Efeito neuroprotetor do antagonismo do receptor P2X7 no Parkinsonismo experimental induzido por 6-OHDA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=13916 |
Resumo: | A doenÃa de Parkinson (DP) Ã caracterizada por uma degeneraÃÃo progressiva dos neurÃnios da substÃncia negra (SN) e uma concomitante diminuiÃÃo do conteÃdo de dopamina no estriado, que pode ser mimetizada pela administraÃÃo de 6-OHDA. Visto que o ATP liberado das cÃlulas danificadas exerce efeitos deletÃrios diretos sobre os neurÃnios, agindo atravÃs de receptores P2X7, o objetivo do presente trabalho foi estudar os efeitos do Brilliant Blue G (BBG), um antagonista dos receptores P2X7, sobre a neurotoxicidade induzida por 6-OHDA. Ratos Wistar machos receberam injeÃÃes estereotÃxicas de 6-OHDA (18 Âg/3Âl) no estriado direito e foram tratados com BBG (45 mg/kg, i.p. 48/48hs) durante 14 dias. Em uma sÃrie adicional de experimentos, os animais receberam o antagonista seletivo A-438079 (10 ÂM i.c.v.) por 14 dias. O tratamento com BBG diminuiu o nÃmero de rotaÃÃes contralaterais no teste da apomorfina, efeito que foi mimetizado pelo antagonista seletivo A-438079. O BBG tambÃm melhorou o desempenho dos animais no teste da esquiva passiva (memÃria de curta duraÃÃo), assim como na versÃo com plataforma sinalizada do labirinto aquÃtico. O antagonismo dos receptores P2X7 pelo BBG preveniu ainda a reduÃÃo do conteÃdo de dopamina no estriado e SN, assim como a perda de neurÃnios dopaminÃrgicos, a microgliose e astrogliose no estriado. O tratamento com BBG tambÃm diminuiu os nÃveis de IL-1β no estriado, apesar das diferenÃas observadas entre os grupos nÃo serem estatisticamente diferentes. Com o objetivo de entender melhor o mecanismo de aÃÃo do BBG, foram utilizados modelos in vitro explorando a sinaptotoxicidade (sinaptossomas estriatais) e neurotoxicidade (cÃlulas SH-SY5Y dopaminÃrgicas diferenciadas). AlÃm da demonstraÃÃo da presenÃa dos receptores P2X7 nos terminais nervosos estriatais, foi observado que o BBG 100 nM preveniu a disfunÃÃo sinaptossomal. TambÃm demonstramos a presenÃa dos receptores P2X7 nas cÃlulas SH-SY5Y, assim como sua co-localizaÃÃo com tirosina hidroxilase, onde o prÃ-tratamento com BBG 100 nM diminuiu o dano celular, avaliado atravÃs da liberaÃÃo de lactato desidrogenase. Os resultados obtidos no presente estudo sugerem que os receptores P2X7 contribuem para a patogÃnese da DP atravÃs de um triplo mecanismo sobre a sinaptotoxicidade, gliose e neurotoxicidade, ressaltando o potencial terapÃutico dos antagonistas desses receptores na doenÃa. |
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Visto que o ATP liberado das cÃlulas danificadas exerce efeitos deletÃrios diretos sobre os neurÃnios, agindo atravÃs de receptores P2X7, o objetivo do presente trabalho foi estudar os efeitos do Brilliant Blue G (BBG), um antagonista dos receptores P2X7, sobre a neurotoxicidade induzida por 6-OHDA. Ratos Wistar machos receberam injeÃÃes estereotÃxicas de 6-OHDA (18 Âg/3Âl) no estriado direito e foram tratados com BBG (45 mg/kg, i.p. 48/48hs) durante 14 dias. Em uma sÃrie adicional de experimentos, os animais receberam o antagonista seletivo A-438079 (10 ÂM i.c.v.) por 14 dias. O tratamento com BBG diminuiu o nÃmero de rotaÃÃes contralaterais no teste da apomorfina, efeito que foi mimetizado pelo antagonista seletivo A-438079. O BBG tambÃm melhorou o desempenho dos animais no teste da esquiva passiva (memÃria de curta duraÃÃo), assim como na versÃo com plataforma sinalizada do labirinto aquÃtico. O antagonismo dos receptores P2X7 pelo BBG preveniu ainda a