Estudo das atividades citotÃxica e antitumoral de vitafisilinas isoladas de Acnistus Arborescens.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Danilo Damasceno Rocha
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2539
Resumo: As vitafisalinas sÃo lactonas esteroidais (C28), estruturalmente baseadas no esqueleto do ergostano, comumente encontradas em plantas da famÃlia Solanaceae. A fim de avaliar as propriedades anticÃncer desses compostos, cinco vitafisalinas [O, F, M, N e (17S, 20R, 22R) -5 β, 6β :18,20-2-diepÃxi β-4, 18 - diidrÃxi-1 - oxovita-3-24-enolido] isoladas da Acnistus arborescens, planta tÃpica do nordeste brasileiro, foram analisadas utilizando diversos modelos biolÃgicos. Todas as cinco vitafisalinas mostraram efeitos citotÃxicos em linhagens de cÃlulas tumorais, sendo a vitafisalina O a mais potente e a vitafisalina (17S, 20R, 22R) -5 β, 6β :18,20-2-diepÃxi β-4, 18 - diidrÃxi-1-oxovita-3 - 24-enolido) a menos potente. Ao compararmos as estruturas quÃmicas das vitafisalinas e suas atividades, foi observado que a ligaÃÃo dupla entre os carbonos 2 e 3 à essencial para os efeitos citotÃxicos desses compostos. No entanto, as vitafisalinas (O, F e N) nÃo mostraram qualquer especificidade para linhagens tumorais, jà que tambÃm apresentaram efeitos citotÃxicos e genotÃxicos, semelhantes, em cÃlulas leucÃmicas (HL-60) e em cÃlulas normais (PBMC). A viabilidade celular e curvas de crescimento foram determinadas, para as linhagens de HL-60 e K-562, utilizando o ensaio de exclusÃo de azul de tripan. As vitafisalinas O, F, M e N reduziram o nÃmero de cÃlulas viÃveis de modo dose e tempo dependente, apresentando valores de CI50 variando de 0,7 a 3,5 μM apÃs 72 horas de incubaÃÃo. Nas mesmas linhagens leucÃmicas, as vitafisalinas tambÃm inibiram a sÃntese de DNA, causaram alteraÃÃes morfolÃgicas tÃpicas de apoptose, e apenas na linhagem HL-60 induziram a ativaÃÃo da caspase-3. AlÃm disso, foi realizado, em cÃlulas de HL-60, a anÃlise da integridade da membrana celular, distribuiÃÃo do ciclo celular, fragmentaÃÃo de DNA e o potencial transmembrÃnico de mitocÃndria, utilizando citometria de fluxo. Nestes experimentos, as vitafisalinas O e F, somente na concentraÃÃo de 10 μM, reduziram o nÃmero de cÃlulas viÃveis para 60 e 40%, respectivamente. Na anÃlise do ciclo celular, ambas vitafisalinas, na concentraÃÃo de 5 μM, causaram um acÃmulo de cÃlulas na fase G2/M do ciclo celular. Ambas vitafisalinas tambÃm causaram um aumento significativo do nÃmero de cÃlulas apresentando fragmentaÃÃo de DNA. Os resultados da anÃlise do potencial transmembrÃnico de mitocÃndria mostraram um aumento na despolarizaÃÃo de 4,7, 17,5 e 9,1% causado pela vitafisalina O e de 7,6, 16,6 e 5,6% pela vitafisalina F. O efeito antitumoral (in vivo) da vitafisalina F foi analisado em camundongos transplantados com o tumor Sarcoma 180, nas doses de 5, 10 e 20 mg/Kg/dia por via intraperitoneal e na dose de 20 mg/Kg/dia por via oral. O crescimento do tumor foi inibido em mais de 76% na maior doses testada (20mg/Kg/dia), tanto por via intraperitoneal quanto por via oral. A anÃlise histopatolÃgica dos ÃrgÃos dos animais mostraram que a vitafisalina F provoca efeitos tÃxicos moderados, principalmente no fÃgado e nos rins, mas esses podem ser considerados como reversÃveis. Tendo em vista todos estes dados, pode concluir-se que as vitafisalinas podem ser consideradas como uma classe emergente de novos compostos anticÃncer.
