Estudo dos efeitos comportamentais e neuroquÃmicos da piplartina, alcamida isolada de Piper tuberculatum JACQ., em camundongos
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4049 |
Resumo: | Piper tuberculatum Jacq. (pimenta de macaco) à uma Piperaceae muito usada no Nordeste do Brasil como condimento ou remÃdio. A piplartina (PIP), uma alcamida isolada da planta, ainda à pouco estudada e isto incentivou a investigaÃÃo do seu potencial efeito comportamental e neurobioquÃmico. Os resultados mostraram que a PIP (50 e 100 mg/Kg, i.p.) aumentou o nÃmero de grooming e rearing de camundongos no campo aberto e reverteu a catalepsia induzida por haloperidol. O composto tambÃm apresentou efeito ansiolÃtico, no labirinto em cruz elevado, que foi revertido pelo flumazenil. A atividade hipnÃtica da PIP foi observada apenas no teste de potencializaÃÃo do tempo de sono com Ãter, mas nÃo no tempo de sono barbitÃrico. Apesar desses efeitos, a droga nÃo induziu dÃficit motor nos animais no teste do rota rod. A PIP (50 e 100 mg/Kg, i.p.) apresentou efeito antidepressivo ao reverter a acinesia em animais prÃ-tratados com reserpina (10 mg/Kg, i.p.) e ao reduzir o tempo de imobilidade dos camundongos submetidos ao nado forÃado. Neste teste, o efeito da PIP (20 mg/Kg, i.p.) foi potencializado com a imipramina (6 mg/Kg, i.p.), mas nÃo com a paroxetina (1 mg/Kg, i.p.). AlÃm desses efeitos a PIP (100 mg/Kg, i.p.) aumentou a concentraÃÃo de NA e DA no corpo estriado dos animais, sugerindo que a droga tenha uma aÃÃo antidepressiva e prÃ-convulsivante semelhante aos ATCâs. Este Ãltimo efeito foi observado com a reduÃÃo do tempo de morte de camundongos tratados com PTZ (80 mg/Kg, i.p.). A piplartina apresentou aÃÃo antimuscarÃnica apenas sobre os tremores induzidos por oxotremorina (0,5 mg/Kg, i.p.), nÃo sendo observados outros efeitos da alcamida sobre o sistema colinÃrgico de animais tratados com pilocarpina (350 mg/Kg, i.p.) ou submetidos ao teste da esquiva-passiva ou sobre a densidade de receptores muscarÃnicos (M1 + M2). A alcamida nÃo apresentou aÃÃo anti-oxidante frente ao DPPH, mas reduziu as concentraÃÃes de TBARS e de nitrito, gerados em homogenatos de cÃrebro submetidos ao choque tÃrmico. Por fim, a droga (1, 5 e 50 Âg/mL) nÃo alterou a viabilidade de cÃlulas mesencefÃlicas de ratos e protegeu-as da aÃÃo da 6-OHDA (10 Âg/mL). Na concentraÃÃo de 100 Âg/mL, a PIP mostrou-se tÃxica, isoladamente ou associada a 6-OHDA. Estes resultados mostram que a piplartina possui importantes efeitos sobre o comportamento, que tÃm como base a interaÃÃo da droga com alguns sistemas de neurotransmissÃo e eventos bioquÃmicos celulares. |
id |
UFC_b18e2eba3c0fcdce356c4d1d02c0dc56 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.teses.ufc.br:2956 |
network_acronym_str |
UFC |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
spelling |
info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisEstudo dos efeitos comportamentais e neuroquÃmicos da piplartina, alcamida isolada de Piper tuberculatum JACQ., em camundongosSTUDY OF BEHAVIORAL AND NEUROBIOCHEMICAL EFFECTS OF PIPLARTINE, ALCAMIDE ISOLATED FROM PIPER TUBERCULATUM JACQ., IN MICE2009-08-21Glauce Socorro de Barros Viana00101761368http://lattes.cnpq.br/5043495454602083AntÃnio Josà Lapa04650816815http://lattes.cnpq.br/8371393564245194 Reinaldo Nobre de Almeida08693463420http://lattes.cnpq.br/5034028656386134Francisco Marcos Bezerra da Cunha09399046400http://lattes.cnpq.br/0668498331181532 Francisca ClÃa FlorenÃo de Sousa31636020372http://lattes.cnpq.br/118046505218157261799424391http://lattes.cnpq.br/7960322400408876CÃcero Francisco Bezerra FelipeUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em FarmacologiaUFCBR Piper tuberculatum Piplartina Antioxidante e NeuroproteÃÃoPiperaceae Piper tuberculatum Piplartine Anxiety Depression Antioxidant and neuroprotectionFARMACOLOGIAPiper tuberculatum Jacq. (pimenta de macaco) à uma Piperaceae muito usada no Nordeste do Brasil como condimento ou remÃdio. A piplartina (PIP), uma alcamida isolada da planta, ainda à pouco estudada e isto incentivou a investigaÃÃo do seu potencial efeito comportamental e neurobioquÃmico. Os resultados mostraram