrado para obtenção de controle social, a normatização dos corpos e fomentar a hierarquia colonial; visando a manifestação da identidade nas danças e vice-versa, que perduraram, de fato, como tradições em tempos hodiernos. |
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Das danças sacras e profanas no Brasil colonial: transformações, identidades e apropriação.Of sacred and profane dances in colonial Brazil: transformations, identities and appropriation.Danças sacras - Brasil colonialDanças profanas - Brasil colonialHistória da dança - Brasil colonialBrasil colonial - dançasLinguagem corporal - dançaHistória do Brasil colonial - dançasDanças e classes sociais - Brasil colonialSacred dances - colonial BrazilProfane dances - Colonial BrazilHistory of dance - colonial BrazilColonial Brazil - dancesBody language - danceHistory of colonial Brazil - dancesDances and social classes - Colonial BrazilHistória.Datam de tempos imemoriáveis a capacidade de comunicar-se pela linguagem corporal (des)obediente; as danças, pois, são símbolos culturais, identitários e, ademais, representações de poder. Diante disso, as festas durante o período colonial do Brasil são caracterizadas, especificamente, por sacras e profanas, que mobilizavam tanto a sociedade nobre quanto as grandes massas, aproximando-as a uma linha tênue e neutralizando suas bases hierárquicas por meio do abstracionismo do movimento corporal. Portanto, este trabalho tem por finalidade precípua analisar o contexto de hierarquia social a partir das danças na idade colonial brasileira, sendo caracterizadas por uma espécie de equidade em evidência, no que tange a expressividade dos corpos de nativos e de sujeitos vindos e trazidos ao Brasil; e ainda mais assinalar a construção das identidades dos povos a partir dessas danças, levando em consideração a recepção destas e, por conseguinte, com as apropriações – em especial, pelos colonos. Para a efetivação deste artigo, foi realizada uma pesquisa de natureza exploratória em vista de como tratar a dança em sua singularidade, bem como a busca de maneiras de traduzi-la a uma linguagem verbal e reflexiva; por meio, então, de um levantamento bibliográfico em livros e artigos, tendo, também, a plataforma online como importante fonte para embasamento e a busca de curiosidades sobre a temática em questão. O presente artigo é um trabalho embrionário, consequentemente, os resultados que obtemos ainda são escassos e serão melhor desenvolvidos ao decorrer de pesquisas futuras. Desse modo, podemos retomar e acentuar a segregação de classes que era, à vista disso, simbolicamente extinta, tendo em vista que as danças profanas não eram censuradas pelos colonos; além disso, a apropriação cultural de indígenas, assim como a de africanos, era utilizada para a realização de coreografias em praça pública, por exemplo. Portanto, fica clara a construção dessa equidade, dadas as proporções da época, sendo a dança a protagonista desses acontecimentos. Destarte, a pesquisa constatou que nesse ínterim, com a participação da Igreja junto ao Estado, se adquiriu a importância de relacionar as danças profanas ao sagrado para obtenção de controle social, a normatização dos corpos e fomentar a hierarquia colonial; visando a manifestação da identidade nas danças e vice-versa, que perduraram, de fato, como tradições em tempos hodiernos.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilUFCG20192024-03-14T17:32:05Z2024-03-142024-03-14T17:32:05Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35073MARQUES, Jéssica Viana; BRITO NETO, João Balduíno de; TAVARES, Mikaela Dantas; APOLINÁRIO, Juciene Ricarte. Das danças sacras e profanas no Brasil colonial: transformações, identidades e apropriação. In: III Seminário Nacional Fontes Documentais e Pesquisa Histórica - Cultura, Poder, Sociedade e Identidade. GT 01 - Sujeitos de Fontes para a História da América Colonial: Possibilidades de Pesquisa. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), 3º, 2019. Anais [...]. Campina Grande - PB, 2019. p. 36-42. ISSN: 2176 4514. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35073porMARQUES, Jéssica Viana.BRITO NETO, João Balduíno de.TAVARES, Mikaela Dantas.APOLINÁRIO, Juciene Ricarte.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2024-03-14T17:55:24Zoai:localhost:riufcg/35073Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512024-03-14T17:55:24Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false |
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