id UFC_4709ebfa90fce201b0dd12e8c7dd21be
oai_identifier_str oai:www.teses.ufc.br:1303
network_acronym_str UFC
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEstudo das atividades citotÃxica e antitumoral de vitafisilinas isoladas de Acnistus Arborescens.Study of cytotoxic and antitumour activities of withaphysalins isolated from Acnistus arborescens.2008-07-14LetÃcia Veras Costa-Lotufo43089810344http://lattes.cnpq.br/5193149437979818Vietla Satyanarayana Rao21058550315http://lattes.cnpq.br/7046546191056187Ana Paula Negreiros Nunes Alves19242662372http://lattes.cnpq.br/5522921433940881 64331695387http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4751412P7Danilo Damasceno RochaUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em FarmacologiaUFCBRVitafisalinaWithaphysalin Apoptosis SolanaceaeFARMACOLOGIAAs vitafisalinas sÃo lactonas esteroidais (C28), estruturalmente baseadas no esqueleto do ergostano, comumente encontradas em plantas da famÃlia Solanaceae. A fim de avaliar as propriedades anticÃncer desses compostos, cinco vitafisalinas [O, F, M, N e (17S, 20R, 22R) -5 β, 6β :18,20-2-diepÃxi β-4, 18 - diidrÃxi-1 - oxovita-3-24-enolido] isoladas da Acnistus arborescens, planta tÃpica do nordeste brasileiro, foram analisadas utilizando diversos modelos biolÃgicos. Todas as cinco vitafisalinas mostraram efeitos citotÃxicos em linhagens de cÃlulas tumorais, sendo a vitafisalina O a mais potente e a vitafisalina (17S, 20R, 22R) -5 β, 6β :18,20-2-diepÃxi β-4, 18 - diidrÃxi-1-oxovita-3 - 24-enolido) a menos potente. Ao compararmos as estruturas quÃmicas das vitafisalinas e suas atividades, foi observado que a ligaÃÃo dupla entre os carbonos 2 e 3 à essencial para os efeitos citotÃxicos desses compostos. No entanto, as vitafisalinas (O, F e N) nÃo mostraram qualquer especificidade para linhagens tumorais, jà que tambÃm apresentaram efeitos citotÃxicos e genotÃxicos, semelhantes, em cÃlulas leucÃmicas (HL-60) e em cÃlulas normais (PBMC). A viabilidade celular e curvas de crescimento foram determinadas, para as linhagens de HL-60 e K-562, utilizando o ensaio de exclusÃo de azul de tripan. As vitafisalinas O, F, M e N reduziram o nÃmero de cÃlulas viÃveis de modo dose e tempo dependente, apresentando valores de CI50 variando de 0,7 a 3,5 μM apÃs 72 horas de incubaÃÃo. Nas mesmas linhagens leucÃmicas, as vitafisalinas tambÃm inibiram a sÃntese de DNA, causaram alteraÃÃes morfolÃgicas tÃpicas de apoptose, e apenas na linhagem HL-60 induziram a ativaÃÃo da caspase-3. AlÃm disso, foi realizado, em cÃlulas de HL-60, a anÃlise da integridade da membrana celular, distribuiÃÃo do ciclo celular, fragmentaÃÃo de DNA e o potencial transmembrÃnico de mitocÃndria, utilizando citometria de fluxo. Nestes experimentos, as vitafisalinas O e F, somente na concentraÃÃo de 10 μM, reduziram o nÃmero de cÃlulas viÃveis para 60 e 40%, respectivamente. Na anÃlise do ciclo celular, ambas vitafisalinas, na concentraÃÃo de 5 μM, causaram um acÃmulo de cÃlulas na fase G2/M do ciclo celular. Ambas vitafisalinas tambÃm causaram um aumento significativo do nÃmero de cÃlulas apresentando fragmentaÃÃo de DNA. Os resultados da anÃlise do potencial transmembrÃnico de mitocÃndria mostraram um aumento na despolarizaÃÃo de 4,7, 17,5 e 9,1% causado pela vitafisalina O e de 7,6, 16,6 e 5,6% pela vitafisalina F. O efeito antitumoral (in vivo) da vitafisalina F foi analisado em camundongos transplantados com o tumor Sarcoma 180, nas doses de 5, 10 e 20 mg/Kg/dia por via intraperitoneal e na dose de 20 mg/Kg/dia por via oral. O crescimento do tumor foi inibido em mais de 76% na maior doses testada (20mg/Kg/dia), tanto por via intraperitoneal quanto por via oral. A anÃlise histopatolÃgica dos ÃrgÃos