A bananicultura na Ãrea de proteÃÃo ambiental da Serra de Maranguape - CE e suas implicaÃÃes no ambiente fisico,humano e na biodiversidade.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1667 |
Resumo: | A serra de Maranguape à um maciÃo residual prÃ-litorÃneo, localizado a 25 km de Fortaleza, com altitude mÃxima de 920 m. O tipo de vegetaÃÃo da serra à denominado Floresta SubperenifÃlia Tropical PlÃvio-Nebular e constitui um remanescente de Mata AtlÃntica. Os poucos trabalhos sobre a diversidade biolÃgica da serra, jà realizados, indicam uma biota diferente da existente na caatinga circundante, abrigando inclusive espÃcies das matas atlÃntica e amazÃnica. A temperatura mais amena e a alta umidade favorecem o uso agrÃcola da serra, sendo que atualmente a bananicultura està em evidÃncia nÃo somente por suprir o mercado em Fortaleza, mas tambÃm pelos problemas ambientais causados, como deslizamentos de terra, empobrecimento dos solos, assoreamento de rios e diminuiÃÃo da biodiversidade. A fim de investigar os efeitos da bananicultura sobre a herpetofauna local, comparou-se a diversidade e abundÃncia destes animais em Ãreas de PreservaÃÃo Permanente com matas e tambÃm com bananais. As espÃcies foram catalogadas de acordo com o mÃtodo de registro de encontros visuais (espÃcimes/tempo), tendo sido registradas 18 espÃcies para os bananais: Adelophryne maranguapensis, Anolis fuscoauratus, Bufo paracnemis, Coleodactylus meridionalis, Drymoluber dichrous, Eleutherodactylus gr. ramagii, Hyla aff. decipiens, H. gr. microcephala, H. minuta, H. raniceps, Leposoma baturitensis, Leptodactylus ocellatus, Phrynohyas venulosa, Phyllomedusa hypochondrialis, Physalaemus gr. cuvieri, Placosoma sp., Proceratophris boiei e Scinax x-signata, enquanto que as Ãreas com matas apresentaram somente 12 destas espÃcies. Apenas Adelophryne maranguapensis, Eleutherodactylus gr. ramagii e Hyla aff decipiens foram encontrados em todos os meses de trabalho. Nos meses mais secos, as densidades relativas das espÃcies, com exceÃÃo de E. gr ramagii, pareceram ser maiores nas Ãreas de matas que nas Ãreas de bananais, indicando que as Ãreas de mata podem representar um refÃgio durante os perÃodos secos para as populaÃÃes que, nos perÃodos chuvosos, tambÃm ocorrem nos bananais. Consequentemente, a manutenÃÃo da mata nativa pode ser essencial para a conservaÃÃo destas populaÃÃes da herpetofauna. A diversidade da herpetofauna das Ãreas com bananais e das Ãreas com mata foi comparada, com a utilizaÃÃo do Ãndice de Shannon-Wiener, nÃo tendo apresentado diferenÃas significativas. TambÃm foram discutidas alternativas ao cultivo tradicional da banana, visando contribuir na prevenÃÃo e/ou reversÃo de problemas ambientais causados pelo cultivo irregular de bananeiras nas encostas e margens de rios. Dentre as alternativas o sistema agroflorestal parece ser uma boa soluÃÃo, pois tem sido implantado em bananais no sul do paÃs, em Ãreas serranas, tendo contribuÃdo com a diminuiÃÃo dos deslizamentos de solos e com o aumento de sua fertilidade, alÃm de permitir o sombreamento local, sendo usado inclusive em reflorestamento. O sistema agroflorestal promove ainda, a diversificaÃÃo da produÃÃo, desejÃvel quando se quer resolver problemas oriundos de uma monocultura. TambÃm foram investigadas a visÃo dos bananicultores sobre a questÃo ambiental e sua condiÃÃo sÃcio-econÃmica, tendo sido registrado que boa parte deles nÃo tinha instruÃÃo escolar e desconhecia a gravidade das conseqÃÃncias do cultivo da banana na serra, bem como a autoridade dos ÃrgÃos ambientais e a aplicaÃÃo das leis. A maioria deles nunca trabalhou em algo diferente da agricultura, embora exerÃam atividades paralelas, sendo que boa parte deles trabalha em condiÃÃes precÃrias, sem garantias trabalhistas. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisA bananicultura na Ãrea de proteÃÃo ambiental da Serra de Maranguape - CE e suas implicaÃÃes no ambiente fisico,humano e na biodiversidade.The banana culture in the area of ambient protection of the Serra of Maranguape-Ce and its implicatons in the physical, human environment and in biodiversity2005-03-29Paulo Cascon71369538715http://lattes.cnpq.br/5419154106090928Diva Maria Borges-Nojosa23563800359http://lattes.cnpq.br/5897985578504675Edson Vicente da Silva14231921334http://lattes.cnpq.br/3354228537186786Oriel Herrera Bonilla78111285434http://lattes.cnpq.br/198722013097870467953115387http://lattes.cnpq.br/2440306062482234Daniel Cassiano LimaUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em Desenvolvimento e Meio AmbienteUFCBRBanananicultura impactos ambientaisbanana culture ambient impactsOUTROSA serra de Maranguape à um maciÃo residual prÃ-litorÃneo, localizado a 25 km de Fortaleza, com altitude mÃxima de 920 m. O tipo de vegetaÃÃo da serra à denominado Floresta SubperenifÃlia Tropical PlÃvio-Nebular e constitui um remanescente de Mata AtlÃntica. Os poucos trabalhos sobre a diversidade biolÃgica da serra, jà realizados, indicam uma biota diferente da existente na caatinga circundante, abrigando inclusive espÃcies das matas atlÃntica e amazÃnica. A temperatura mais amena e a alta umidade favorecem o uso agrÃcola da serra, sendo que atualmente a bananicultura està em evidÃncia nÃo somente por suprir o mercado em Fortaleza, mas tambÃm pelos problemas ambientais causados, como deslizamentos de terra, empobrecimento dos solos, assoreamento de rios e diminuiÃÃo da biodiversidade. A fim de investigar os efeitos da bananicultura sobre a herpetofauna local, comparou-se a diversidade e abundÃncia destes animais em Ãreas de PreservaÃÃo Permanente com matas e tambÃm com bananais. As espÃcies foram catalogadas de acordo com o mÃtodo de registro de encontros visuais (espÃcimes/tempo), tendo sido registradas 18 espÃcies para os bananais: Adelophryne maranguapensis, Anolis fuscoauratus, Bufo paracnemis, Coleodactylus meridionalis, Drymoluber dichrous, Eleutherodactylus gr. ramagii, Hyla aff. decipiens, H. gr. microcephala, H. minuta, H. raniceps, Leposoma baturitensis, Leptodactylus ocellatus, Phrynohyas venulosa, Phyllomedusa hypochondrialis, Physalaemus gr. cuvieri, Placosoma sp., Proceratophris boiei e Scinax x-signata, enquanto que as Ãreas com matas apresentaram somente 12 destas espÃcies. Apenas Adelophryne maranguapensis, Eleutherodactylus gr. ramagii e Hyla aff decipiens foram encontrados em todos os meses de trabalho. Nos meses mais secos, as densidades relativas das espÃcies, com exceÃÃo de E. gr ramagii, pareceram ser maiores nas Ãreas de matas que nas Ãreas de bananais, indicando que as Ãreas de mata podem representar um refÃgio durante os perÃodos secos para as populaÃÃes que, nos perÃodos chuvosos, tambÃm ocorrem nos bananais. Consequentemente, a manutenÃÃo da mata nativa pode ser essencial para a conservaÃÃo destas populaÃÃes da herpetofauna. A diversidade da herpetofauna das Ãreas com bananais e das Ãreas com mata foi comparada, com a utilizaÃÃo do Ãndice de Shannon-Wiener, nÃo tendo apresentado diferenÃas significativas. TambÃm foram discutidas alternativas ao cultivo tradicional da banana, visando contribuir na prevenÃÃo e/ou reversÃo de problemas ambientais causados pelo cultivo irregular de bananeiras nas encostas e margens de rios. Dentre as alternativas o sistema agroflorestal parece ser uma boa soluÃÃo, pois tem sido implantado em bananais no sul do paÃs, em Ãreas serranas, tendo contribuÃdo com a diminuiÃÃo dos deslizamentos de solos e com o aumento de sua fertilidade, alÃm de permitir o sombreamento local, sendo usado inclusive em reflorestamento. O sistema agroflorestal promove ainda, a diversificaÃÃo da produÃÃo, desejÃvel quando se quer resolver problemas oriundos de uma monocultura. TambÃm foram investigadas a visÃo dos bananicultores sobre a questÃo ambiental e sua condiÃÃo sÃcio-econÃmica, tendo sido registrado que boa parte deles nÃo tinha instruÃÃo escolar e desconhecia