Efeitos comportamentais do consumo de óleo de dendê por ratos Wistar.

• Autor(a) principal: LIMA, Raabe Seabra de.
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7956
• topic: Óleo de dendê; Ansiedade; Comportamento; Palm oil; Anxiety; Behavior; Aceite de palma; Ansiedad; Conducta; Dietoterapia

Os ácidos graxos poliinsaturados (AGPIs) encontrados em gorduras e óleos vegetais compõem os fosfolipídios das membranas de neurônios, sendo capazes de modificar as características físico-químicas das membranas neuronais, promovendo assim, alterações em algumas funções cerebrais. Evidências demonstram seu envolvimento no comportamento, na composição cerebral em animais e humanos. O óleo de dendê (Elaeis guineensis.) possui quantidades significativas de AGPIs, contendo ácido linoléico (ALL) que está relacionado com o desenvolvimento do cérebro e da retina durante o período pré-natal e pós-natal, mas ainda não está claro se a suplementação com óleo de dendê durante a fase de adolescência pode influenciar o comportamento. O objetivo deste trabalho foi investigar as alterações comportamentais de ratos Wistar suplementados com óleo de dendê. Foram utilizados 24 ratos da linhagem Wistar, com idade de 45 dias e peso de aproximadamente 150 g. Formaram-se dois grupos: o grupo CON recebendo dieta padrão e água destilada por gavagem, e o grupo experimental OD que recebeu dieta padrão e suplementação com óleo de dendê (1mL/100g) por gavagem durante 4 semanas. Para avaliar o efeito do óleo de dendê sobre a ansiedade dos animais, foram realizados 4 testes durante 5 minutos no aparelho do Campo Aberto. A ambulação, rearing (levantar), autolimpeza (gooming) e defecação. Foram realizados 5 testes durante 5 minutos no aparelho do Labirinto em Cruz Elevado. O tempo de permanência na área central, o número de entradas nos braços abertos, o tempo de permanência nos braços, o número de entradas nos braços fechados e tempo de permanência nos braços fechados. Foi utilizado para a análise estatística o T Student não pareado. Dentre os parâmetros analisados, a quantidade de levantar não apresentou diferença estatística entre os grupos CON e OD, assim como no número de bolos fecais entre os dois grupos, CON e OD. Quanto à autolimpeza (gooming), observou-se que o grupo CON permaneceu semelhante ao grupo OD, e o aparelho de Labirinto em Cruz Elevado, no qual o grupo CON (p<0,05) obteve número superior de entrada nos braços fechados quando comparados ao grupo OD. Quanto aos parâmetros de número de entrada em braços abertos e mergulho de cabeça, não foram observadas diferenças entre os dois grupos. Quanto ao tempo de permanência nos braços fechados e abertos, os resultados apresentados pelo grupo CON e pelo grupo OD foram estatisticamente semelhantes. Apenas na análise do tempo de permanência na área central, foi observado que o grupo OD ficou um tempo maior que o grupo CON (p<0,05). Portanto, este trabalho demonstrou que o consumo de óleo de dendê durante a fase de adolescência não provocou efeitos significativos no quesito comportamento.