que a PIP (50 e 100 mg/Kg, i.p.) aumentou o nÃmero de grooming e rearing de camundongos no campo aberto e reverteu a catalepsia induzida por haloperidol. O composto tambÃm apresentou efeito ansiolÃtico, no labirinto em cruz elevado, que foi revertido pelo flumazenil. A atividade hipnÃtica da PIP foi observada apenas no teste de potencializaÃÃo do tempo de sono com Ãter, mas nÃo no tempo de sono barbitÃrico. Apesar desses efeitos, a droga nÃo induziu dÃficit motor nos animais no teste do rota rod. A PIP (50 e 100 mg/Kg, i.p.) apresentou efeito antidepressivo ao reverter a acinesia em animais prÃ-tratados com reserpina (10 mg/Kg, i.p.) e ao reduzir o tempo de imobilidade dos camundongos submetidos ao nado forÃado. Neste teste, o efeito da PIP (20 mg/Kg, i.p.) foi potencializado com a imipramina (6 mg/Kg, i.p.), mas nÃo com a paroxetina (1 mg/Kg, i.p.). AlÃm desses efeitos a PIP (100 mg/Kg, i.p.) aumentou a concentraÃÃo de NA e DA no corpo estriado dos animais, sugerindo que a droga tenha uma aÃÃo antidepressiva e prÃ-convulsivante semelhante aos ATCâs. Este Ãltimo efeito foi observado com a reduÃÃo do tempo de morte de camundongos tratados com PTZ (80 mg/Kg, i.p.). A piplartina apresentou aÃÃo antimuscarÃnica apenas sobre os tremores induzidos por oxotremorina (0,5 mg/Kg, i.p.), nÃo sendo observados outros efeitos da alcamida sobre o sistema colinÃrgico de animais tratados com pilocarpina (350 mg/Kg, i.p.) ou submetidos ao teste da esquiva-passiva ou sobre a densidade de receptores muscarÃnicos (M1 + M2). A alcamida nÃo apresentou aÃÃo anti-oxidante frente ao DPPH, mas reduziu as concentraÃÃes de TBARS e de nitrito, gerados em homogenatos de cÃrebro submetidos ao choque tÃrmico. Por fim, a droga (1, 5 e 50 Âg/mL) nÃo alterou a viabilidade de cÃlulas mesencefÃlicas de ratos e protegeu-as da aÃÃo da 6-OHDA (10 Âg/mL). Na concentraÃÃo de 100 Âg/mL, a PIP mostrou-se tÃxica, isoladamente ou associada a 6-OHDA. Estes resultados mostram que a piplartina possui importantes efeitos sobre o comportamento, que tÃm como base a interaÃÃo da droga com alguns sistemas de neurotransmissÃo e eventos bioquÃmicos celulares.Piper tuberculatum Jacq. (pimenta de macaco) is a Piperaceae widely used in Northeast Brazil as a spicy or remedy. The few studies found in the literature on Piplartine (PIP), an alcamide isolated from the plant, lead us to evaluate its potential behavioral and neurobiochemical effects. The results showed that PIP (50 e 100 mg/Kg, i.p.) increased the number of grooming and rearing of mice in the open field and reversed the catalepsy induced by haloperidol. The compound also showed an anxyolitic effect, on the elevated plus maze, which was reversed by flumazenil. The hypnotic activity of PIP was registered only in the presence of ether, but not in the presence of tiopental. Despite of these effects, the drug did not induce motor coordination deficit on the animals subjected to the rota rod test. PIP (50 e 100 mg/Kg, i.p.) had an antidepressant effect, by reversing the akinesia of reserpine pre-treated animals and by decreasing the immobility time of mice subjected to the forced swimming test. In this task, the effect of PIP (20 mg/Kg, i.p.) was potentiated by imipramine (6 mg/Kg, i.p.), but not by paroxetine (1 mg/Kg, i.p.). Also, PIP (100 mg/Kg, i.p.) increased the level of NA and DA in striatum of pre-treated animals, suggesting that the drug has an antidepressant and pro-convulsant TCA-like effects. The pro-convulsant effect was noted by the decrease of the death time in PTZ-treated mice. Piplartine showed an antimuscarinic action only on the tremours induced by oxotremorine (0,5 mg/Kg, i.p.) and no other effects of the alcamide were registered on the cholinergic system of the animals treated with pilocarpine (350 mg/Kg, i.p.) or subjected to the passive-avoidance task or on the density of muscarinic (M1 + M2) receptors. PIP was devoided of antioxidant action against DPPH, but the drug decreased the concentration of TBARS and nitrite, generated on brain homogenates subjected to a thermic chock. At last, piplartine (1, 5 and 50 Âg/mL) did not alter the viability of mesemcephalic rat cells and protected them from the action of 6-OHDA (10 Âg/mL). The concentration of 100 Âg/mL of PIP was toxic, when isolated or associated to 6-OHDA. All these findings indicate that piplartine has important effects on behavior, as the result of the interaction of the drug with some neurotransmitters systems and cellular biochemical events.Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgicohttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4049application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:17:06Zmail@mail.com - |
