Estratégia saúde da família e estado nutricional: análise longitudinal da população de um município do Semiárido Paraibano, 2011-2019.

• Autor(a) principal: DANTAS, Bruna Rafaela Faustino.
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/24334
• topic: Obesidade; Sobrepeso; Estado nutricional; Insegurança alimentar; População - análise longitudinal; Saúde da família obesidade - estratégia; Saúde da família - sobrepeso - estratégia; Obesity; Overweight; Nutritional status; Insecurity feed; Population - longitudinal analysis; Family Health obesity - strategy; Family health - overweight - strategy; Obesidad; Exceso de peso; Estados nutricionales; Inseguridad alimento; Población - análisis longitudinal; Salud Familiar obesidad - estrategia; Salud de la familia - sobrepeso - estrategia; Nutrição

A prevalência de sobrepeso e obesidade aumenta gradativamente a cada ano, em todo o mundo. Tem havido mudanças nos hábitos alimentares da população, que podem afetar diretamente a saúde, incluindo o estado nutricional (EN). No Brasil, a Atenção Básica, tendo à frente a Estratégia Saúde da Família (ESF), é o lugar que deve priorizar esse cuidado, visto que organiza e ampara o usuário, estando mais próxima da comunidade e sendo a porta de entrada do Sistema Único de Saúde. Este estudo teve o objetivo de analisar o EN dos indivíduos de um município do semiárido Paraibano, segundo as condições de acesso à ESF. Para o referido trabalho foi realizado um estudo longitudinal, do tipo coorte prospectiva, com o intuito de verificar as variações de peso e classificação do EN de indivíduos adultos ao longo do período de 2011 a 2019, no município de Cuité PB. Através de um questionário, foram coletados dados para a caracterização sociodemográfico, insegurança alimentar, dados antropométricos para classificação do EN e sobre acesso a ESF, de 214 indivíduos. Foram descritas as prevalências e a evolução do EN no tempo. Como resultado observou-se que houve redução no acesso a ESF entre 2011 e 2019, especialmente entre os moradores da área urbana (-18,6%) e das famílias classificadas em segurança alimentar (-17,9%). Quanto ao EN, verificou-se aumento nas prevalências de excesso de peso (2011: 49,1%; 2014: 52,3%; 2019: 60,2%), principalmente entre os indivíduos que não acessaram a ESF, e regressão do EN entre aqueles que acessaram. Conclui-se que, entre os indivíduos estudados, houve diminuição no acesso a ESF, assim como regressão de peso entre os que acessaram a ESF, ao mesmo tempo em que aumentou o excesso de peso, especialmente entre os que não acessaram a estratégia. Sabe-se que há uma alta cobertura da ESF, porém essa não garante o acesso. Assim, é de suma importância que a estratégia seja fortalecida, e que cuidados nutricionais, para os indivíduos com sobrepeso e obesidade, sejam implementados e realizados.