Medicina, naturalistas e viagens filosóficas: artes de curar, taxonomias e história natural no arcabouço intelectual do reformismo ilustrado.
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34489 |
Resumo: | Entre meados do século XVIII e início do século XIX, um projeto de reforma estrutural movido por intelectuais-políticos como o Marquês de Pombal e Dom Rodrigo de Souza Coutinho, financiou diversas iniciativas de pesquisa botânica e zoológica na América Portuguesa. A maioria dessas iniciativas foi desenvolvida de forma fragmentária e sem continuidade, ao sabor da mudança das políticas ocasionais de fomento, caracterizadas no âmbito do misto de incentivo ao desenvolvimento técnico e combate às reformas políticas que configurou o que hoje chamamos de Reformismo Ilustrado. Neste ensaio, procuramos compreender a forma pela qual o conhecimento nativo que etnias indígenas guardavam como patrimônio foi apropriado por intelectuais itinerantes responsáveis pela descrição pragmática da Natureza na porção Norte (hoje Nordeste) da América Portuguesa. Mais particularmente, nos interessarão as modalidades de apropriação da taxonomia de Lineu para classificar a animais e plantas, bem como o registro das formas de utilização das espécies medicinais pelos índios. Estes elementos serão estudados na tentativa de apreender algo da maneira de incorporação dos saberes nativos pelos homens de ciência, que eram interessados na descoberta de plantas e animais passíveis de domesticação, bem como de espécies medicinais propícias à aclimatação ou utilização como medicamento, num ambiente político no qual o jardim botânico funcionava como repositório de segredos estratégicos. Destarte nossas fontes de pesquisa serão os relatórios de viagens e pesquisas deixados pelos viajantes que estiveram no Brasil, no intervalo de tempo já mencionado, guiados pelas teorias científicas européias e das Academias Reais de Ciência, a exemplo dos naturalistas nascidos em solo brasileiro como José Mariano da Conceição Veloso, Manuel Arruda da Câmara e Alexandre Rodrigues Ferreira. |
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