dos animais mostraram que a vitafisalina F provoca efeitos tÃxicos moderados, principalmente no fÃgado e nos rins, mas esses podem ser considerados como reversÃveis. Tendo em vista todos estes dados, pode concluir-se que as vitafisalinas podem ser consideradas como uma classe emergente de novos compostos anticÃncer.Withaphysalins are C28-steroidal lactones structurally based on the ergostane skeleton commonly found in Solanaceae species. In order to evaluate the anticancer properties of these compounds, five withaphysalins [O, F, M, N and (17S,20R,22R)-5β,6β: 18,20-diepoxy-4β,18-dihydroxy-1-oxowitha-24-enolide] isolated from Acnistus arborescens, a plant from the northeastern Brazilian flora, were analyzed in several biological models. All five withaphysalins showed cytotoxic effects against tumor cell lines, being withaphysalin O the most potent and withaphysalin (17S,20R,22R)-5β,6β: 18,20-diepoxy-4β,18-dihydroxy-1-oxowitha-24-enolide, the less potent. Based on these results, its shown that a double-bond between carbons 2 and 3 is essential for the cytotoxic activity of withaphysalins. Withaphysalins (O, F and N) did not show any specificity to tumor cell lines, showing similar cytotoxic and genotoxic effects against leukemic cells (HL-60) and normal cells (PBMC). Cell viability and growth curves of HL-60 and K-562 treated cells were determined using trypan blue exclusion assay, where all withaphysalins reduced the number of viable cells in a dose-and time-dependent fashion, with IC50 values ranging from 0.7 to 3.5 μM after 72 h of incubation. In HL-60 and K-562 cells, the withaphysalins inhibited DNA synthesis, induced morphological alterations, typical of apoptosis, and only in the HL-60 cell line, and they induced activation of caspase-3. Moreover, it was performed the analyzes of cell membrane integrity, cell cycle distribution, DNA fragmentation and the mitochondrial membrane potential using flow citometry. In these experiments, withaphysalins O and F, only at concentration of 10ÂM, reduced the number of viable cells to 60 and 40% respectively. In the cell cycle analysis, both withaphysalins led to a cell cycle arrest at G2/M, at the concentration of 5μM. Cells treated with both withaphysalins also showed a significant increase in DNA fragmentation when compared to the negative control. Results of the mitochondrial transmembrane potential showed depolarization changes in accordance to the tested concentration (2.5, 5 and 10μg/mL) with 4.7, 17.5 and 9.1% for withaphysalin O and 7.6, 16.6 and 5.6% for withaphysalin F, respectively. The in vivo antitumor effects of withaphysalin F was performed in animals bearing the sarcoma 180 tumor, and at the highest dose tested (20mg/Kg/day), growth tumor was inhibited in 77%. Histopatological analysis of mice organs showed that withaphysalin F causes moderate toxic effects mostly in liver and kidney, but they may be considered reversible effects. Taking in account all these data, it can be concluded that withaphysalins could be considered as an emerging class of new anticancer compounds.http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2539application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:15:37Zmail@mail.com -
dc.title.pt.fl_str_mv Estudo das atividades citotÃxica e antitumoral de vitafisilinas isoladas de Acnistus Arborescens.
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Study of cytotoxic and antitumour activities of withaphysalins isolated from Acnistus arborescens.
title Estudo das atividades citotÃxica e antitumoral de vitafisilinas isoladas de Acnistus Arborescens.
spellingShingle Estudo das atividades citotÃxica e antitumoral de vitafisilinas isoladas de Acnistus Arborescens.