a gravidade das conseqÃÃncias do cultivo da banana na serra, bem como a autoridade dos ÃrgÃos ambientais e a aplicaÃÃo das leis. A maioria deles nunca trabalhou em algo diferente da agricultura, embora exerÃam atividades paralelas, sendo que boa parte deles trabalha em condiÃÃes precÃrias, sem garantias trabalhistas. The serra de Maranguape is a pre-litoral residual mountain, located 25 km from Fortaleza, with a maximum altitude of 920 m. The type of vegetation of this mountain range is called Floresta Tropical SubperenifÃlia PlÃvio-Nebular and constitutes a remnant of the Atlantic Forest. The few studies on the biological diversity of the serra de Maranguape already carried through, indicate a biota distinct from the one presented in the surrounding caatinga, and the presence of species of the Atlantic and Amazonian Forests. The mild temperature and the high humidity favor the agricultural use of this mountain range, and currently, the banana culture is in evidence not only for supplying the Fortaleza market, but also for causing environment problems, as landslides, impoverishment of the soil, burial of rivers and reduction of the biodiversity. In order to investigate the effect of the banana culture on the local herpetofauna, it was compared the diversity and abundance of these animals in Areas of Permanent Preservation with forest and with banana plantations. The species were registered according to the visual survey method (specimens/time), and 18 species were registered for the banana plantations areas: Adelophryne maranguapensis, Anolis fuscoauratus, Bufo paracnemis, Coleodactylus meridionalis, Drymoluber dichrous, Eleutherodactylus gr. ramagii, Hyla aff. decipiens, H. gr. microcephala, H. minuta, H. raniceps, Leposoma baturitensis, Leptodactylus ocellatus, Phrynohyas venulosa, Phyllomedusa hypochondrialis, Physalaemus gr. cuvieri, Placosoma sp., Proceratophris boiei and Scinax x-signata, while the forest areas had only 12 of these species. Only Adelophryne maranguapensis, Eleutherodactylus gr.. ramagii and Hyla aff decipiens were found in every worked month. During the driest months, the relative densities of the species, with the exception of E. gr. ramagii, seemed to be bigger in the forest areas than in the banana plantations areas, indicating that the forest areas can represent a refuge, during the dry periods, for the populations that, in the rainy periods, occur in the banana plantations areas. Therefore, the maintenance of the native forest can be essential for the conservation of these herpetofauna populations. The herpetofauna diversity of the banana plantations areas and of the forest areas were compared with the use of the index of Shannon-Wiener, and no significant difference was found. It was also discussed alternatives to the traditional banana culture, aiming to contribute to the prevention and/or reversion of the environment problems caused by the irregular culture of banana plants in the hillsides and edges of rivers. On the alternatives, agroforest system seemed to be a good solution, as it has been implanted in banana plantations in mountain areas of South Brasil, and has contributed to the reduction of the landslides and to the increase of the soil fertility and of the local shadowing. The agroforest system has being used even in reforestation and it also promotes the diversification of the agricultural production, which is desirable when it is wanted to solve problems resulted from monoculture practices. It was also investigated the banana growers knowledge on the environment problems and their social-economic condition, having been registered that many of them do not have a formal education and were unaware of the gravity of the consequences of the banana culture in this mountain range, as well as the authority of the environmental agencies and the application of the environmental laws. The majority of the banana growers never worked in something else, although they have parallel activities, and many of them work in precarious conditions, without working guarantees. CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1667application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:14:44Zmail@mail.com - |
