ParticipaÃÃo social e qualidade de vida de pessoas atingidas pela hansenÃase

• Autor(a) principal: Amanda Lima Sena
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=15420
• topic: Leprosy; Social Participation; Quality of life; CIENCIAS DA SAUDE

As pessoas atingidas pela hansenÃase podem experimentar restriÃÃes em sua participaÃÃo em situaÃÃes da vida diÃria, mesmo na ausÃncia de deficiÃncias. A qualidade de vida dessas pessoas tambÃm pode sofrer influÃncia da doenÃa, afetando em vÃrias dimensÃes. O estudo objetivou caracterizar a participaÃÃo social e os padrÃes de qualidade de vida de pessoas atingidas pela hansenÃase atendidas no Hospital UniversitÃrio Walter CantÃdio no municÃpio de Fortaleza, no perÃodo de janeiro de 2010 a julho de 2014. Trata-se de um estudo transversal populacional. A coleta de dados ocorreu no perÃodo de maio a novembro de 2014. A populaÃÃo do estudo foi composta por 102 pessoas atingidas pela hansenÃase acompanhadas no AmbulatÃrio de Dermatologia do referido hospital. As pessoas eram convidas por contato telefÃnico ou quando compareciam ao ambulatÃrio. Os dados foram coletados atravÃs da aplicaÃÃo das escalas de participaÃÃo e de qualidade de vida, WHOQOL-bref (na populaÃÃo geral) e WHOQOL-OLD (em maiores de 60 anos), como preconizado pela OMS. Os aspectos Ãticos foram respeitados conforme as exigÃncias da ResoluÃÃo 466/12 do Conselho Nacional de SaÃde, sendo aprovada pelo Comità de Ãtica em Pesquisa da UFC sob o parecer 662.240, e ainda pelo CEP do Hospital UniversitÃrio Walter CantÃdio da UFC sob o parecer 721.299. Predominou a populaÃÃo economicamente ativa, com ensino fundamental incompleto e residente em Fortaleza. O grau de incapacidade fÃsica no diagnÃstico diferente de zero, bem como a reaÃÃo hansÃnica, estiveram presente em 29,4% e 48,1%, da populaÃÃo do estudo, respectivamente. Observou-se que 84,6% dos participantes nÃo apresentavam restriÃÃo significativa à participaÃÃo social. A restriÃÃo leve esteve presente em 8,8% da populaÃÃo do estudo. 53,7% dos participantes do estudo classificou sua qualidade de vida como boa e mostrou satisfaÃÃo com a sua saÃde. De acordo com o WHOQOL-bref, a qualidade de vida das pessoas atingidas pela hansenÃase foi considerada boa em todos os domÃnios: fÃsico, psicolÃgico, relaÃÃes sociais e meio ambiente. Para a WHOQOL-OLD, a qualidade de vida das pessoas atingidas pela hansenÃase maiores de 60 anos foi considerada boa nas seguintes facetas: habilidades sensoriais, autonomia, participaÃÃo social, morte e morrer e intimidade. A faceta atividades passadas, presentes e futuras caracterizou-se como Ãtima qualidade de vida. Diante disso, percebe-se a necessidade de investigar a participaÃÃo social e a qualidade de vida das pessoas atingidas pela hansenÃase para o planejamento e implantaÃÃo de aÃÃes que proporcionem um cuidado mais efetivo a fim de amenizar os agravos decorrentes da doenÃa.