E por falar em polÃtica... Marcas de narrativas midiÃticas sobre polÃtica em conversas na PraÃa do Ferreira
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4730 |
Resumo: | Durante quase trÃs meses, no segundo semestre de 2008, a pesquisadora acompanhou integrantes de um grupo de conversaÃÃo da praÃa do Ferreira, no Centro de Fortaleza, para buscar compreender como cada um forma suas opiniÃes sobre polÃtica justamente Ãs vÃsperas de uma eleiÃÃo. O estudo tomou como base o consumo de produtos midiÃticos ou midiatizados sobre a polÃtica, sobretudo o HorÃrio Eleitoral Gratuito, para perceber de que forma esses conteÃdos eram apropriados e ressignificados pelos integrantes do grupo. A abordagem foi etnogrÃfica, para que fossem captadas conversas espontÃneas dos indivÃduos, para depois submetÃ-las Ãs tÃcnicas da AnÃlise da ConversaÃÃo e da AnÃlise do Discurso. Diferentemente de estudos de recepÃÃo midiÃtica, em que sÃo promovidos, geralmente, grupos focais ou entrevistas, neste caso buscou-se dar Ãnfase à fala cotidiana mais rotineira, com a mÃnima intervenÃÃo, para se perceber, na recorrÃncia das estratÃgias discursivas, como certas opiniÃes vÃo se cristalizando, a partir tambÃm da prÃpria estrutura do grupo. Para a compreensÃo deste objeto e de seus resultados, foram usados conceitos de autores contemporÃneos que trataram das aÃÃes cotidianas, como Pierre Bourdieu, com as ideias de espaÃo social e habitus, Erving Goffman, com o de interaÃÃo social, situaÃÃo e face, e Harold Garfinkel, com sua proposta de reflexividade, chave da etnometodologia. TambÃm foi retomada a percepÃÃo cada vez mais crescente da presenÃa dos media na sociedade, com poderes mas tambÃm com limitaÃÃes, numa relaÃÃo que ainda precisa ser recorrentemente pesquisada por seguir em franca transformaÃÃo na sociedade. Entre as conclusÃes desta pesquisa, està a de que a exposiÃÃo das opiniÃes nÃo se dà sà por uma argumentaÃÃo lÃgica evidente, mas tambÃm por contradiÃÃes, utilizadas muitas vezes como estratÃgia para manter a coesÃo do grupo e a prÃpria conversaÃÃo viva. Elementos midiÃticos sobre polÃtica sÃo largamente usados como ponto de partida para conversas, mas nem sempre com o enquadramento aparentemente sugerido pelos produtores; hà uma aÃÃo subversiva, que se torna compreensÃvel pelo recurso à memÃria, tanto de outros fatos midiÃticos como de aÃÃes vividas por cada indivÃduo, e que servem para dar um tom de verdade à opiniÃo emitida. O HorÃrio Eleitoral Gratuito, nesse ponto, à a principal fonte de assuntos das conversas sobre polÃtica, mas nÃo isoladamente; hà um forte diÃlogo dos acontecimentos dessa campanha municipal com campanhas anteriores, o que cria uma lÃgica prÃpria e argumentos que fogem do controle dos produtores do marketing polÃtico. |
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Signs of media narratives in conversations about politics in Ferreira Square2010-02-22Rejane Vasconcelos Accioly de Carvalho06056270378Maria Auxiliadora de Abreu Lima Lemenhe05138191349Roberta Manuela Barros de Andrade42658926391http://lattes.cnpq.br/011197090021294825469875857http://lattes.cnpq.br/2078021421350425Kamila Bossato FernandesUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em SociologiaUFCBRConversaÃÃo polÃtica media propaganda eleitoral interaÃÃes sociaisConversation Politic Media Electoral Publicity Social InteractionsSOCIOLOGIADurante quase trÃs meses, no segundo semestre de 2008, a pesquisadora acompanhou integrantes de um grupo de conversaÃÃo da praÃa do Ferreira, no Centro de Fortaleza, para buscar compreender como cada um forma suas opiniÃes sobre polÃtica justamente Ãs vÃsperas de uma eleiÃÃo. O estudo tomou como base o consumo de produtos midiÃticos ou midiatizados sobre a polÃtica, sobretudo o HorÃrio Eleitoral Gratuito, para perceber de que forma esses conteÃdos eram apropriados e ressignificados pelos integrantes do grupo. A abordagem foi etnogrÃfica, para que fossem captadas conversas espontÃneas dos indivÃduos, para depois submetÃ-las Ãs tÃcnicas da AnÃlise da ConversaÃÃo e da AnÃlise do Discurso. Diferentemente de estudos de recepÃÃo midiÃtica, em que sÃo promovidos, geralmente, grupos focais ou entrevistas, neste caso buscou-se dar Ãnfase à fala cotidiana mais rotineira, com a mÃnima intervenÃÃo, para se perceber, na recorrÃncia das estratÃgias discursivas, como certas opiniÃes vÃo se cristalizando, a partir tambÃm da prÃpria estrutura do grupo. Para a compreensÃo deste objeto e de seus resultados, foram usados conceitos de autores contemporÃneos que trataram das aÃÃes cotidianas, como Pierre Bourdieu, com as ideias de espaÃo social e habitus, Erving Goffman, com o de interaÃÃo social, situaÃÃo e face, e Harold Garfinkel, com sua proposta de reflexividade, chave da etnometodologia. TambÃm foi retomada a percepÃÃo cada vez mais crescente da presenÃa dos media na sociedade, com poderes mas tambÃm com limitaÃÃes, numa relaÃÃo que ainda precisa ser recorrentemente pesquisada por seguir em franca transformaÃÃo na sociedade. Entre as conclusÃes desta pesquisa, està a de que a exposiÃÃo das opiniÃes nÃo se dà sà por uma argumentaÃÃo lÃgica evidente, mas tambÃm por contradiÃÃes, utilizadas muitas vezes como estratÃgia para manter a coesÃo do grupo e a prÃpria conversaÃÃo viva. Elementos midiÃticos sobre polÃtica sÃo largamente usados como ponto de partida para conversas, mas nem sempre com o enquadramento aparentemente sugerido pelos