Antese de flores-de-pÃlen em dependÃncia de chuva ou seca no semi-Ãrido

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Juliana Rodrigues de Sousa
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6141
Resumo: A maioria das flores evoluiram uma dependÃncia de abelhas como polinizadores. Se por um lado as abelhas necessitam de pÃlen para nutriÃÃo de sua prole, as espÃcies que possuem flores polinizadas por abelhas apresentam mecanismos para assegurar pelo menos parte do seu pÃlen para a polinizaÃÃo. As flores-de-pÃlen possuem apenas pÃlen como chamariz para atrair os polinizadores. De um modo geral, ele encontra-se em anteras poricidas, de onde sà pode ser retirado por certas abelhas que conseguem vibrar a flor. Para esse mecanismo funcionar o pÃlen precisa estar seco. Em contraste, para que ocorra a floraÃÃo as plantas precisam de Ãgua. Para verificar a relaÃÃo entre a precipitaÃÃo e a floraÃÃo nas flores que apresentam apenas pÃlen como chamariz, observamos a fenologia de seis espÃcies de flores-de-pÃlen da Caatinga no Cariri, Sul do CearÃ. Como pressuposto, a produÃÃo de flores para a maioria das espÃcies observadas ocorreu durante a estaÃÃo seca. Em Senna acuruensis, Cochlospermum vitifolium e Chamaecrista curvifolia o pico de floraÃÃo foi na estaÃÃo seca, enquanto em Senna spectabilis unicamente no perÃodo chuvoso. Solanum paniculatum apresentou floraÃÃo na estaÃÃo seca mas tambÃm apresenta uma pequena produÃÃo floral na estaÃÃo chuvosa. A exÃtica Senna siamea apresentou picos em todas as estaÃÃes. Em todas as espÃcies foi possÃvel observar uma elevada sincronia (acima de 60%) e uma longa duraÃÃo na produÃÃo floral. Como a antese por muitos meses destas flores-de-pÃlen nÃo se enquadre nos padrÃes descritos por Gentry (1974), atribuÃmos a ela a denominaÃÃo âmacropedosiaâ (do grego μακρός = de longa duraÃÃo e παιδοῦς = com muitos filhos, responsÃvel por muita prole durante muito tempo). Apenas em S. spectabilis e S. siamea a floraÃÃo foi positivamente correlacionada com a precipitaÃÃo. Nas outras espÃcies apresentaram-se negativamente relacionadas, exceto Senna acuruensis que nÃo mostrou grau de correlaÃÃo. A presenÃa de abelhas vibrando estas flores ocorreu durante intervalos secos. Com isso, concluÃmos que as condiÃÃes de umidade necessÃrias para o buzzing das flores-de-pÃlen foram proporcionadas de forma independente da estaÃÃo seca ou chuvosa
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisAntese de flores-de-pÃlen em dependÃncia de chuva ou seca no semi-ÃridoBefore fleurs-de-pollen in dependence on rain or drought in semi-arid2010-08-06Christian Westerkamp01507500645http://lattes.cnpq.br/2098856820970653Arlete Aparecida Soares72224509634http://lattes.cnpq.br/9031031416668495Christiano Franco Verola26119541861http://lattes.cnpq.br/337569435449934800375516395http://lattes.cnpq.br/0753445289566819 Juliana Rodrigues de SousaUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em Ecologia e Recursos NaturaisUFCBRFenologia Caatinga Semi-Ãrido Flores-de-pÃlen Buzzing MacropedosiaPhenology Caatinga Semi-Arid Pollen-only Flowers Buzzing MacropedosyECOLOGIAA maioria das flores evoluiram uma dependÃncia de abelhas como polinizadores. Se por um lado as abelhas necessitam de pÃlen para nutriÃÃo de sua prole, as espÃcies que possuem flores polinizadas por abelhas apresentam mecanismos para assegurar pelo menos parte do seu pÃlen para a polinizaÃÃo. As flores-de-pÃlen possuem apenas pÃlen como chamariz para atrair os polinizadores. De um modo geral, ele encontra-se em anteras poricidas, de onde sà pode ser retirado por certas abelhas que conseguem vibrar a flor. Para esse mecanismo funcionar o pÃlen precisa estar seco. Em contraste, para que ocorra a floraÃÃo as plantas precisam de Ãgua. Para verificar a relaÃÃo entre a precipitaÃÃo e a floraÃÃo nas flores que apresentam apenas pÃlen como chamariz, observamos a fenologia de seis espÃcies de flores-de-pÃlen da Caatinga no Cariri, Sul do CearÃ. Como pressuposto, a produÃÃo de flores para a maioria das espÃcies observadas ocorreu durante a estaÃÃo seca. Em Senna acuruensis, Cochlospermum vitifolium e Chamaecrista curvifolia o pico de floraÃÃo foi na estaÃÃo seca, enquanto em Senna spectabilis unicamente no perÃodo chuvoso. Solanum paniculatum apresentou floraÃÃo na estaÃÃo seca mas tambÃm apresenta uma pequena produÃÃo floral na estaÃÃo chuvosa. A exÃtica Senna siamea apresentou picos em todas as estaÃÃes. Em todas as espÃcies foi possÃvel observar uma elevada sincronia (acima de 60%) e uma longa duraÃÃo na produÃÃo floral. Como a antese por muitos meses destas flores-de-pÃlen nÃo se enquadre nos padrÃes descritos por Gentry (1974), atribuÃmos a ela a denominaÃÃo âmacropedosiaâ (do grego μακρός = de longa duraÃÃo e παιδοῦς = com muitos filhos, responsÃvel por muita prole durante muito tempo). Apenas em S. spectabilis e S. siamea a floraÃÃo foi