Identidade nordestina: discursos e reflexões a partir da obra "Vidas Secas" de Graciliano Ramos.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SANTOS, Bruna Vitor dos.
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: MEDEIROS, Manuela Aguiar Araújo de.
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34674
Resumo: O presente trabalho tem como objeto de estudo a discussão acerca da construção da identidade nordestina a partir da obra vidas secas, de Graciliano Ramos, bem como a análise de um espaço territorial o qual denominamos de Nordeste. Todavia para tal análise se faz necessária a compreensão do espaço temporal, no qual a obra se insere, chamando a atenção para a narrativa que se desenvolve, por um lado a partir de um fator climático a “seca”, e por outro pelas condições de vida pelas quais passam os personagens, resultando desta forma na constituição do Nordeste enquanto lugar desfavorecido. Contudo partindo deste pressuposto será observado ainda o fortalecimento das construções imagético-discursiva em torno da região Nordeste colocando-a como “flagelada”, “pobre”, “atrasada”, por conseqüências climáticas, além de construir-se ainda por discursos políticos, que acabam por criar estereótipos e preconceitos que recaem sobre o ser nordestino, este que figura a imagem de um personagem “rude”, “pobre” e “desprovido de educação”, entretanto estes discursos seconstituem a fim de mostrar as desvantagens desta região em relação às demais, tanto nos aspectos de industrialização quanto de urbanização, especialmente se comparada a São Paulo, tida como “desenvolvida”. Para embasar tal analise utilizei como suporte teórico-metodologico, ALBUQUERQUE JÚNIOR (2009), para compreender a invenção do Nordeste a partir da analise dos discursos, MAINGUENEAU (2006), para analisar como um discurso torna-se constituinte, ao mesmo tempo em que cria suas próprias condições de legitimidade, HALL (1999), para entendermos a constituição da identidade nordestina, FOUCAULT (2001), para avaliar como as relações de poder podem influenciar na constituição dessa imagem de Nordeste que nos é conhecida. Nesta perspectiva, será a identidade nordestina uma construção? E quanto à imagem vinculada ao Nordeste, terá se constituído a partir de discursos, sendo estes! políticos? E por fim poderemos analisar a imagem do Nordeste por meio das relações de poder?
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