Danilo Damasceno Rocha
Vitafisalina
Withaphysalin
Apoptosis
Solanaceae
FARMACOLOGIA
title_short Estudo das atividades citotÃxica e antitumoral de vitafisilinas isoladas de Acnistus Arborescens.
title_full Estudo das atividades citotÃxica e antitumoral de vitafisilinas isoladas de Acnistus Arborescens.
title_fullStr Estudo das atividades citotÃxica e antitumoral de vitafisilinas isoladas de Acnistus Arborescens.
title_full_unstemmed Estudo das atividades citotÃxica e antitumoral de vitafisilinas isoladas de Acnistus Arborescens.
title_sort Estudo das atividades citotÃxica e antitumoral de vitafisilinas isoladas de Acnistus Arborescens.
author Danilo Damasceno Rocha
author_facet Danilo Damasceno Rocha
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv LetÃcia Veras Costa-Lotufo
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv 43089810344
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5193149437979818
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Vietla Satyanarayana Rao
dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv 21058550315
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7046546191056187
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Ana Paula Negreiros Nunes Alves
dc.contributor.referee2ID.fl_str_mv 19242662372
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5522921433940881
dc.contributor.authorID.fl_str_mv 64331695387
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4751412P7
dc.contributor.author.fl_str_mv Danilo Damasceno Rocha
contributor_str_mv LetÃcia Veras Costa-Lotufo
Vietla Satyanarayana Rao
Ana Paula Negreiros Nunes Alves
dc.subject.por.fl_str_mv Vitafisalina
topic Vitafisalina
Withaphysalin
Apoptosis
Solanaceae
FARMACOLOGIA
dc.subject.eng.fl_str_mv Withaphysalin
Apoptosis
Solanaceae
dc.subject.cnpq.fl_str_mv FARMACOLOGIA
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv As vitafisalinas sÃo lactonas esteroidais (C28), estruturalmente baseadas no esqueleto do ergostano, comumente encontradas em plantas da famÃlia Solanaceae. A fim de avaliar as propriedades anticÃncer desses compostos, cinco vitafisalinas [O, F, M, N e (17S, 20R, 22R) -5 β, 6β :18,20-2-diepÃxi β-4, 18 - diidrÃxi-1 - oxovita-3-24-enolido] isoladas da Acnistus arborescens, planta tÃpica do nordeste brasileiro, foram analisadas utilizando diversos modelos biolÃgicos. Todas as cinco vitafisalinas mostraram efeitos citotÃxicos em linhagens de cÃlulas tumorais, sendo a vitafisalina O a mais potente e a vitafisalina (17S, 20R, 22R) -5 β, 6β :18,20-2-diepÃxi β-4, 18 - diidrÃxi-1-oxovita-3 - 24-enolido) a menos potente. Ao compararmos as estruturas quÃmicas das vitafisalinas e suas atividades, foi observado que a ligaÃÃo dupla entre os carbonos 2 e 3 à essencial para os efeitos citotÃxicos desses compostos. No entanto, as vitafisalinas (O, F e N) nÃo mostraram qualquer especificidade para linhagens tumorais, jà que tambÃm apresentaram efeitos citotÃxicos e genotÃxicos, semelhantes, em cÃlulas leucÃmicas (HL-60) e em cÃlulas normais (PBMC). A viabilidade celular e curvas de crescimento foram determinadas, para as linhagens de HL-60 e K-562, utilizando o ensaio de exclusÃo de azul de tripan. As vitafisalinas O, F, M e N reduziram o nÃmero de cÃlulas viÃveis de modo dose e tempo dependente, apresentando valores de CI50 variando de 0,7 a 3,5 μM apÃs 72 horas de incubaÃÃo. Nas mesmas linhagens leucÃmicas, as vitafisalinas tambÃm inibiram a sÃntese de DNA, causaram alteraÃÃes morfolÃgicas tÃpicas de apoptose, e apenas na linhagem HL-60 induziram a ativaÃÃo da caspase-3. AlÃm disso, foi realizado, em cÃlulas de HL-60, a anÃlise da integridade da membrana celular, distribuiÃÃo do ciclo celular, fragmentaÃÃo de DNA e o potencial transmembrÃnico de mitocÃndria, utilizando citometria de fluxo. Nestes experimentos, as vitafisalinas O e F, somente na concentraÃÃo de 10 μM, reduziram o nÃmero de cÃlulas viÃveis para 60 e 40%, respectivamente. Na anÃlise do ciclo celular, ambas