positivamente correlacionada com a precipitaÃÃo. Nas outras espÃcies apresentaram-se negativamente relacionadas, exceto Senna acuruensis que nÃo mostrou grau de correlaÃÃo. A presenÃa de abelhas vibrando estas flores ocorreu durante intervalos secos. Com isso, concluÃmos que as condiÃÃes de umidade necessÃrias para o buzzing das flores-de-pÃlen foram proporcionadas de forma independente da estaÃÃo seca ou chuvosaThe majority of flowers evolved a dependence of bees as pollinators. While on one side the bees need pollen as brood food, species with flowers pollinated by bees show mechanisms to safeguard at least part of their pollen for pollination. Pollen-only flowers possess just pollen to attract pollinators. It is generally contained in poricidal anthers from where it can be removed exclusively by certain bees able to sonicate the flower. For this mechanism to function pollen has to be dry. To flower, however, the plants need water. To understand the relation between precipitation and blooming of pollen-only flowers, we observed the flowering phenology of six caatinga species in the Cariri, southern CearÃ. As presupposed, flower production occurred during the dry season in the majority of the observed species. Senna acuruensis, Cochlospermum vitifolium and Chamaecrista curvifolia had their peaks in the dry season, while Senna spectabilis flowered exclusively in the rainy part of the year. Solanum paniculatum had its main peak in the dry season but produced a minor one also in the wet season. The exotic Senna siamea showed blooms year-round. All species demonstrated an elevated (>60%) percentage of flowering synchrony. As the antheses for many months did not fit the patterns described by Gentry (1974) for nectar flowers, we coined the term âmacropedosyâ (from greek μακρός = of long duration and παιδοῦς = with abundant children; responsible for much offspring during long time) for this behaviour. Only in S. spectabilis and S. siamea, flowering was positively related to precipitation. In the other species, it was negatively related, except S. acuruensis, that demonstrated no correlation at all. Visits of vibrating bees occurred during dry spells. We thus conclude that the dry conditions necessary for buzzing in pollen-only flowers are met with independently of dry or wet seasonCoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel SuperiorFundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgicohttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6141application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:19:09Zmail@mail.com -
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description A maioria das flores evoluiram uma dependÃncia de abelhas como polinizadores. Se por um lado as abelhas necessitam de pÃlen para nutriÃÃo de sua prole, as espÃcies que possuem flores polinizadas por abelhas apresentam mecanismos para assegurar pelo menos parte do seu pÃlen para a polinizaÃÃo. As flores-de-pÃlen possuem apenas pÃlen como chamariz para atrair os polinizadores. De um modo geral, ele encontra-se em anteras poricidas, de onde sà pode ser retirado por certas abelhas que conseguem vibrar a flor. Para esse mecanismo funcionar o pÃlen precisa estar seco. Em contraste, para que ocorra a floraÃÃo as plantas precisam de Ãgua. Para verificar a relaÃÃo entre a precipitaÃÃo e a floraÃÃo nas flores que apresentam apenas pÃlen como chamariz, observamos a fenologia de seis espÃcies de flores-de-pÃlen da Caatinga no Cariri, Sul do CearÃ. Como pressuposto, a produÃÃo de flores para a maioria das espÃcies observadas ocorreu durante a estaÃÃo seca. Em Senna acuruensis, Cochlospermum vitifolium e Chamaecrista curvifolia o pico de floraÃÃo foi na estaÃÃo seca, enquanto em Senna spectabilis unicamente no perÃodo chuvoso. Solanum paniculatum apresentou floraÃÃo na estaÃÃo seca mas tambÃm apresenta uma pequena produÃÃo floral na estaÃÃo chuvosa. A exÃtica Senna siamea apresentou picos em todas as estaÃÃes. Em todas as espÃcies foi possÃvel observar uma elevada sincronia (acima de 60%) e uma longa duraÃÃo na produÃÃo floral. Como a antese por muitos meses destas flores-de-pÃlen nÃo se enquadre nos padrÃes descritos por Gentry (1974), atribuÃmos a ela a denominaÃÃo âmacropedosiaâ (do grego μακρός = de longa duraÃÃo e παιδοῦς = com muitos filhos, responsÃvel por muita prole durante muito tempo). Apenas em S. spectabilis e S. siamea a floraÃÃo foi positivamente correlacionada com a precipitaÃÃo. Nas outras espÃcies apresentaram-se negativamente relacionadas, exceto Senna acuruensis que nÃo mostrou grau de correlaÃÃo. A presenÃa de abelhas vibrando estas flores ocorreu durante intervalos secos. Com isso, concluÃmos que as condiÃÃes de umidade necessÃrias para o buzzing das flores-de-pÃlen foram proporcionadas de forma independente da estaÃÃo seca ou chuvosa
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