dc.title.pt.fl_str_mv |
Estudo dos efeitos comportamentais e neuroquÃmicos da piplartina, alcamida isolada de Piper tuberculatum JACQ., em camundongos |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
STUDY OF BEHAVIORAL AND NEUROBIOCHEMICAL EFFECTS OF PIPLARTINE, ALCAMIDE ISOLATED FROM PIPER TUBERCULATUM JACQ., IN MICE |
title |
Estudo dos efeitos comportamentais e neuroquÃmicos da piplartina, alcamida isolada de Piper tuberculatum JACQ., em camundongos |
spellingShingle |
Estudo dos efeitos comportamentais e neuroquÃmicos da piplartina, alcamida isolada de Piper tuberculatum JACQ., em camundongos CÃcero Francisco Bezerra Felipe Piper tuberculatum Piplartina Antioxidante e NeuroproteÃÃo Piperaceae Piper tuberculatum Piplartine Anxiety Depression Antioxidant and neuroprotection FARMACOLOGIA |
title_short |
Estudo dos efeitos comportamentais e neuroquÃmicos da piplartina, alcamida isolada de Piper tuberculatum JACQ., em camundongos |
title_full |
Estudo dos efeitos comportamentais e neuroquÃmicos da piplartina, alcamida isolada de Piper tuberculatum JACQ., em camundongos |
title_fullStr |
Estudo dos efeitos comportamentais e neuroquÃmicos da piplartina, alcamida isolada de Piper tuberculatum JACQ., em camundongos |
title_full_unstemmed |
Estudo dos efeitos comportamentais e neuroquÃmicos da piplartina, alcamida isolada de Piper tuberculatum JACQ., em camundongos |
title_sort |
Estudo dos efeitos comportamentais e neuroquÃmicos da piplartina, alcamida isolada de Piper tuberculatum JACQ., em camundongos |
author |
CÃcero Francisco Bezerra Felipe |
author_facet |
CÃcero Francisco Bezerra Felipe |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Glauce Socorro de Barros Viana |
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv |
00101761368 |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/5043495454602083 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
AntÃnio Josà Lapa |
dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv |
04650816815 |
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/8371393564245194 |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Reinaldo Nobre de Almeida |
dc.contributor.referee2ID.fl_str_mv |
08693463420 |
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/5034028656386134 |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Francisco Marcos Bezerra da Cunha |
dc.contributor.referee3ID.fl_str_mv |
09399046400 |
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0668498331181532 |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Francisca ClÃa FlorenÃo de Sousa |
dc.contributor.referee4ID.fl_str_mv |
31636020372 |
dc.contributor.referee4Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/1180465052181572 |
dc.contributor.authorID.fl_str_mv |
61799424391 |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/7960322400408876 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
CÃcero Francisco Bezerra Felipe |
contributor_str_mv |
Glauce Socorro de Barros Viana AntÃnio Josà Lapa Reinaldo Nobre de Almeida Francisco Marcos Bezerra da Cunha Francisca ClÃa FlorenÃo de Sousa |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Piper tuberculatum Piplartina Antioxidante e NeuroproteÃÃo |
topic |
Piper tuberculatum Piplartina Antioxidante e NeuroproteÃÃo Piperaceae Piper tuberculatum Piplartine Anxiety Depression Antioxidant and neuroprotection FARMACOLOGIA |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Piperaceae Piper tuberculatum Piplartine Anxiety Depression Antioxidant and neuroprotection |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
FARMACOLOGIA |
dc.description.sponsorship.fl_txt_mv |
Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico |
