PadrÃes EpidemiolÃgicos da HansenÃase em Ãrea de alto risco de transmissÃo nos estados do MaranhÃo, ParÃ, Tocantins e PiauÃ.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carlos Henrique Morais de Alencar
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=7071
Resumo: Nos Ãltimos anos, o Programa Nacional de Controle da HansenÃase tem focado suas aÃÃes em Ãreas geogrÃficas definidas com alta detecÃÃo de casos. Este estudo teve o objetivo de caracterizar padrÃes epidemiolÃgicos, espaciais e temporais da hansenÃase em um agregado de alto risco de transmissÃo, em municÃpios dos estados do MaranhÃo, ParÃ, Tocantins e PiauÃ. Desta forma, foram aplicados diferentes mÃtodos de anÃlise espacial (Descritivo, Abordagem Bayesiana Local, EstatÃstica Scan Espacial) e quantificada a dependÃncia espacial de diversos indicadores epidemiolÃgicos e operacionais da hansenÃase. Em outro estudo, foram identificados o fluxo de pessoas afetadas e os motivos para migraÃÃo apÃs diagnÃstico. No perÃodo de 2001 a 2009, 82.463 casos novos foram detectados no agregado (coeficiente mÃdio de detecÃÃo: 95,9/100mil habitantes ao ano). No resto do Brasil o coeficiente foi 21,0 (RR=4,56, IC 95%: 4,45-4,66; p<0,0001). Houve fluxo direcionado dos pacientes com hansenÃase notificados para um municÃpio diferente da sua residÃncia. AraguaÃna, Imperatriz, Marabà e Floriano receberam um nÃmero considerÃvel de casos provenientes dos municÃpios em seu entorno. As capitais SÃo LuÃs, Teresina e BelÃm absorviam tambÃm casos vindos de outros estados. GoiÃnia e BrasÃlia se localizam distante do agregado, mas tÃm destaque pela notificaÃÃo de casos provenientes do agregado. ApÃs o primeiro diagnÃstico, 53,5% dos motivos principais de migraÃÃo foram relacionados a mudanÃas de estilo de vida. AnÃlise Scan Espacial identificou 23 agregados de elevada detecÃÃo de casos novos, a maioria localizados no Parà e MaranhÃo. Estes agregados incluÃram apenas 32% da populaÃÃo, mas 55,4% dos casos novos e 101 (27,1%) municÃpios. TambÃm foram identificados 14 aglomerados significativos para o coeficiente de detecÃÃo em crianÃas e 11 de casos novos com grau 2 de incapacidade/100mil hab. O agregado mais significativo, no centro do MaranhÃo, teve um RR de 2,24 e uma detecÃÃo anual de 10,4 casos com grau 2/100mil hab. O mÃtodo de autocorrelaÃÃo local mostrou superposiÃÃo com Ãreas de alto risco identificadas pelo mÃtodo Bayesiano Local e na anÃlise Scan Espacial. O estudo mostra que a hansenÃase à hiperendÃmica na Ãrea de estudo, sem a perspectiva de exaurir estes casos nos prÃximos anos. AlÃm de diagnÃstico tardio em um nÃmero de casos considerÃvel, houve lacunas na descentralizaÃÃo do atendimento, evidenciado pelo fluxo das pessoas afetadas. A construÃÃo de mapas utilizando outros indicadores, alÃm do coeficiente de detecÃÃo geral, e a sobreposiÃÃo desses mapas pÃde identificar Ãreas desconhecidas em relaÃÃo ao risco de transmissÃo e de detecÃÃo de casos com incapacidades avanÃadas. Essa abordagem poderà ser aplicada em outras Ãreas de risco para assim identificar agregados mais especÃficos de risco elevado para a hansenÃase.
