O corpo como zona de inventividade no processo de criaÃÃo de Wagner Rossi Campos.

• Autor(a) principal: Ana CecÃlia AraÃjo Soares de Souza
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=14088
• topic: Corpo; Performance; Ritual; Processo de CriaÃÃo; Cuerpo; Ritual; Performance; Proceso de CreaciÃn; ARTES

A presente pesquisa aborda o processo de criaÃÃo do performer Wagner Rossi Campos a partir do atravessamento de suas referÃncias simbÃlicas e estÃticas, modos, diretrizes e nuances de trabalho. Na busca de se aventurar por outros universos sensÃrios, transformando seu prÃprio corpo em um canal aberto para suas experimentaÃÃes poÃticas, Campos promove hibridaÃÃes da linguagem performÃtica com outras prÃticas de naturezas distintas, das quais destacamos o seu envolvimento com os protÃtipos ritualÃsticos. A CrÃtica de Processo proposta por Cecilia Almeida Salles, com fundamentaÃÃo teÃrica na SemiÃtica de Charles Sanders Peirce, nos serviu como estratÃgia para o desenvolvimento de uma reflexÃo fluÃda e sensÃvel aninhada em um movimento contÃnuo, nÃo-linear, inferencial, que nÃo limitasse a riqueza de possibilidades trazidas pelo percurso criativo deste artista. A metodologia tambÃm consistiu na sistematizaÃÃo bibliogrÃfica e na realizaÃÃo de entrevistas com Wagner, servindo-nos, inclusive, como uma das principais fontes de informaÃÃo para o entendimento mais profundo de seus procedimentos de trabalho, o que nos proporcionou, ainda, detectar questÃes significativas, como: a ideia da performance como campo de energia; o corpo como acontecimento; a exposiÃÃo dos documentos processuais; as matÃrias-primas utilizadas; o diÃlogo do artista com o pÃblico participante de uma aÃÃo; a elaboraÃÃo de uma escrita performÃtica; a preferÃncia do termo aÃÃo no lugar de performance; o sincretismo religioso e a crÃtica à cultura colonizada na AmÃrica-Latina. Com isso, acreditamos que o diÃlogo arte e ritual efetuado pelo performer contribui na construÃÃo de uma performance ritualÃstica que, por sua vez, nos revela algo novo: o corpo do artista como uma espÃcie de zona de inventividade, a partir da qual o artista amplia sua subjetividade e, assim, rompe com hÃbitos corporais, temporais, cognitivos e afetivos.