O olhar Voltaireano sobre a historiografia: [re] pensando a narrativa Herodotiana.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Adjefferson Vieira Alves da.
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: LIMA, Marinalva Vilar de.
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/36724
Resumo: Voltaire tem em seu projeto uma História à luz da razão contra todos os aspectos sagrados e as explicações de cunho religioso para se pensar a história. Na fala do Karl Lowith (1977), Voltaire se põe numa ‘verdadeira batalha’ contra um Providencialismo enquanto guia da história. Segundo ainda esse autor, Voltaire mantêm um ‘projeto’ de refutar a perspectiva tradicional da história, bem como seu método e conteúdo, era uma vontade cada vez maior de ‘libertar-se das rédeas da igreja’. O que a historiografia tradicional convencionou chamar de Época das Luzes para designar o período em que a Europa foi ‘tomada pelo espírito’ do progresso mecânico, científico e, por que não, literário é também o período em que a chamada Idade Média foi descartada, pois para esse período, um pouco segundo o texto do Paulo Rossi (1989), os Antigos eram de fato o parâmetro de progresso e ao mesmo tempo o alvo mais atacado pela maioria das produções da época. No que se refere a Voltaire, o autor trava o que podemos chamar de um verdadeiro acerto contas com toda a produção historiográfica até ele. Mas é sem sobre de dúvidas, dentre os gregos, Heródoto o mais atacado dos historiadores. É a partir desse momento que nos ateremos a apresentar um pouco do fervor com que Voltaire critica a obra de Heródoto. Procuraremos sempre lembrar que Heródoto, tal como Voltaire, fala de um lugar específico enquanto autor e, acima de tudo, enquanto indivíduo regido por um universo cultural que o ‘prende’ a certas ‘convenções’ no fazer escriturário e, ainda, que toda produção possui uma intencionalidade, nesse sentido, não será a obra de Heródoto que estará livre de tal sentimento.
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