vitafisalinas, na concentraÃÃo de 5 μM, causaram um acÃmulo de cÃlulas na fase G2/M do ciclo celular. Ambas vitafisalinas tambÃm causaram um aumento significativo do nÃmero de cÃlulas apresentando fragmentaÃÃo de DNA. Os resultados da anÃlise do potencial transmembrÃnico de mitocÃndria mostraram um aumento na despolarizaÃÃo de 4,7, 17,5 e 9,1% causado pela vitafisalina O e de 7,6, 16,6 e 5,6% pela vitafisalina F. O efeito antitumoral (in vivo) da vitafisalina F foi analisado em camundongos transplantados com o tumor Sarcoma 180, nas doses de 5, 10 e 20 mg/Kg/dia por via intraperitoneal e na dose de 20 mg/Kg/dia por via oral. O crescimento do tumor foi inibido em mais de 76% na maior doses testada (20mg/Kg/dia), tanto por via intraperitoneal quanto por via oral. A anÃlise histopatolÃgica dos ÃrgÃos dos animais mostraram que a vitafisalina F provoca efeitos tÃxicos moderados, principalmente no fÃgado e nos rins, mas esses podem ser considerados como reversÃveis. Tendo em vista todos estes dados, pode concluir-se que as vitafisalinas podem ser consideradas como uma classe emergente de novos compostos anticÃncer.
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv Withaphysalins are C28-steroidal lactones structurally based on the ergostane skeleton commonly found in Solanaceae species. In order to evaluate the anticancer properties of these compounds, five withaphysalins [O, F, M, N and (17S,20R,22R)-5β,6β: 18,20-diepoxy-4β,18-dihydroxy-1-oxowitha-24-enolide] isolated from Acnistus arborescens, a plant from the northeastern Brazilian flora, were analyzed in several biological models. All five withaphysalins showed cytotoxic effects against tumor cell lines, being withaphysalin O the most potent and withaphysalin (17S,20R,22R)-5β,6β: 18,20-diepoxy-4β,18-dihydroxy-1-oxowitha-24-enolide, the less potent. Based on these results, its shown that a double-bond between carbons 2 and 3 is essential for the cytotoxic activity of withaphysalins. Withaphysalins (O, F and N) did not show any specificity to tumor cell lines, showing similar cytotoxic and genotoxic effects against leukemic cells (HL-60) and normal cells (PBMC). Cell viability and growth curves of HL-60 and K-562 treated cells were determined using trypan blue exclusion assay, where all withaphysalins reduced the number of viable cells in a dose-and time-dependent fashion, with IC50 values ranging from 0.7 to 3.5 μM after 72 h of incubation. In HL-60 and K-562 cells, the withaphysalins inhibited DNA synthesis, induced morphological alterations, typical of apoptosis, and only in the HL-60 cell line, and they induced activation of caspase-3. Moreover, it was performed the analyzes of cell membrane integrity, cell cycle distribution, DNA fragmentation and the mitochondrial membrane potential using flow citometry. In these experiments, withaphysalins O and F, only at concentration of 10ÂM, reduced the number of viable cells to 60 and 40% respectively. In the cell cycle analysis, both withaphysalins led to a cell cycle arrest at G2/M, at the concentration of 5μM. Cells treated with both withaphysalins also showed a significant increase in DNA fragmentation when compared to the negative control. Results of the mitochondrial transmembrane potential showed depolarization changes in accordance to the tested concentration (2.5, 5 and 10μg/mL) with 4.7, 17.5 and 9.1% for withaphysalin O and 7.6, 16.6 and 5.6% for withaphysalin F, respectively. The in vivo antitumor effects of withaphysalin F was performed in animals bearing the sarcoma 180 tumor, and at the highest dose tested (20mg/Kg/day), growth tumor was inhibited in 77%. Histopatological analysis of mice organs showed that withaphysalin F causes moderate toxic effects mostly in liver and kidney, but they may be considered reversible effects. Taking in account all these data, it can be concluded that withaphysalins could be considered as an emerging class of new anticancer compounds.