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A serra de Maranguape à um maciÃo residual prÃ-litorÃneo, localizado a 25 km de Fortaleza, com altitude mÃxima de 920 m. O tipo de vegetaÃÃo da serra à denominado Floresta SubperenifÃlia Tropical PlÃvio-Nebular e constitui um remanescente de Mata AtlÃntica. Os poucos trabalhos sobre a diversidade biolÃgica da serra, jà realizados, indicam uma biota diferente da existente na caatinga circundante, abrigando inclusive espÃcies das matas atlÃntica e amazÃnica. A temperatura mais amena e a alta umidade favorecem o uso agrÃcola da serra, sendo que atualmente a bananicultura està em evidÃncia nÃo somente por suprir o mercado em Fortaleza, mas tambÃm pelos problemas ambientais causados, como deslizamentos de terra, empobrecimento dos solos, assoreamento de rios e diminuiÃÃo da biodiversidade. A fim de investigar os efeitos da bananicultura sobre a herpetofauna local, comparou-se a diversidade e abundÃncia destes animais em Ãreas de PreservaÃÃo Permanente com matas e tambÃm com bananais. As espÃcies foram catalogadas de acordo com o mÃtodo de registro de encontros visuais (espÃcimes/tempo), tendo sido registradas 18 espÃcies para os bananais: Adelophryne maranguapensis, Anolis fuscoauratus, Bufo paracnemis, Coleodactylus meridionalis, Drymoluber dichrous, Eleutherodactylus gr. ramagii, Hyla aff. decipiens, H. gr. microcephala, H. minuta, H. raniceps, Leposoma baturitensis, Leptodactylus ocellatus, Phrynohyas venulosa, Phyllomedusa hypochondrialis, Physalaemus gr. cuvieri, Placosoma sp., Proceratophris boiei e Scinax x-signata, enquanto que as Ãreas com matas apresentaram somente 12 destas espÃcies. Apenas Adelophryne maranguapensis, Eleutherodactylus gr. ramagii e Hyla aff decipiens foram encontrados em todos os meses de trabalho. Nos meses mais secos, as densidades relativas das espÃcies, com exceÃÃo de E. gr ramagii, pareceram ser maiores nas Ãreas de matas que nas Ãreas de bananais, indicando que as Ãreas de mata podem representar um refÃgio durante os perÃodos secos para as populaÃÃes que, nos perÃodos chuvosos, tambÃm ocorrem nos bananais. Consequentemente, a manutenÃÃo da mata nativa pode ser essencial para a conservaÃÃo destas populaÃÃes da herpetofauna. A diversidade da herpetofauna das Ãreas com bananais e das Ãreas com mata foi comparada, com a utilizaÃÃo do Ãndice de Shannon-Wiener, nÃo tendo apresentado diferenÃas significativas. TambÃm foram discutidas alternativas ao cultivo tradicional da banana, visando contribuir na prevenÃÃo e/ou reversÃo de problemas ambientais causados pelo cultivo irregular de bananeiras nas encostas e margens de rios. Dentre as alternativas o sistema agroflorestal parece ser uma boa soluÃÃo, pois tem sido implantado em bananais no sul do paÃs, em Ãreas serranas, tendo contribuÃdo com a diminuiÃÃo dos deslizamentos de solos e com o aumento de sua fertilidade, alÃm de permitir o sombreamento local, sendo usado inclusive em reflorestamento. O sistema agroflorestal promove ainda, a diversificaÃÃo da produÃÃo, desejÃvel quando se quer resolver problemas oriundos de uma monocultura. TambÃm foram investigadas a visÃo dos bananicultores sobre a questÃo ambiental e sua condiÃÃo sÃcio-econÃmica, tendo sido registrado que boa parte deles nÃo tinha instruÃÃo escolar e desconhecia a gravidade das conseqÃÃncias do cultivo da banana na serra, bem como a autoridade dos ÃrgÃos ambientais e a aplicaÃÃo das leis. A maioria deles nunca trabalhou em algo diferente da agricultura, embora exerÃam atividades paralelas, sendo que boa parte deles trabalha em condiÃÃes precÃrias, sem garantias trabalhistas. |
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