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv |
Piper tuberculatum Jacq. (pimenta de macaco) à uma Piperaceae muito usada no Nordeste do Brasil como condimento ou remÃdio. A piplartina (PIP), uma alcamida isolada da planta, ainda à pouco estudada e isto incentivou a investigaÃÃo do seu potencial efeito comportamental e neurobioquÃmico. Os resultados mostraram que a PIP (50 e 100 mg/Kg, i.p.) aumentou o nÃmero de grooming e rearing de camundongos no campo aberto e reverteu a catalepsia induzida por haloperidol. O composto tambÃm apresentou efeito ansiolÃtico, no labirinto em cruz elevado, que foi revertido pelo flumazenil. A atividade hipnÃtica da PIP foi observada apenas no teste de potencializaÃÃo do tempo de sono com Ãter, mas nÃo no tempo de sono barbitÃrico. Apesar desses efeitos, a droga nÃo induziu dÃficit motor nos animais no teste do rota rod. A PIP (50 e 100 mg/Kg, i.p.) apresentou efeito antidepressivo ao reverter a acinesia em animais prÃ-tratados com reserpina (10 mg/Kg, i.p.) e ao reduzir o tempo de imobilidade dos camundongos submetidos ao nado forÃado. Neste teste, o efeito da PIP (20 mg/Kg, i.p.) foi potencializado com a imipramina (6 mg/Kg, i.p.), mas nÃo com a paroxetina (1 mg/Kg, i.p.). AlÃm desses efeitos a PIP (100 mg/Kg, i.p.) aumentou a concentraÃÃo de NA e DA no corpo estriado dos animais, sugerindo que a droga tenha uma aÃÃo antidepressiva e prÃ-convulsivante semelhante aos ATCâs. Este Ãltimo efeito foi observado com a reduÃÃo do tempo de morte de camundongos tratados com PTZ (80 mg/Kg, i.p.). A piplartina apresentou aÃÃo antimuscarÃnica apenas sobre os tremores induzidos por oxotremorina (0,5 mg/Kg, i.p.), nÃo sendo observados outros efeitos da alcamida sobre o sistema colinÃrgico de animais tratados com pilocarpina (350 mg/Kg, i.p.) ou submetidos ao teste da esquiva-passiva ou sobre a densidade de receptores muscarÃnicos (M1 + M2). A alcamida nÃo apresentou aÃÃo anti-oxidante frente ao DPPH, mas reduziu as concentraÃÃes de TBARS e de nitrito, gerados em homogenatos de cÃrebro submetidos ao choque tÃrmico. Por fim, a droga (1, 5 e 50 Âg/mL) nÃo alterou a viabilidade de cÃlulas mesencefÃlicas de ratos e protegeu-as da aÃÃo da 6-OHDA (10 Âg/mL). Na concentraÃÃo de 100 Âg/mL, a PIP mostrou-se tÃxica, isoladamente ou associada a 6-OHDA. Estes resultados mostram que a piplartina possui importantes efeitos sobre o comportamento, que tÃm como base a interaÃÃo da droga com alguns sistemas de neurotransmissÃo e eventos bioquÃmicos celulares. |
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv |
Piper tuberculatum Jacq. (pimenta de macaco) is a Piperaceae widely used in Northeast Brazil as a spicy or remedy. The few studies found in the literature on Piplartine (PIP), an alcamide isolated from the plant, lead us to evaluate its potential behavioral and neurobiochemical effects. The results showed that PIP (50 e 100 mg/Kg, i.p.) increased the number of grooming and rearing of mice in the open field and reversed the catalepsy induced by haloperidol. The compound also showed an anxyolitic effect, on the elevated plus maze, which was reversed by flumazenil. The hypnotic activity of PIP was registered only in the presence of ether, but not in the presence of tiopental. Despite of these effects, the drug did not induce motor coordination deficit on the animals subjected to the rota rod test. PIP (50 e 100 mg/Kg, i.p.) had an antidepressant effect, by reversing the akinesia of reserpine pre-treated animals and by decreasing the immobility time of mice subjected to the forced swimming test. In this task, the effect of PIP (20 mg/Kg, i.p.) was potentiated by imipramine (6 mg/Kg, i.p.), but not by paroxetine (1 mg/Kg, i.p.). Also, PIP (100 mg/Kg, i.p.) increased the level of NA and DA in striatum of pre-treated animals, suggesting that the drug has an antidepressant and pro-convulsant TCA-like effects. The pro-convulsant effect was noted by the decrease of the death time in PTZ-treated mice. Piplartine showed an antimuscarinic action only on the tremours induced by oxotremorine (0,5 mg/Kg, i.p.) and no other effects of the alcamide were registered on the cholinergic system