description As vitafisalinas sÃo lactonas esteroidais (C28), estruturalmente baseadas no esqueleto do ergostano, comumente encontradas em plantas da famÃlia Solanaceae. A fim de avaliar as propriedades anticÃncer desses compostos, cinco vitafisalinas [O, F, M, N e (17S, 20R, 22R) -5 β, 6β :18,20-2-diepÃxi β-4, 18 - diidrÃxi-1 - oxovita-3-24-enolido] isoladas da Acnistus arborescens, planta tÃpica do nordeste brasileiro, foram analisadas utilizando diversos modelos biolÃgicos. Todas as cinco vitafisalinas mostraram efeitos citotÃxicos em linhagens de cÃlulas tumorais, sendo a vitafisalina O a mais potente e a vitafisalina (17S, 20R, 22R) -5 β, 6β :18,20-2-diepÃxi β-4, 18 - diidrÃxi-1-oxovita-3 - 24-enolido) a menos potente. Ao compararmos as estruturas quÃmicas das vitafisalinas e suas atividades, foi observado que a ligaÃÃo dupla entre os carbonos 2 e 3 à essencial para os efeitos citotÃxicos desses compostos. No entanto, as vitafisalinas (O, F e N) nÃo mostraram qualquer especificidade para linhagens tumorais, jà que tambÃm apresentaram efeitos citotÃxicos e genotÃxicos, semelhantes, em cÃlulas leucÃmicas (HL-60) e em cÃlulas normais (PBMC). A viabilidade celular e curvas de crescimento foram determinadas, para as linhagens de HL-60 e K-562, utilizando o ensaio de exclusÃo de azul de tripan. As vitafisalinas O, F, M e N reduziram o nÃmero de cÃlulas viÃveis de modo dose e tempo dependente, apresentando valores de CI50 variando de 0,7 a 3,5 μM apÃs 72 horas de incubaÃÃo. Nas mesmas linhagens leucÃmicas, as vitafisalinas tambÃm inibiram a sÃntese de DNA, causaram alteraÃÃes morfolÃgicas tÃpicas de apoptose, e apenas na linhagem HL-60 induziram a ativaÃÃo da caspase-3. AlÃm disso, foi realizado, em cÃlulas de HL-60, a anÃlise da integridade da membrana celular, distribuiÃÃo do ciclo celular, fragmentaÃÃo de DNA e o potencial transmembrÃnico de mitocÃndria, utilizando citometria de fluxo. Nestes experimentos, as vitafisalinas O e F, somente na concentraÃÃo de 10 μM, reduziram o nÃmero de cÃlulas viÃveis para 60 e 40%, respectivamente. Na anÃlise do ciclo celular, ambas vitafisalinas, na concentraÃÃo de 5 μM, causaram um acÃmulo de cÃlulas na fase G2/M do ciclo celular. Ambas vitafisalinas tambÃm causaram um aumento significativo do nÃmero de cÃlulas apresentando fragmentaÃÃo de DNA. Os resultados da anÃlise do potencial transmembrÃnico de mitocÃndria mostraram um aumento na despolarizaÃÃo de 4,7, 17,5 e 9,1% causado pela vitafisalina O e de 7,6, 16,6 e 5,6% pela vitafisalina F. O efeito antitumoral (in vivo) da vitafisalina F foi analisado em camundongos transplantados com o tumor Sarcoma 180, nas doses de 5, 10 e 20 mg/Kg/dia por via intraperitoneal e na dose de 20 mg/Kg/dia por via oral. O crescimento do tumor foi inibido em mais de 76% na maior doses testada (20mg/Kg/dia), tanto por via intraperitoneal quanto por via oral. A anÃlise histopatolÃgica dos ÃrgÃos dos animais mostraram que a vitafisalina F provoca efeitos tÃxicos moderados, principalmente no fÃgado e nos rins, mas esses podem ser considerados como reversÃveis. Tendo em vista todos estes dados, pode concluir-se que as vitafisalinas podem ser consideradas como uma classe emergente de novos compostos anticÃncer.
publishDate 2008
dc.date.issued.fl_str_mv 2008-07-14
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
status_str publishedVersion
format masterThesis
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2539
url http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2539
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Farmacologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFC
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname:Universidade Federal do Ceará
instacron:UFC
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname_str Universidade Federal do Ceará
instacron_str UFC
institution UFC
repository.name.fl_str_mv -
repository.mail.fl_str_mv mail@mail.com
_version_ 1643295126267625472