id UFC_20e90e41bd1bdbcc91e45a1f216f5865
oai_identifier_str oai:www.teses.ufc.br:4995
network_acronym_str UFC
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisPadrÃes EpidemiolÃgicos da HansenÃase em Ãrea de alto risco de transmissÃo nos estados do MaranhÃo, ParÃ, Tocantins e PiauÃ.Epidemiological patterns of leprosy transmission in a high risk area of MaranhÃo, ParÃ, Tocantins and PiauÃ, 2001-2009.2011-10-18Jorg Heukelbach64671054353http://lattes.cnpq.br/7970471613479900LÃgia Regina Franco Sansigolo Kerr12225734828http://lattes.cnpq.br/6549222399222061Adauto Josà GonÃalves de AraÃjo40636305791http://lattes.cnpq.br/5367196964195146Roberto da Justa Pires Neto44778309391http://lattes.cnpq.br/1887685326618139Wayner Vieira de Souza34931694772http://lattes.cnpq.br/5594705199631576 82867259304http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4702341A6Carlos Henrique Morais de AlencarUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em SaÃde PÃblicaUFCBRLeprosy Epidemiology Disease â prevention and controlResidence CharacteristicsEPIDEMIOLOGIANos Ãltimos anos, o Programa Nacional de Controle da HansenÃase tem focado suas aÃÃes em Ãreas geogrÃficas definidas com alta detecÃÃo de casos. Este estudo teve o objetivo de caracterizar padrÃes epidemiolÃgicos, espaciais e temporais da hansenÃase em um agregado de alto risco de transmissÃo, em municÃpios dos estados do MaranhÃo, ParÃ, Tocantins e PiauÃ. Desta forma, foram aplicados diferentes mÃtodos de anÃlise espacial (Descritivo, Abordagem Bayesiana Local, EstatÃstica Scan Espacial) e quantificada a dependÃncia espacial de diversos indicadores epidemiolÃgicos e operacionais da hansenÃase. Em outro estudo, foram identificados o fluxo de pessoas afetadas e os motivos para migraÃÃo apÃs diagnÃstico. No perÃodo de 2001 a 2009, 82.463 casos novos foram detectados no agregado (coeficiente mÃdio de detecÃÃo: 95,9/100mil habitantes ao ano). No resto do Brasil o coeficiente foi 21,0 (RR=4,56, IC 95%: 4,45-4,66; p<0,0001). Houve fluxo direcionado dos pacientes com hansenÃase notificados para um municÃpio diferente da sua residÃncia. AraguaÃna, Imperatriz, Marabà e Floriano receberam um nÃmero considerÃvel de casos provenientes dos municÃpios em seu entorno. As capitais SÃo LuÃs, Teresina e BelÃm absorviam tambÃm casos vindos de outros estados. GoiÃnia e BrasÃlia se localizam distante do agregado, mas tÃm destaque pela notificaÃÃo de casos provenientes do agregado. ApÃs o primeiro diagnÃstico, 53,5% dos motivos principais de migraÃÃo foram relacionados a mudanÃas de estilo de vida. AnÃlise Scan Espacial identificou 23 agregados de elevada detecÃÃo de casos novos, a maioria localizados no Parà e MaranhÃo. Estes agregados incluÃram apenas 32% da populaÃÃo, mas 55,4% dos casos novos e 101 (27,1%) municÃpios. TambÃm foram identificados 14 aglomerados significativos para o coeficiente de detecÃÃo em crianÃas e 11 de casos novos com grau 2 de incapacidade/100mil hab. O agregado mais significativo, no centro do MaranhÃo, teve um RR de 2,24 e uma detecÃÃo anual de 10,4 casos com grau 2/100mil hab. O mÃtodo de autocorrelaÃÃo local mostrou superposiÃÃo com Ãreas de alto risco identificadas pelo mÃtodo Bayesiano Local e na anÃlise Scan Espacial. O estudo mostra que a hansenÃase à hiperendÃmica na Ãrea de estudo, sem a perspectiva de exaurir estes casos nos prÃximos anos. AlÃm de diagnÃstico tardio em um nÃmero de casos considerÃvel, houve lacunas na descentralizaÃÃo do atendimento, evidenciado pelo fluxo das pessoas afetadas. A construÃÃo de mapas utilizando outros indicadores, alÃm do coeficiente de detecÃÃo geral, e a sobreposiÃÃo