AnÃlise do teor de flÃor nas Ãguas de abastecimento pÃblico do CearÃ

• Autor(a) principal: ClÃudia Maria Frota Lima Botto
• Data de Publicação: 2007
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1029
• topic: FlÃor; FluoretaÃÃo das Ãguas; SaÃde Bucal; VigilÃncia SanitÃria; Fluorine; Fluoridation; Oral Health; Health Surveillance; ODONTOLOGIA

A verificaÃÃo dos teores de flÃor na Ãgua de consumo se faz necessÃria inclusive em localidades onde nÃo hà sistemas para a fluoretaÃÃo das Ãguas, visto que o flÃor pode estar presente nos mananciais de Ãgua. Este estudo teve como objetivos: verificar o teor de flÃor nas Ãguas de abastecimento pÃblico do CearÃ, identificar uma possÃvel diferenÃa nos teores de flÃor das duas amostras coletadas no mesmo municÃpio, conhecer o processo de fluoretaÃÃo das Ãguas dos municÃpios que fazem uso desse mÃtodo e comparar o teor de flÃor informado pelo controle operacional das estaÃÃes de tratamento com os encontrados neste estudo dos municÃpios que realizam a fluoretaÃÃo das Ãguas. Esta pesquisa foi realizada em duas fases. Na fase 1 foram coletadas duas amostras de Ãgua de cada municÃpio e na fase 2 foram enviados questionÃrios aos operadores das estaÃÃes de tratamento de Ãgua dos municÃpios, que realizavam a fluoretaÃÃo das Ãguas de abastecimento pÃblico. Dos 184 municÃpios do Estado do CearÃ, 173 tiveram suas Ãguas analisadas, totalizando um percentual de 94% do universo total. Para cada municÃpio, foram coletadas duas amostras de Ãgua: uma da estaÃÃo de tratamento de Ãgua e a outra de uma torneira localizada no centro da cidade. As anÃlises foram realizadas no LaboratÃrio Central de SaÃde PÃblica de Fortaleza, com utilizaÃÃo do mÃtodo eletromÃtrico, atravÃs de um potenciÃmetro (Mettler Toledo DL50 Graphix) e um eletrodo especÃfico para os Ãons flÃor (Mettler Toledo DX219 F-) com metodologia preconizada pelo âStandard Methods of the Examination of Water and Wastewaterâ. O envio dos questionÃrios aos operadores das estaÃÃes de tratamento de Ãgua ocorreu atravÃs dos correios. As perguntas obtinham informaÃÃes a respeito do processo de fluoretaÃÃo das Ãguas, como por exemplo: ano de inÃcio de implantaÃÃo do mÃtodo, instituiÃÃo que realiza, tipo de sal fluoretante, freqÃÃncia e mÃtodo do monitoramento, entre outros. Todos os 28 municÃpios que realizavam a fluoretaÃÃo das Ãguas no Estado do Cearà participaram desta fase da pesquisa. Para a comparaÃÃo entre as duas amostras coletadas nos 173 municÃpios utilizou-se o teste estatÃstico de Wilcoxon, e para a comparaÃÃo dos teores de flÃor informado pelos operadores das estaÃÃes de tratamento e o encontrado nesta pesquisa aplicou-se o teste t de Student. Os resultados indicaram nÃo haver diferenÃa significativa dos teores de flÃor das amostras coletadas nas estaÃÃes de tratamento e no centro da cidade (p>0,05). Dos 173 municÃpios analisados, 160 apresentaram, no centro da cidade, teores de flÃor abaixo de 0,6ppm. Apenas 12 possuÃram concentraÃÃes de flÃor entre 0,6 e 0,8ppm, e um municÃpio apresentou teor acima de 0,8ppm de flÃor. Em relaÃÃo ao processo de fluoretaÃÃo das Ãguas, 60,7% dos municÃpios sÃo operados pela Companhia de Ãgua e Esgoto do CearÃ, o composto fluoretante em 100% dos municÃpios à o fluossilicato de sÃdio, 67,9% dos municÃpios utilizam o mÃtodo colorimÃtrico para a anÃlise do teor de flÃor e a freqÃÃncia deste controle à a cada duas horas em 71,4%. Os teores de flÃor encontrados nas estaÃÃes de tratamento de Ãgua, que fazem a fluoretaÃÃo, apresentaram diferenÃas significantes dos teores de flÃor informados pelo controle operacional dessas estaÃÃes de tratamento (p<0,05). Com os resultados obtidos, pode-se concluir que a maioria dos municÃpios cearenses (86,9%) possui teores de flÃor abaixo de 0,6ppm