Meninos nÃo Choram - A formaÃÃo do habitus guerreiro nas FARC-EP.
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=509 |
Resumo: | CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior |
id |
UFC_2bb1220df66b24d13d53fdd9ea91cdfd |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.teses.ufc.br:288 |
network_acronym_str |
UFC |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
spelling |
info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisMeninos nÃo Choram - A formaÃÃo do habitus guerreiro nas FARC-EP.2006-06-05CÃsar Barreira03413454315http://lattes.cnpq.br/2382723098584720Alba Maria Pinho de Carvalho04393422368http://lattes.cnpq.br/5941867047206757Gloria Maria dos Santos DiÃgenes11871300363http://lattes.cnpq.br/0033420815363929Eduardo Paes Machado13134418568http://lattes.cnpq.br/456241497466990464125998353http://lattes.cnpq.br/4881500946275821Josà Maria de Jesus Izquierdo VillotaUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em SociologiaUFCBRConflito violÃncia poder disciplina.CiÃncias HumanasCoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel SuperiorRESUMO No presente trabalho, mediante o uso de alguns subsÃdios conceituais de teÃricos como Norbert Elias, Hannah Arendt, Georg Simmel, Michel Foucault e Pierre Bourdieu, abordo a temÃtica da formaÃÃo do habitus guerreiro das FARC-EP. Desejo perceber, atravÃs das nuanÃas da interaÃÃo social, as mudanÃas que se dÃo na vida dos homens e mulheres que integram esse grupo guerrilheiro. No meio da guerra contra o Estado, à minha pretensÃo, neste trabalho, mostrar a maneira atravÃs da qual os guerrilheiros das FARC-EP incorporam caracterÃsticas peculiares do habitus guerreiro, que lhes permite possuir um diferencial bastante evidente no que tange aos sentimentos e ao comportamento humano. Dessa forma, quero apresentar minha percepÃÃo em dois momentos investigativos: Nos dois primeiros capÃtulos, meu olhar serà direcionado ao grupo, enquanto, nos trÃs capÃtulos restantes, minha pretensÃo à perceber o processo pelo qual esse habitus guerreiro do grupo se instila nos membros que o conformam. O âcorpo temÃticoâ deste trabalho foi estruturado da seguinte maneira: No capÃtulo I, a partir dos conflitos agrÃrios de luta pela terra entre camponeses assalariados e latifundiÃrios, tentarei mostrar como se dà o processo de configuraÃÃo do habitus guerreiro de grupos de autodefesa camponesa que, posteriormente, constituirÃo a base social das FARC-EP. No capÃtulo II, quero elucidar sobre o habitus guerreiro como um traÃo coletivo da guerrilha, cuja formaÃÃo foi possÃvel atravÃs da vida nÃmade, das coaÃÃes externas advindas das constantes ameaÃas inimigas e das coaÃÃes internas promovidas pela aplicaÃÃo de um Regime Disciplinar. No capitulo III, abordando algumas aÃÃes coletivas, quero problematizar a perda da individualidade no acontecer da guerra revolucionaria, em que a identidade pessoal se dilui diante do aparecimento das caracterÃsticas do grupo. O uso de diversos artifÃcios como a mÃscara, a mudanÃa do nome, a ruptura dos vÃnculos sociais com pessoas alheias à organizaÃÃo, a prioridade atribuÃda aos interesses e aspiraÃÃes do coletivo, articulam um processo social de transformaÃÃo da personalidade dos guerrilheiros. No Capitulo IV quero avistar a vivÃncia dos sentimentos de forma a ajustÃ-los a esse tipo de vida coletiva que decorre no meio do conflito armado colombiano. Inquieta-me saber como os guerrilheiros desenvolvem sua afetividade na interaÃÃo homem/mulher, como vivem o vÃnculo com a famÃlia, como controlam o medo e, principalmente, como desenvolvem sentimentos que sÃo caracterÃsticos do grupo, como a desconfianÃa de tudo e a fidelidade à organizaÃÃo. No capÃtulo V, abordo a incidÃncia da vida nÃmade, do rigor militar e da disposiÃÃo para o combate no processo de construÃÃo da corporeidade dos guerrilheiros. Nesse capÃtulo, tentarei destacar o processo de disciplinarizaÃÃo da sexualidade, assim como tambÃm o condicionamento corporal para que os guerrilheiros sejam capazes de opor resistÃncia ao cansaÃo, a condiÃÃes climÃticas adversas e aos demais apelos da prÃpria estrutura biolÃgica humana como a fome, o sono e a dor fÃsica. http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=509application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:15:31Zmail@mail.com - |
dc.title.pt.fl_str_mv |
Meninos nÃo Choram - A formaÃÃo do habitus guerreiro nas FARC-EP. |
title |
Meninos nÃo Choram - A formaÃÃo do habitus guerreiro nas FARC-EP. |
spellingShingle |
Meninos nÃo Choram - A formaÃÃo do habitus guerreiro nas FARC-EP. Josà Maria de Jesus Izquierdo Villota Conflito violÃncia poder disciplina. CiÃncias Humanas |
title_short |
Meninos nÃo Choram - A formaÃÃo do habitus guerreiro nas FARC-EP. |
title_full |
Meninos nÃo Choram - A formaÃÃo do habitus guerreiro nas FARC-EP. |
title_fullStr |
Meninos nÃo Choram - A formaÃÃo do habitus guerreiro nas FARC-EP. |
title_full_unstemmed |
Meninos nÃo Choram - A formaÃÃo do habitus guerreiro nas FARC-EP. |
title_sort |
Meninos nÃo Choram - A formaÃÃo do habitus guerreiro nas FARC-EP. |
author |
Josà Maria de Jesus Izquierdo Villota |
author_facet |
Josà Maria de Jesus Izquierdo Villota |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
CÃsar Barreira |
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv |
03413454315 |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/2382723098584720 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Alba Maria Pinho de Carvalho |
dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv |
04393422368 |
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/5941867047206757 |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Gloria Maria dos Santos DiÃgenes |
dc.contributor.referee2ID.fl_str_mv |
11871300363 |
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0033420815363929 |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Eduardo Paes Machado |
dc.contributor.referee3ID.fl_str_mv |
13134418568 |
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/4562414974669904 |
dc.contributor.authorID.fl_str_mv |
64125998353 |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/4881500946275821 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Josà Maria de Jesus Izquierdo Villota |
contributor_str_mv |
CÃsar Barreira Alba Maria Pinho de Carvalho Gloria Maria dos Santos DiÃgenes Eduardo Paes Machado |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Conflito violÃncia poder disciplina. |
topic |
Conflito violÃncia poder disciplina. CiÃncias Humanas |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CiÃncias Humanas |
dc.description.sponsorship.fl_txt_mv |
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior |
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv |
RESUMO No presente trabalho, mediante o uso de alguns subsÃdios conceituais de teÃricos como Norbert Elias, Hannah Arendt, Georg Simmel, Michel Foucault e Pierre Bourdieu, abordo a temÃtica da formaÃÃo do habitus guerreiro das FARC-EP. Desejo perceber, atravÃs das nuanÃas da interaÃÃo social, as mudanÃas que se dÃo na vida dos homens e mulheres que integram esse grupo guerrilheiro. No meio da guerra contra o Estado, à minha pretensÃo, neste trabalho, mostrar a maneira atravÃs da qual os guerrilheiros das FARC-EP incorporam caracterÃsticas peculiares do habitus guerreiro, que lhes permite possuir um diferencial bastante evidente no que tange aos sentimentos e ao comportamento humano. Dessa forma, quero apresentar minha percepÃÃo em dois momentos investigativos: Nos dois primeiros capÃtulos, meu olhar serà direcionado ao grupo, enquanto, nos trÃs capÃtulos restantes, minha pretensÃo à perceber o processo pelo qual esse habitus guerreiro do grupo se instila nos membros que o conformam. O âcorpo temÃticoâ deste trabalho foi estruturado da seguinte maneira: No capÃtulo I, a partir dos conflitos agrÃrios de luta pela terra entre camponeses assalariados e latifundiÃrios, tentarei mostrar como se dà o processo de configuraÃÃo do habitus guerreiro de grupos de autodefesa camponesa que, posteriormente, constituirÃo a base social das FARC-EP. No capÃtulo II, quero elucidar sobre o habitus guerreiro como um traÃo coletivo da guerrilha, cuja formaÃÃo foi possÃvel atravÃs da vida nÃmade, das coaÃÃes externas advindas das constantes ameaÃas inimigas e das coaÃÃes internas promovidas pela aplicaÃÃo de um Regime Disciplinar. No capitulo III, abordando algumas aÃÃes coletivas, quero problematizar a perda da individualidade no acontecer da guerra revolucionaria, em que a identidade pessoal se dilui diante do aparecimento das caracterÃsticas do grupo. O uso de diversos artifÃcios como a mÃscara, a mudanÃa do nome, a ruptura dos vÃnculos sociais com pessoas alheias à organizaÃÃo, a prioridade atribuÃda aos interesses e aspiraÃÃes do coletivo, articulam um processo social de transformaÃÃo da personalidade dos guerrilheiros. No Capitulo IV quero avistar a vivÃncia dos sentimentos de forma a ajustÃ-los a esse tipo de vida coletiva que decorre no meio do conflito armado colombiano. Inquieta-me saber como os guerrilheiros desenvolvem sua afetividade na interaÃÃo homem/mulher, como vivem o vÃnculo com a famÃlia, como controlam o medo e, principalmente, como desenvolvem sentimentos que sÃo caracterÃsticos do grupo, como a desconfianÃa de tudo e a fidelidade à organizaÃÃo. No capÃtulo V, abordo a incidÃncia da vida nÃmade, do rigor militar e da disposiÃÃo para o combate no processo de construÃÃo da corporeidade dos guerrilheiros. Nesse capÃtulo, tentarei destacar o processo de disciplinarizaÃÃo da sexualidade, assim como tambÃm o condicionamento corporal para que os guerrilheiros sejam capazes de opor resistÃncia ao cansaÃo, a condiÃÃes climÃticas adversas e aos demais apelos da prÃpria estrutura biolÃgica humana como a fome, o sono e a dor fÃsica. |
description |
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior |
publishDate |
2006 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2006-06-05 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
format |
doctoralThesis |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=509 |
url |
http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=509 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Cearà |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Sociologia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFC |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
BR |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Cearà |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC instname:Universidade Federal do Ceará instacron:UFC |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
instname_str |
Universidade Federal do Ceará |
instacron_str |
UFC |
institution |
UFC |
repository.name.fl_str_mv |
-
|
repository.mail.fl_str_mv |
mail@mail.com |
_version_ |
1643295125334392832 |