The identification in melancholia: from the lost object to the object a

• Autor(a) principal: Clarissa Maia Esmeraldo Barreto
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=17383
• topic: Melancolia; Objeto a; IdentificaÃÃo; Melancholia; Object a; Identification; PSICOLOGIA

A melancolia à uma afecÃÃo psÃquica caracterizada por dor profunda e terrÃvel sofrimento. Seus estudos ainda hoje despertam questionamentos e querelas no meio psicanalÃtico, principalmente no que se refere a sua categorizaÃÃo como neurose ou psicose. Neste trabalho, partiu-se da dificuldade constatada por meio de revisÃo bibliogrÃfica, tanto em Freud como em autores da atualidade, em precisar o objeto alvo da identificaÃÃo nessa afecÃÃo. Pensar qual a natureza desse encadeamento à importante para se conceber mais especificamente aspectos da clÃnica com sujeitos que padecem dessa estrutura. Nesse contexto, essa pesquisa pretendeu contribuir para o esclarecimento do processo de identificaÃÃo ao que Freud denominou como objeto perdido na melancolia â o qual dà um colorido peculiar a essa afecÃÃo â e lanÃar luzes sobre os debates atuais que envolvem a clÃnica da melancolia. Para tanto, o percurso metodolÃgico se concentrou em duas frentes principais: o estudo do conceito de identificaÃÃo e o desenvolvimento da concepÃÃo de objeto por Freud e a sua releitura estabelecida por Lacan. A partir disso, empreendeu-se uma reflexÃo acerca do que à particular da melancolia, ilustrando os achados dessa pesquisa por meio do caso clÃnico de Louis Althusser, parte final deste trabalho. Um ponto destacou-se dentre os resultados da pesquisa, qual seja: que o objeto alvo da identificaÃÃo melancÃlica, ao qual Freud nomeara de objeto perdido, nÃo à o objeto como causa de desejo, mas sim, o objeto a em sua face real, tal como proposto por Lacan no seu seminÃrio sobre a angÃstia. Esse processo à governado pela identificaÃÃo primÃria ao pai da prÃ-histÃria pessoal, nÃo simbolizada pela identificaÃÃo ao traÃo unÃrio â ou seja, pela incidÃncia do Nome-do-Pai â modelo que se observa especialmente na psicose. Esse fator explica vÃrios aspectos clÃnicos dessa estrutura, como a submissÃo ao impÃrio da Coisa por aÃÃo da pulsÃo de morte, a constituiÃÃo do eu e o suicÃdio.