Gerenciamento ambiental: ocorrência de psicofármacos em efluentes de hospital universitário & risco ecotoxicológico.

• Autor(a) principal: REICHERT, Jaqueline Fabiane.
• Data de Publicação: 2018
• Outros Autores: SOUZA, Darliana Mello., HOMRICH, Haline Elizabeth., MARTINS, Ayrton Figueiredo.
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33488
• topic: Gerenciamento ambiental; Risco ecotoxicológico - efluentes de hospital; Psicofármacos em efluente de hospital; Efluentes de hospital; Hospital Universitário de Santa Maria - RS; Medicamentos psicotrópicos - efluente hospitalar; Environmental management; Ecotoxicological risk - hospital effluents; Psychotropic drugs in hospital effluent; Hospital effluents; Santa Maria University Hospital - RS; Psychotropic medications - hospital effluent; Ecologia.

As instituições de ensino superior, em suas variadas atividades, produzem uma grande diversidade de resíduos, que, quando não tratados de forma adequada, acabam lançados ao ambiente, e consequentemente podendo vir a comprometer os ecossistemas. O HUSM, além de receber alunos de diversas carreiras da área de saúde, recebe pacientes de toda a região central do Rio Grande do Sul. No decurso de suas atividades contribui significativamente na quantidade de efluentes gerados pela UFSM. Infelizmente, o tratamento do efluente gerado no HUSM é feito ainda por meio de tanques anaeróbio/aeróbio. Passando por este sistema de baixa eficiência, o efluente já tratado é lançado no córrego que corta o campus e deságua no arroio da sub-bacia hidrográfica do rio Vacacaí-Mirim. Estudos tem demonstrado que as estações de tratamento de efluentes (ETEs), destinadas à remoção de organismos patógenos e a matéria orgânica e inorgânica suspensa, não são capazes de remover com eficiência resíduos farmacêuticos. Por este motivo, as ETEs são apontadas como a principal via de entrada destes contaminantes em matrizes ambientais (PETROVIC et al., 2009). Os medicamentos psicotrópicos, como os ansiolíticos, antiepilépticos, antidepressivos e antipsicóticos, caracterizam-se por agir diretamente no sistema nervoso central (SNC) e estão entre os medicamentos mais prescritos a nível mundial (CALISTO et al., 2011; CALISTO & ESTEVES, 2009). Antipsicóticos, em especial, constituem classe de medicamentos para o tratamento de esquizofrenias, bipolaridade e outros distúrbios comportamentais. Apesar do crescente consumo de medicamentos psiquiátricos, há pouca informação disponível sobre a presença de resíduos, sobretudo de antipsicóticos, em efluentes de ETEs e em amostras ambientais (LOGARINHO et al., 2016; YUAN et al., 2013). Desta forma, estudos sobre a identificação e ocorrência de psicofarmacos, acrescidos de avaliação de riscos ecotoxicológicos, são considerados de grande importância. O objetivo principal deste trabalho é a determinação analítica simultânea de seis psicofarmacos no efluente tratado, gerado pelo HUSM, calculando-se finalmente os respectivos riscos ecotoxicológicos aos ecossistemas.