reduÃÃo do conteÃdo de dopamina no estriado e SN, assim como a perda de neurÃnios dopaminÃrgicos, a microgliose e astrogliose no estriado. O tratamento com BBG tambÃm diminuiu os nÃveis de IL-1β no estriado, apesar das diferenÃas observadas entre os grupos nÃo serem estatisticamente diferentes. Com o objetivo de entender melhor o mecanismo de aÃÃo do BBG, foram utilizados modelos in vitro explorando a sinaptotoxicidade (sinaptossomas estriatais) e neurotoxicidade (cÃlulas SH-SY5Y dopaminÃrgicas diferenciadas). AlÃm da demonstraÃÃo da presenÃa dos receptores P2X7 nos terminais nervosos estriatais, foi observado que o BBG 100 nM preveniu a disfunÃÃo sinaptossomal. TambÃm demonstramos a presenÃa dos receptores P2X7 nas cÃlulas SH-SY5Y, assim como sua co-localizaÃÃo com tirosina hidroxilase, onde o prÃ-tratamento com BBG 100 nM diminuiu o dano celular, avaliado atravÃs da liberaÃÃo de lactato desidrogenase. Os resultados obtidos no presente estudo sugerem que os receptores P2X7 contribuem para a patogÃnese da DP atravÃs de um triplo mecanismo sobre a sinaptotoxicidade, gliose e neurotoxicidade, ressaltando o potencial terapÃutico dos antagonistas desses receptores na doenÃa.Parkinsonâs disease (PD) is characterized by a progressive degeneration of dopaminergic neurons in the substantia nigra (SN) and a concomitant decrease of dopamine (DA) in the striatum, which can be modeled by 6-OHDA administration. Since ATP released from damaged cells can exert noxious effects on neurons, acting through its P2X7 receptors (P2X7R), the aim of the present study was to investigate the effects of a P2X7R antagonist, Brilliant Blue G (BBG) on 6-OHDA-induced neurotoxicity. Male Wistar rats received stereotaxic injections of 6-OHDA (18 Âg/3Âl) into the right striatum and were treated with BBG (45 mg/kg, i.p. 48/48 h) for two weeks. In an additional experiment, animals were treated with the selective antagonist A-438079 (10 ÂM i.c.v.) for two weeks. BBG decreased the number of contralateral rotations in the apomorphine test, an effect mimicked by the selective P2X7R antagonist A438079. BBG has also improved the animalsâ performance in the passive avoidance test (short-term memory) and in the cued version of the Morris Water maze. The antagonism of P2X7R by BBG has also prevented the reduction of dopamine content in the striatum and SN as well as the loss of dopaminergic neurons, and microgliosis and astrogliosis in the striatum. BBG treatment also decreased the IL-1β levels in striatum, despite the observed effect not being statistically significant. To grasp the mechanism of action of BBG, we used in vitro models exploring synaptotoxicity (striatal synaptosomes) and neurotoxicity (dopamine-differentiated SH-SY5Y cells). Besides showing that P2X7R are present in striatal dopaminergic terminals, we observed that BBG 100 nM prevented the 6-OHDA-induced synaptosomal dysfunction. Furthermore, we have shown the presence of P2X7 receptors in SH-SY5Y cells, their co-localization with tyrosine hydroxilase, and that BBG attenuates the cell damage, evaluated through lactate dehydrogenase release. The present results suggests that P2X7R contribute to PD pathogenesis through a triple impact on synaptotoxicity, gliosis and neurotoxicity, highlighting the therapeutic potential of P2X7R antagonists in the disease.Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgicohttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=13916application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:27:08Zmail@mail.com - |
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