MÃos que constroem: a incorporaÃÃo de apenados como prÃtica de cidadania corporativa em uma empresa de construÃÃo civil de Fortaleza.

• Main Author: Virna Fernandes TÃvora Rocha
• Publication Date: 2014
• Format: Master thesis
• Language: por
• Source: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Download full: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=14542
• topic: responsabilidade social corporativa; cidadania corporativa; ressocializaÃÃo de apenados; corporate social responsibility; corporate citizenship; resocialization of convicts; ADMINISTRACAO DE EMPRESAS

Tornar possÃvel o retorno ao convÃvio social, sem reincidir, à um dos objetivos da pena. Com isso, os ÃrgÃos responsÃveis estÃo em uma busca constante para prover isso aos seus assistidos. A Secretaria da JustiÃa e Cidadania (Sejus), do Estado do CearÃ, tem promovido inÃmeras tentativas e parcerias para que este fim torne-se possÃvel. Com a realizaÃÃo de alguns eventos esportivos, no Brasil, nos anos de 2013, 2014 e 2016, o Conselho Nacional de JustiÃa (CNJ), juntamente com a FIFA, notou a oportunidade para o caminho da ressocializaÃÃo. Assim, determinaram que as organizaÃÃes envolvidas com as obras desses eventos deveriam contratar apenados e egressos como sua mÃo de obra. Destarte, a Sejus, com o intuito de atender essa demanda e formar a ligaÃÃo entre empresas e apenados, criou o Programa MÃos que Constroem, cuja finalidade està em incentivar a profissionalizaÃÃo dos seus assistidos. Dessa forma, essa iniciativa insere-se no tema Responsabilidade Social Corporativa (RSC), que torna-se cada vez mais relevante no contexto das organizaÃÃes. A RSC apresenta uma gama de denominaÃÃes e agrupa uma sÃrie de conceitos, dentre eles està a Cidadania Corporativa. Estabelecendo que uma organizaÃÃo empresarial tenha o papel de verificar os direitos dos cidadÃos individuais, a Cidadania Corporativa propÃe um novo desafio aos negÃcios. ContribuiÃÃes sociais, tais como a contrataÃÃo de apenados do sistema prisional, caracterizam-se como prÃticas de cidadania corporativa. Para investigar a aÃÃo dessas empresas, utilizou-se como principal referÃncia o modelo de cidadania corporativa proposto por Mirvis e Googins (2006). A partir desse modelo serà possÃvel analisar o estÃgio de cidadania corporativa de uma empresa do setor de construÃÃo civil que incorpora apenados do sistema prisional no mercado de trabalho. Para isso, este trabalho classifica-se como uma pesquisa qualitativa, com base em um estudo descritivo. Como mÃtodo de coleta de dados qualitativos, foram utilizadas entrevistas e pesquisa documental. Foi realizada uma pesquisa de campo desenvolvida em uma empresa do setor de construÃÃo civil, dando Ãnfase aos gestores responsÃveis pelo gerenciamento dos apenados, e aos prÃprios executores de pena. Aplicou-se o mÃtodo de estudo de caso Ãnico. Como principal fonte de coleta de dados, foram aplicadas entrevistas. Para o estudo, foram aplicados trÃs protocolos de entrevistas. A partir disso, concluiu-se que a empresa està desenvolvendo-se com o intuito de inserir-se cada vez mais nas questÃes sociais, visando a sustentabilidade. Trabalho, educaÃÃo e qualificaÃÃo foram as estratÃgias de ressocializaÃÃo abordadas pela GalvÃo Engenharia. Essas trÃs vertentes demonstraram ter importÃncias diferenciadas para os apenados, destacando, por ordem de importÃncia, o trabalho, a qualificaÃÃo e, por Ãltimo, a educaÃÃo, cujo devido destaque nÃo foi dado. Destaca-se a relaÃÃo estabelecida entre Sejus, GalvÃo Engenharia e apenados. A GalvÃo Engenharia interage com a Sejus para dar oportunidade de trabalho, qualificaÃÃo e educaÃÃo para os apenados, posicionando-se em um processo de desenvolvimento quanto à cidadania em sua agenda corporativa.