desses mapas pÃde identificar Ãreas desconhecidas em relaÃÃo ao risco de transmissÃo e de detecÃÃo de casos com incapacidades avanÃadas. Essa abordagem poderà ser aplicada em outras Ãreas de risco para assim identificar agregados mais especÃficos de risco elevado para a hansenÃase.In recent years, the National Leprosy Control has focused its actions on defined geographic areas with high leprosy detection rates. This study aimed to characterize epidemiological, spatial and temporal patterns in a high risk leprosy cluster in municipalities in the states of MaranhÃo, ParÃ, Piauà and Tocantins. Different methods of spatial analysis were applied (Descriptive, Local Bayesian Approach, Spatial Scan Statistics), and the spatial dependence of various epidemiological and operational indicators was quantified. In an additional study, I identified the flow of leprosy-affected individuals, and the reasons for migration after diagnosis. In the period 2001â2009, 82,463 new cases were detected in the endemic cluster (mean detection rate: 95.9/100mil inhabitants per year). In the rest of Brazil, the mean rate was 21.0 (RR=4.56, 95% CI: 4.45 - 4.66; p<0.0001). There was a directed flow of patients who were reported by a municipality other than their residence. AraguaÃna, Imperatriz, Marabà and Floriano notified a considerable number of cases from the municipalities in the proximity. SÃo LuÃs, Teresina and BelÃm received also cases from other states. GoiÃnia and BrasÃlia are distant from the cluster, but reported cases from the cluster. After first diagnosis, in 53.5% of cases migration was related to lifestyle changes. Spatial Scan analysis identified 23 clusters of high detection rates, most of them located in Parà and MaranhÃo. These clusters included only 32% of the population but 55.4% of new cases, and 101 (27.1%) municipalities. There were also 14 significant clusters for high detection rates in children, and 11 clusters of new cases with grade 2 disabilities/100.000 population. The most significant cluster, in the centre of MaranhÃo, had a RR of 2.24 and an annual detection of grade 2 cases of 10.4/100.000 population. The local auto-correlation method showed overlapping with high-risk areas identified by Local Bayesian and Spatial Scan Statistics. The study shows that leprosy is hyperendemic in the study area, without an expected trend of reduced detection rates in the coming years. In addition to late diagnosis in a considerable number of cases, there were shortcomings in the decentralization of the health system, evidenced by the flow of affected people. The use of maps based on other indicators than detection rates and the overlap of these maps highlighted previously unknown risk areas for transmission and for cases with advanced disabilities. This approach can be applied in other endemic areas to identify clusters of high risk for leprosy.CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=7071application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:20:22Zmail@mail.com -
dc.title.pt.fl_str_mv PadrÃes EpidemiolÃgicos da HansenÃase em Ãrea de alto risco de transmissÃo nos estados do MaranhÃo, ParÃ, Tocantins e PiauÃ.
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Epidemiological patterns of leprosy transmission in a high risk area of MaranhÃo, ParÃ, Tocantins and PiauÃ, 2001-2009.
title PadrÃes EpidemiolÃgicos da HansenÃase em Ãrea de alto risco de transmissÃo nos estados do MaranhÃo, ParÃ, Tocantins e PiauÃ.
spellingShingle PadrÃes EpidemiolÃgicos da HansenÃase em Ãrea de alto risco de transmissÃo nos estados do MaranhÃo, ParÃ, Tocantins e PiauÃ.
