Eu adolescente, e o outro, diferente?: uma anÃlise das produÃÃes discursivas de alunos de uma escola particular de Fortaleza

• Autor(a) principal: Luciana Queiroz Fontenele
• Data de Publicação: 2013
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=11208
• topic: AdolescÃncia; Discurso; Modos de SubjetivaÃÃo; PesquisaâIntervenÃÃo; AdolescÃncia; Discurso; Modos de SubjetivaÃÃo; PesquisaâIntervenÃÃo; Adolescence; Discourse; Mays of subjectification; InterventionâResearch; Adolescence; Discourse; Mays of subjectification; InterventionâResearch; PSICOLOGIA

Este trabalho teve como objetivo analisar e problematizar como os adolescentes favorecidos socialmente sÃo subjetivados e constroem discursivamente significados sobre ser adolescente na contemporaneidade. Tomando como referÃncia a articulaÃÃo entre discurso e modos de subjetivaÃÃo em Foucault, buscou-se, por meio de pesquisaâintervenÃÃo, problematizar a constituiÃÃo dos sujeitos adolescentes a partir de como se posicionam no interior dos discursos (aceitaÃÃoâresistÃnciaânegociaÃÃo) que enredam a(s) adolescÃncia(s) no contexto atual. Levaram-se em consideraÃÃo as transformaÃÃes contemporÃneas, tais como a expansÃo da tecnificaÃÃo e do consumo em massa e a pouca circulaÃÃo na cidade, aspectos que restringem o contato do adolescente socialmente favorecido com os adolescentes de classes populares, bem como os vÃrios discursos sobre adolescÃncia a partir de um lugar de saber e poder. Ou seja, as prÃticas discursivas e nÃo discursivas, segundo Foucault, que estÃo na base da constituiÃÃo dos sujeitos. O locus da pesquisa foi uma escola particular de Fortaleza e a ferramenta teÃrico-metodolÃgica foi o grupo de discussÃo, composto por quinze adolescentes entre 13 e 15 anos, que produziu um vÃdeo intitulado Conhecendo as AdolescÃncias. A anÃlise dos discursos produzidos e veiculados no grupo teve como base os estudos de Foucault. Nessa anÃlise, foi possÃvel perceber que as versÃes que os adolescentes constroem, sobre si e sobre o outro adolescente, sÃo atravessadas por discursos dos campos psicolÃgico, biolÃgico, sociolÃgico, midiÃtico, jurÃdico e, sobretudo, por sua experiÃncia, no que ela tambÃm à enredada por tais discursos. Embora nÃo identifiquem quais desses campos estÃo na base de suas prÃprias construÃÃes discursivas, mostram influÃncia daqueles que constroem diferentes significados sobre adolescÃncia, tomando como critÃrio sua condiÃÃo socioeconÃmica. A abertura para as mudanÃas e negociaÃÃes em seus posicionamentos, engendrada no grupo de discussÃo, promoveu deslocamentos discursivos, ampliando as possibilidades de constituiÃÃo subjetiva para estes adolescentes mais favorecidos socialmente.