Reflexões de uma acadêmica de enfermagem sobre a vivência enquanto mãe de prematuro no método canguru: relato de experiência.

• Autor(a) principal: MEDEIROS, Claudia Viviane Matias Oliveira.
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/27123
• topic: Humanização do atendimento perinatal - método canguru; Método canguru; Humanização no cuidado; Cuidados ao neonato prematuro; Prematuro - mãe; Acadêmica de enfermagem - mãe - prematuro; Humanization of perinatal care - kangaroo method; Humanization in care; Premature - mother; Kangaroo Method; Care of the premature neonate; Nursing student - mother - premature; Humanización de la atención perinatal - método canguro; Humanización en el cuidado; Prematuro - madre; Método canguro; Cuidado del neonato prematuro; Estudiante de enfermería - madre - prematura; Enfermagem Pediátrica

É considerado prematura a criança com nascimento antecedente as 37 semanas de gestação. O método canguru é modelo de atenção perinatal implantado desde 1990 no Brasil, com o objetivo de qualificar a assistência ao recém-nascido prematuro e/ou de baixo peso. A assistência da equipe de enfermagem nas atividades realizadas neste método é indispensável, Apesar da implementação de políticas direcionadas para a assistência ao neo nato prematuro ainda é possível se deparar na literatura com fragilidades no cuidado ofertado durante o método canguru. Objetivo: Descrever a experiência de uma acadêmica de enfermagem sobre a vivência enquanto mãe de prematuro no método canguru e as reflexões sobre os desafios para uma assistência humanizada e integral ao binômio. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo Relato de Experiência (RE), alicerçado em embasamento científico e reflexão crítica. Resultados: A vivência trouxe os desafios enquanto primípara, mãe de prematuro baixo peso, com necessidade de cuidados peculiares. A insegurança e sentimento de inferioridade surgiram desde o trabalho de parto, com direitos e escolhas ignorados. Houve falha de informação sobre as condutas adotadas diante da evolução do processo de parto, e estado de saúde do meu filho após seu nascimento. Ainda foi possível se deparar com negligência da equipe, deixando a desejar no cuidado e apoio emocional em momentos que eu não conseguia amamentar nem acalmar meu filho. Superada a primeira etapa no MC, novos desafios surgiram no processo com a admissão na enfermaria mãe canguru. Por outro lado, ressalta-se que diferente da Unidade de Terapia Intensiva, foram abordadas informações breves sobre o método canguru, e realizados cuidados em tempo integral pela equipe de enfermagem. Isso me faz refletir sobre a importância desse olhar para nossa formação acadêmica e prática de cuidado diferenciada, como alicerce para elaboração de estratégias e atitudes louváveis para integralidade e humanização em todos os setores que venham qualificar o cuidado ao binômio. Conclusão: Ante o exposto, é pertinente refletir sobre a importância da prática humanizada para o cuidado ao neo nato prematuro, minimizando problemas advindos da internação. Diante das fragilidades elencadas e confirmadas pela literatura, sugere-se que a educação permanente em saúde para capacitação dos profissionais diante a prática ao cuidado ao neo nato prematuro continua uma necessidade premente.