Carlos Henrique Morais de Alencar
Leprosy
Epidemiology
Disease â prevention and control
Residence Characteristics
EPIDEMIOLOGIA
title_short PadrÃes EpidemiolÃgicos da HansenÃase em Ãrea de alto risco de transmissÃo nos estados do MaranhÃo, ParÃ, Tocantins e PiauÃ.
title_full PadrÃes EpidemiolÃgicos da HansenÃase em Ãrea de alto risco de transmissÃo nos estados do MaranhÃo, ParÃ, Tocantins e PiauÃ.
title_fullStr PadrÃes EpidemiolÃgicos da HansenÃase em Ãrea de alto risco de transmissÃo nos estados do MaranhÃo, ParÃ, Tocantins e PiauÃ.
title_full_unstemmed PadrÃes EpidemiolÃgicos da HansenÃase em Ãrea de alto risco de transmissÃo nos estados do MaranhÃo, ParÃ, Tocantins e PiauÃ.
title_sort PadrÃes EpidemiolÃgicos da HansenÃase em Ãrea de alto risco de transmissÃo nos estados do MaranhÃo, ParÃ, Tocantins e PiauÃ.
author Carlos Henrique Morais de Alencar
author_facet Carlos Henrique Morais de Alencar
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Jorg Heukelbach
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv 64671054353
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7970471613479900
dc.contributor.referee1.fl_str_mv LÃgia Regina Franco Sansigolo Kerr
dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv 12225734828
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6549222399222061
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Adauto Josà GonÃalves de AraÃjo
dc.contributor.referee2ID.fl_str_mv 40636305791
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5367196964195146
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Roberto da Justa Pires Neto
dc.contributor.referee3ID.fl_str_mv 44778309391
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1887685326618139
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Wayner Vieira de Souza
dc.contributor.referee4ID.fl_str_mv 34931694772
dc.contributor.referee4Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5594705199631576
dc.contributor.authorID.fl_str_mv 82867259304
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4702341A6
dc.contributor.author.fl_str_mv Carlos Henrique Morais de Alencar
contributor_str_mv Jorg Heukelbach
LÃgia Regina Franco Sansigolo Kerr
Adauto Josà GonÃalves de AraÃjo
Roberto da Justa Pires Neto
Wayner Vieira de Souza
dc.subject.eng.fl_str_mv Leprosy
Epidemiology
Disease â prevention and control
Residence Characteristics
topic Leprosy
Epidemiology
Disease â prevention and control
Residence Characteristics
EPIDEMIOLOGIA
dc.subject.cnpq.fl_str_mv EPIDEMIOLOGIA
dc.description.sponsorship.fl_txt_mv CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv Nos Ãltimos anos, o Programa Nacional de Controle da HansenÃase tem focado suas aÃÃes em Ãreas geogrÃficas definidas com alta detecÃÃo de casos. Este estudo teve o objetivo de caracterizar padrÃes epidemiolÃgicos, espaciais e temporais da hansenÃase em um agregado de alto risco de transmissÃo, em municÃpios dos estados do MaranhÃo, ParÃ, Tocantins e PiauÃ. Desta forma, foram aplicados diferentes mÃtodos de anÃlise espacial (Descritivo, Abordagem Bayesiana Local, EstatÃstica Scan Espacial) e quantificada a dependÃncia espacial de diversos indicadores epidemiolÃgicos e operacionais da hansenÃase. Em outro estudo, foram identificados o fluxo de pessoas afetadas e os motivos para migraÃÃo apÃs diagnÃstico. No perÃodo de 2001 a 2009, 82.463 casos novos foram detectados no agregado (coeficiente mÃdio de detecÃÃo: 95,9/100mil habitantes ao ano). No resto do Brasil o coeficiente foi 21,0 (RR=4,56, IC 95%: 4,45-4,66; p<0,0001). Houve fluxo direcionado dos pacientes com hansenÃase notificados para um municÃpio diferente da sua residÃncia. AraguaÃna, Imperatriz, Marabà e Floriano receberam um nÃmero considerÃvel de casos provenientes dos municÃpios em seu entorno. As capitais SÃo LuÃs, Teresina e BelÃm absorviam tambÃm casos vindos de outros estados. GoiÃnia e BrasÃlia se localizam distante do agregado, mas tÃm destaque pela notificaÃÃo de casos provenientes do agregado. ApÃs o primeiro diagnÃstico, 53,5% dos motivos principais de