produtores; hà uma aÃÃo subversiva, que se torna compreensÃvel pelo recurso à memÃria, tanto de outros fatos midiÃticos como de aÃÃes vividas por cada indivÃduo, e que servem para dar um tom de verdade à opiniÃo emitida. O HorÃrio Eleitoral Gratuito, nesse ponto, à a principal fonte de assuntos das conversas sobre polÃtica, mas nÃo isoladamente; hà um forte diÃlogo dos acontecimentos dessa campanha municipal com campanhas anteriores, o que cria uma lÃgica prÃpria e argumentos que fogem do controle dos produtores do marketing polÃtico.For nearly three months in the second half of 2008, the researcher followed members of a conversation group in PraÃa do Ferreira, in downtown Fortaleza, to try to understand how each one form their opinions on policy just on the eve of an election. The study focused on the consumption of media products about politics, especially the HorÃrio Eleitoral Gratuito (time free elections), to see how such material was accepted and reinterpreted by the band members. The approach was ethnographic, to capture spontaneous conversations of individuals, and then submit them to the techniques of Conversation Analysis and Discourse Analysis. Unlike studies of media reception, which are promoted, often, focus groups or interviews, in this case sought to emphasize the everyday speech, with minimal intervention, to understanding, on the recurrence of discursive strategies, as some reviews are crystallized, from the structure of the group. To understand this object and its results were used concepts of contemporary authors who have wrote about everyday actions, such as Pierre Bourdieu, with the ideas of social space and habitus, Erving Goffman, the social interaction, situation and face, and Harold Garfinkel, with his proposal of reflexivity, key of ethnomethodology. It was resumed the increasing awareness of the growing presence of media in society with power but with limitations, a relationship that remains to be investigated to be changing too in society. Among the conclusions of this research is that exposure of the views not only gives a clear logical argument, but also contradictions, often used as a strategy to maintain group cohesion and the conversation lively. Elements of media policy are widely used as a starting point for talks, but not always with the guidelines suggested by the producers apparently. There is a subversive action, that is understandable by the use of memory, as other media events as experienced by each individual, and which serve to give a real effect of truth to the opinions. The HorÃrio Eleitoral Gratuito is the main source of topics of conversation about politics, but not in isolation, there is a strong dialogue between that campaign events with previous campaigns, which creates its own logic and arguments beyond the control of producers of political marketing.nÃo hÃhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4730application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:17:57Zmail@mail.com - |
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For nearly three months in the second half of 2008, the researcher followed members of a conversation group in PraÃa do Ferreira, in downtown Fortaleza, to try to understand how each one form their opinions on policy just on the eve of an election. The study focused on the consumption of media products about politics, especially the HorÃrio Eleitoral Gratuito (time free elections), to see how such material was accepted and reinterpreted by the band members. The approach was ethnographic, to capture spontaneous conversations of individuals, and then submit them to the techniques of Conversation Analysis and Discourse Analysis. Unlike studies of media reception, which are promoted, often, focus groups or interviews, in this case sought to emphasize the everyday speech, with minimal intervention, to understanding, on the recurrence of discursive strategies, as some reviews are crystallized, from the structure of the group. To understand this object and its results were used concepts of contemporary authors who have wrote about everyday actions, such as Pierre Bourdieu, with the ideas of social space and habitus, Erving Goffman, the social interaction, situation and face, and Harold Garfinkel, with his proposal of reflexivity, key of ethnomethodology. It was resumed the increasing awareness of the growing presence of media in society with power but with limitations, a relationship that remains to be investigated to be changing too in society. Among the conclusions of this research is that exposure of the views not only gives a clear logical argument, but also contradictions, often used as a strategy to maintain group cohesion and the conversation lively. Elements of media policy are widely used as a starting point for talks, but not always with the guidelines suggested by the producers apparently. There is a subversive action, that is understandable by the use of memory, as other media events as experienced by each individual, and which serve to give a real effect of truth to the opinions. The HorÃrio Eleitoral Gratuito is the main source of topics of conversation about politics, but not in isolation, there is a strong dialogue between that campaign events with previous campaigns, which creates its own logic and arguments beyond the control of producers of political marketing. |
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