Uso de sensoriamento remoto na caracterizaÃÃo espacial e ambiental da aluviÃo do riacho SÃo Josà na bacia sedimentar do Cariri cearense

• Autor(a) principal: ArtÃnio Cabral Barreto
• Data de Publicação: 2013
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=10131
• topic: Planejamento agrÃcola; Vulnerabilidade a poluiÃÃo; SemiÃrido; Semiarid; Vulnerability to pollution; Agricultural Planning; ENGENHARIA AGRICOLA

O Nordeste brasileiro tem como caracterÃstica um alto dÃficit hÃdrico, dificultando a prÃtica da agricultura e a manutenÃÃo do homem no campo. Nesse contexto, as Ãreas de aluviÃo se mostram como uma fonte de Ãgua que pode ser utilizada nas Ãpocas mais secas do ano, visando a sustentabilidade da Ãrea. No entanto, para que essas Ãreas aluvionares sejam utilizadas de forma sustentÃvel, se faz necessÃrio o conhecimento de algumas caracterÃsticas como: delimitaÃÃo, capacidade de armazenamento e restriÃÃes ao uso e ocupaÃÃo. O presente trabalho foi realizado na Bacia HidrogrÃfica do riacho SÃo Josà - BHSJ, localizada na regiÃo do Cariri cearense e teve como principais objetivos: a caracterizaÃÃo da aluviÃo do riacho, a classificaÃÃo da BHSJ quanto a vulnerabilidade à poluiÃÃo das Ãguas subterrÃneas e o zoneamento agrÃcola da bacia. O trabalho foi dividido em quatro etapas: mapeamento das Ãreas de aluviÃo, determinaÃÃo do potencial hÃdrico da Ãrea aluvionar onde o riacho à perene, mapeamento das classes de vulnerabilidade à poluiÃÃo dos aquÃferos, utilizando os Ãndices DRASTIC e DRASTIC pesticida e o zoneamento agrÃcola da Ãrea da BHSJ. Em todas as etapas de desenvolvimento do trabalho utilizou-se os softwares SPRING, Arcgis e Global Mapper. O mÃtodo de mapeamento das Ãreas de aluviÃo que apresentou melhor resultado, foi o que considera a largura do buffer como uma funÃÃo logarÃtmica da Ãrea da bacia contributiva de sedimentos a montante. As Ãreas contributivas de sedimentos superiores a 1.000.000 m e com declividades mÃdias superiores a 5%, foram condiÃÃes restritivas à formaÃÃo da aluviÃo. Na Ãrea de aluviÃo, onde o riacho à perene, predomina sedimentos de textura mÃdia e arenosa, com profundidade mÃxima de 20 m, porosidade efetiva mÃdia de 8,3% e capacidade de armazenamento de Ãgua de cerca de 498.000 mÂ. O Ãndice DRASTIC dividiu a bacia em quatro classes de vulnerabilidade: insignificante, baixa, muito baixa e moderada, a insignificante correspondendo a cerca de 78% da Ãrea e a moderada a apenas 3%, na porÃÃo da aluviÃo onde o riacho à perene e onde à necessÃrio um maior controle no uso e ocupaÃÃo do solo. O DRASTIC pesticida dividiu a bacia em seis classes de vulnerabilidade: insignificante, muito baixa, baixa, moderada, alta e muito alta, a muito baixa corresponde a cerca de 41% da Ãrea e a moderada, a alta e a muito alta, a 7, 6 e 3% respectivamente. Essas trÃs Ãltimas classes correspondem a toda aluviÃo e nelas sÃo importantes adoÃÃes de medidas que visem o controle do uso de pesticidas. A partir do Ãndice DRASTIC pesticida e da delimitaÃÃo das Ãreas de APPs do riacho, a BHSJ foi mapeada quanto ao planejamento agrÃcola, definindo-se trÃs zonas: de proteÃÃo permanente, com restriÃÃes ao uso de pesticidas e com menores restriÃÃes.