migraÃÃo foram relacionados a mudanÃas de estilo de vida. AnÃlise Scan Espacial identificou 23 agregados de elevada detecÃÃo de casos novos, a maioria localizados no Parà e MaranhÃo. Estes agregados incluÃram apenas 32% da populaÃÃo, mas 55,4% dos casos novos e 101 (27,1%) municÃpios. TambÃm foram identificados 14 aglomerados significativos para o coeficiente de detecÃÃo em crianÃas e 11 de casos novos com grau 2 de incapacidade/100mil hab. O agregado mais significativo, no centro do MaranhÃo, teve um RR de 2,24 e uma detecÃÃo anual de 10,4 casos com grau 2/100mil hab. O mÃtodo de autocorrelaÃÃo local mostrou superposiÃÃo com Ãreas de alto risco identificadas pelo mÃtodo Bayesiano Local e na anÃlise Scan Espacial. O estudo mostra que a hansenÃase à hiperendÃmica na Ãrea de estudo, sem a perspectiva de exaurir estes casos nos prÃximos anos. AlÃm de diagnÃstico tardio em um nÃmero de casos considerÃvel, houve lacunas na descentralizaÃÃo do atendimento, evidenciado pelo fluxo das pessoas afetadas. A construÃÃo de mapas utilizando outros indicadores, alÃm do coeficiente de detecÃÃo geral, e a sobreposiÃÃo desses mapas pÃde identificar Ãreas desconhecidas em relaÃÃo ao risco de transmissÃo e de detecÃÃo de casos com incapacidades avanÃadas. Essa abordagem poderà ser aplicada em outras Ãreas de risco para assim identificar agregados mais especÃficos de risco elevado para a hansenÃase.
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv In recent years, the National Leprosy Control has focused its actions on defined geographic areas with high leprosy detection rates. This study aimed to characterize epidemiological, spatial and temporal patterns in a high risk leprosy cluster in municipalities in the states of MaranhÃo, ParÃ, Piauà and Tocantins. Different methods of spatial analysis were applied (Descriptive, Local Bayesian Approach, Spatial Scan Statistics), and the spatial dependence of various epidemiological and operational indicators was quantified. In an additional study, I identified the flow of leprosy-affected individuals, and the reasons for migration after diagnosis. In the period 2001â2009, 82,463 new cases were detected in the endemic cluster (mean detection rate: 95.9/100mil inhabitants per year). In the rest of Brazil, the mean rate was 21.0 (RR=4.56, 95% CI: 4.45 - 4.66; p<0.0001). There was a directed flow of patients who were reported by a municipality other than their residence. AraguaÃna, Imperatriz, Marabà and Floriano notified a considerable number of cases from the municipalities in the proximity. SÃo LuÃs, Teresina and BelÃm received also cases from other states. GoiÃnia and BrasÃlia are distant from the cluster, but reported cases from the cluster. After first diagnosis, in 53.5% of cases migration was related to lifestyle changes. Spatial Scan analysis identified 23 clusters of high detection rates, most of them located in Parà and MaranhÃo. These clusters included only 32% of the population but 55.4% of new cases, and 101 (27.1%) municipalities. There were also 14 significant clusters for high detection rates in children, and 11 clusters of new cases with grade 2 disabilities/100.000 population. The most significant cluster, in the centre of MaranhÃo, had a RR of 2.24 and an annual detection of grade 2 cases of 10.4/100.000 population. The local auto-correlation method showed overlapping with high-risk areas identified by Local Bayesian and Spatial Scan Statistics. The study shows that leprosy is hyperendemic in the study area, without an expected trend of reduced detection rates in the coming years. In addition to late diagnosis in a considerable number of cases, there were shortcomings in the decentralization of the health system, evidenced by the flow of affected people. The use of maps based on other indicators than detection rates and the overlap of these maps highlighted previously unknown risk areas for transmission and for cases with advanced disabilities. This approach can be applied in other endemic areas to identify clusters of high risk for leprosy.