of the animals treated with pilocarpine (350 mg/Kg, i.p.) or subjected to the passive-avoidance task or on the density of muscarinic (M1 + M2) receptors. PIP was devoided of antioxidant action against DPPH, but the drug decreased the concentration of TBARS and nitrite, generated on brain homogenates subjected to a thermic chock. At last, piplartine (1, 5 and 50 Âg/mL) did not alter the viability of mesemcephalic rat cells and protected them from the action of 6-OHDA (10 Âg/mL). The concentration of 100 Âg/mL of PIP was toxic, when isolated or associated to 6-OHDA. All these findings indicate that piplartine has important effects on behavior, as the result of the interaction of the drug with some neurotransmitters systems and cellular biochemical events. |
description |
Piper tuberculatum Jacq. (pimenta de macaco) à uma Piperaceae muito usada no Nordeste do Brasil como condimento ou remÃdio. A piplartina (PIP), uma alcamida isolada da planta, ainda à pouco estudada e isto incentivou a investigaÃÃo do seu potencial efeito comportamental e neurobioquÃmico. Os resultados mostraram que a PIP (50 e 100 mg/Kg, i.p.) aumentou o nÃmero de grooming e rearing de camundongos no campo aberto e reverteu a catalepsia induzida por haloperidol. O composto tambÃm apresentou efeito ansiolÃtico, no labirinto em cruz elevado, que foi revertido pelo flumazenil. A atividade hipnÃtica da PIP foi observada apenas no teste de potencializaÃÃo do tempo de sono com Ãter, mas nÃo no tempo de sono barbitÃrico. Apesar desses efeitos, a droga nÃo induziu dÃficit motor nos animais no teste do rota rod. A PIP (50 e 100 mg/Kg, i.p.) apresentou efeito antidepressivo ao reverter a acinesia em animais prÃ-tratados com reserpina (10 mg/Kg, i.p.) e ao reduzir o tempo de imobilidade dos camundongos submetidos ao nado forÃado. Neste teste, o efeito da PIP (20 mg/Kg, i.p.) foi potencializado com a imipramina (6 mg/Kg, i.p.), mas nÃo com a paroxetina (1 mg/Kg, i.p.). AlÃm desses efeitos a PIP (100 mg/Kg, i.p.) aumentou a concentraÃÃo de NA e DA no corpo estriado dos animais, sugerindo que a droga tenha uma aÃÃo antidepressiva e prÃ-convulsivante semelhante aos ATCâs. Este Ãltimo efeito foi observado com a reduÃÃo do tempo de morte de camundongos tratados com PTZ (80 mg/Kg, i.p.). A piplartina apresentou aÃÃo antimuscarÃnica apenas sobre os tremores induzidos por oxotremorina (0,5 mg/Kg, i.p.), nÃo sendo observados outros efeitos da alcamida sobre o sistema colinÃrgico de animais tratados com pilocarpina (350 mg/Kg, i.p.) ou submetidos ao teste da esquiva-passiva ou sobre a densidade de receptores muscarÃnicos (M1 + M2). A alcamida nÃo apresentou aÃÃo anti-oxidante frente ao DPPH, mas reduziu as concentraÃÃes de TBARS e de nitrito, gerados em homogenatos de cÃrebro submetidos ao choque tÃrmico. Por fim, a droga (1, 5 e 50 Âg/mL) nÃo alterou a viabilidade de cÃlulas mesencefÃlicas de ratos e protegeu-as da aÃÃo da 6-OHDA (10 Âg/mL). Na concentraÃÃo de 100 Âg/mL, a PIP mostrou-se tÃxica, isoladamente ou associada a 6-OHDA. Estes resultados mostram que a piplartina possui importantes efeitos sobre o comportamento, que tÃm como base a interaÃÃo da droga com alguns sistemas de neurotransmissÃo e eventos bioquÃmicos celulares. |
publishDate |
2009 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2009-08-21 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
format |
doctoralThesis |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4049 |
url |
http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4049 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Cearà |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Farmacologia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFC |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
BR |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Cearà |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC instname:Universidade Federal do Ceará instacron:UFC |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
instname_str |
Universidade Federal do Ceará |
instacron_str |
UFC |
institution |
UFC |
repository.name.fl_str_mv |
-
|
repository.mail.fl_str_mv |
mail@mail.com |
_version_ |
1643295135149064192 |