A criaÃÃo e estabilizaÃÃo na paranoia e na esquizofrenia: aportes para a clÃnica psicanalÃtica

• Autor(a) principal: Tereza Raquel Tomà Adeodato
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=17321
• topic: Psicose; EstabilizaÃÃo; CriaÃÃo; SaÃde Mental; Psychosis; Stabilization; Creation; Mental Health; PSICOLOGIA

A partir da compreensÃo da formaÃÃo da teoria freudiana sobre as psicoses e do avanÃo teÃrico e clÃnico proposto por Lacan no contexto da clÃnica das psicoses, pretendemos, por meio da presente pesquisa, compreender a diferenciaÃÃo do processo de criaÃÃo em duas psicoses especÃficas: na paranoia e na esquizofrenia. A relaÃÃo entre criaÃÃo e estabilizaÃÃo tambÃm nos deu a oportunidade de refletirmos acerca dos possÃveis desdobramentos da observÃncia desses fatores para a direÃÃo do tratamento dessas afecÃÃes. Para isto, realizamos, em um primeiro momento, a elucidaÃÃo sobre o modo como se dà criaÃÃo no Ãmbito da psicose. Para tal, levamos em consideraÃÃo duas especificidades: a relaÃÃo da criaÃÃo com a psicose nÃo desencadeada e sua relaÃÃo com a estabilizaÃÃo na psicose desencadeada. Em seguida, procuramos aprofundar nosso estudo acerca da funÃÃo diferencial da criaÃÃo no restabelecimento de quadros clÃnicos de psicoses paranoica e esquizofrÃnica. Nesse momento, utilizamos de casos clÃnicos para fins de aprofundamento e de ilustraÃÃo de nossa investigaÃÃo, recurso metodolÃgico esse de fundamental importÃncia para a consecuÃÃo dos objetivos psicanalÃticos de nossa pesquisa. Buscamos, por fim, refletir acerca das possÃveis contribuiÃÃes dessa diferenciaÃÃo para a conduÃÃo do tratamento de ambas as psicoses. Diante disso, constatamos que compreender o papel da criaÃÃo no direcionamento da estabilizaÃÃo e no tratamento na clÃnica da psicose, bem como sua relaÃÃo com as formas de defesa singulares de cada estrutura, pode resultar esclarecedora para o tratamento das mesmas. Observamos, alÃm disso, que tal diferenÃa contribui para o avanÃo das reflexÃes sobre a posiÃÃo ocupada pelo analista na clÃnica das psicoses.