description Nos Ãltimos anos, o Programa Nacional de Controle da HansenÃase tem focado suas aÃÃes em Ãreas geogrÃficas definidas com alta detecÃÃo de casos. Este estudo teve o objetivo de caracterizar padrÃes epidemiolÃgicos, espaciais e temporais da hansenÃase em um agregado de alto risco de transmissÃo, em municÃpios dos estados do MaranhÃo, ParÃ, Tocantins e PiauÃ. Desta forma, foram aplicados diferentes mÃtodos de anÃlise espacial (Descritivo, Abordagem Bayesiana Local, EstatÃstica Scan Espacial) e quantificada a dependÃncia espacial de diversos indicadores epidemiolÃgicos e operacionais da hansenÃase. Em outro estudo, foram identificados o fluxo de pessoas afetadas e os motivos para migraÃÃo apÃs diagnÃstico. No perÃodo de 2001 a 2009, 82.463 casos novos foram detectados no agregado (coeficiente mÃdio de detecÃÃo: 95,9/100mil habitantes ao ano). No resto do Brasil o coeficiente foi 21,0 (RR=4,56, IC 95%: 4,45-4,66; p<0,0001). Houve fluxo direcionado dos pacientes com hansenÃase notificados para um municÃpio diferente da sua residÃncia. AraguaÃna, Imperatriz, Marabà e Floriano receberam um nÃmero considerÃvel de casos provenientes dos municÃpios em seu entorno. As capitais SÃo LuÃs, Teresina e BelÃm absorviam tambÃm casos vindos de outros estados. GoiÃnia e BrasÃlia se localizam distante do agregado, mas tÃm destaque pela notificaÃÃo de casos provenientes do agregado. ApÃs o primeiro diagnÃstico, 53,5% dos motivos principais de migraÃÃo foram relacionados a mudanÃas de estilo de vida. AnÃlise Scan Espacial identificou 23 agregados de elevada detecÃÃo de casos novos, a maioria localizados no Parà e MaranhÃo. Estes agregados incluÃram apenas 32% da populaÃÃo, mas 55,4% dos casos novos e 101 (27,1%) municÃpios. TambÃm foram identificados 14 aglomerados significativos para o coeficiente de detecÃÃo em crianÃas e 11 de casos novos com grau 2 de incapacidade/100mil hab. O agregado mais significativo, no centro do MaranhÃo, teve um RR de 2,24 e uma detecÃÃo anual de 10,4 casos com grau 2/100mil hab. O mÃtodo de autocorrelaÃÃo local mostrou superposiÃÃo com Ãreas de alto risco identificadas pelo mÃtodo Bayesiano Local e na anÃlise Scan Espacial. O estudo mostra que a hansenÃase à hiperendÃmica na Ãrea de estudo, sem a perspectiva de exaurir estes casos nos prÃximos anos. AlÃm de diagnÃstico tardio em um nÃmero de casos considerÃvel, houve lacunas na descentralizaÃÃo do atendimento, evidenciado pelo fluxo das pessoas afetadas. A construÃÃo de mapas utilizando outros indicadores, alÃm do coeficiente de detecÃÃo geral, e a sobreposiÃÃo desses mapas pÃde identificar Ãreas desconhecidas em relaÃÃo ao risco de transmissÃo e de detecÃÃo de casos com incapacidades avanÃadas. Essa abordagem poderà ser aplicada em outras Ãreas de risco para assim identificar agregados mais especÃficos de risco elevado para a hansenÃase.
publishDate 2011
dc.date.issued.fl_str_mv 2011-10-18
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
status_str publishedVersion
format doctoralThesis
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=7071
url http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=7071
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de PÃs-GraduaÃÃo em SaÃde PÃblica
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFC
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname:Universidade Federal do Ceará
instacron:UFC
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname_str Universidade Federal do Ceará
instacron_str UFC
institution UFC
repository.name.fl_str_mv -
repository.mail.fl_str_mv mail@mail.com
_version_ 1643295156803207168