Ser crianÃa: um estudo etnogrÃfico sobre as prÃticas infantis no Parque Santa Filomena, Jangurussu, Fortaleza - Ce
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=14617 |
Resumo: | O presente trabalho tem como objetivo etnografar como à ser crianÃa no Parque Santa Filomena e como a experiÃncia da infÃncia à concebida pelos dois universos geracionais: o das crianÃas e o dos adultos. Para isso, priorizamos como nossos interlocutores as crianÃas, questionando o modelo adultocÃntrico que, mesmo nas pesquisas sobre crianÃas, as concebem a partir das falas dos adultos. O Parque Santa Filomena à uma comunidade do bairro Jangurussu, Fortaleza - CE, estigmatizada por ter sido fundada ao redor do âlixÃoâ e por ser representada na grande imprensa como um territÃrio com altos Ãndices de violÃncia. Essa representaÃÃo influencia no modo como os adultos concebem a infÃncia, que passa a ser mobilizada pelo medo da violÃncia e, em conjunto com as instituiÃÃes frequentadas pelas crianÃas, adotam prÃticas de maior controle e disciplinamento como forma de prevenÃÃo a um devir violento e a construÃÃo de um âadulto idealâ. Em contraponto, as crianÃas resistem ao âmundo adultoâ e criam suas prÃprias estratÃgias para fazer o que mais gostam: brincar na rua! O ato de brincar à significado pelas crianÃas como o demarcador da infÃncia na comunidade, que vai deixando de ser crianÃa quando perde o interesse por esta atividade. Analisamos ainda o encontro entre as crianÃas e a violÃncia, como este fenÃmeno à conceituado pelas crianÃas e como elas o experienciam, sejam como agentes, vÃtimas ou ainda espectadoras. Por fim, nesta investigaÃÃo, nos apoiamos na discussÃo atual em torno da Antropologia da CrianÃa e da Sociologia da InfÃncia. Todavia, outros atores e escolas do pensamento sociolÃgico, por vezes, sÃo acionados na perspectiva beckerniana do uso das teorias como âcaixa de ferramentasâ. Como âmeio de acercamentoâ da realidade estudada, optamos pela etnografia, com observaÃÃo participante e tambÃm utilizamos tÃcnicas complementares de pesquisa, tais como, grupo focal, desenhos, fotografias, vÃdeo e entrevista. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisSer crianÃa: um estudo etnogrÃfico sobre as prÃticas infantis no Parque Santa Filomena, Jangurussu, Fortaleza - CeBe child : an ethnographic study on practices for children in the Parque Santa Filomena , Jangurussu , Fortaleza - CE2015-08-22Leonardo Damasceno de SÃ46594620304http://lattes.cnpq.br/0430275226558223Jania Perla DiÃgenes de Aquino62844121349http://lattes.cnpq.br/8171385058849782 Diocleide Lima Ferreira72505400334http://lattes.cnpq.br/868027160921234700218319398http://lattes.cnpq.br/6734168562583774Francimara Carneiro AraujoUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em SociologiaUFCBRCrianÃa ViolÃncia Santa Filomena Medo e brincarChild Violence Santa Filomena Fear and playANTROPOLOGIAO presente trabalho tem como objetivo etnografar como à ser crianÃa no Parque Santa Filomena e como a experiÃncia da infÃncia à concebida pelos dois universos geracionais: o das crianÃas e o dos adultos. Para isso, priorizamos como nossos interlocutores as crianÃas, questionando o modelo adultocÃntrico que, mesmo nas pesquisas sobre crianÃas, as concebem a partir das falas dos adultos. O Parque Santa Filomena à uma comunidade do bairro Jangurussu, Fortaleza - CE, estigmatizada por ter sido fundada ao redor do âlixÃoâ e por ser representada na grande imprensa como um territÃrio com altos Ãndices de violÃncia. Essa representaÃÃo influencia no modo como os adultos concebem a infÃncia, que passa a ser mobilizada pelo medo da violÃncia e, em conjunto com as instituiÃÃes frequentadas pelas crianÃas, adotam prÃticas de maior controle e disciplinamento como forma de prevenÃÃo a um devir violento e a construÃÃo de um âadulto idealâ. Em contraponto, as crianÃas resistem ao âmundo adultoâ e criam suas prÃprias estratÃgias para fazer o que mais gostam: brincar na rua! O ato de brincar à significado pelas crianÃas como o demarcador da infÃncia na comunidade, que vai deixando de ser crianÃa quando perde o interesse por esta atividade. Analisamos ainda o encontro entre as crianÃas e a violÃncia, como este fenÃmeno à conceituado pelas crianÃas e como elas o experienciam, sejam como agentes, vÃtimas ou ainda espectadoras. Por fim, nesta investigaÃÃo, nos apoiamos na discussÃo atual em torno da Antropologia da CrianÃa e da Sociologia da InfÃncia. Todavia, outros atores e escolas do pensamento sociolÃgico, por vezes, sÃo acionados na perspectiva beckerniana do uso das teorias como âcaixa de ferramentasâ. Como âmeio de acercamentoâ da realidade estudada, optamos pela etnografia, com observaÃÃo participante e tambÃm utilizamos tÃcnicas complementares de pesquisa, tais como, grupo focal, desenhos, fotografias, vÃdeo e entrevista.The aim of the present paper is to conduct etnography on what it is like to be a child in Parque Santa Filomena and how the childhood experience is conceived by two generational universes: the childrenâs a and adultâs one. In this regard, children were prioritized as interlocutors, questioning the adult-centric model, which even in the researches about children conceive them from an adultsâ perspective. Parque Santa Filomena is a community within Jangurussu, Fortaleza-ce, stigmatized by the fact it was founded around a landfill and by being represented by the mainstream media as a territory with high violence rates. Such representation influences the way adults conceive childhood, who become mobilized by the fear of violence and, in conjunction with the institutions attended by children, adopt practices of great control and discipliningÂas a way to prevent from a violent become and to build and âideal adultâ. Nonetheless, children resist to the âadult worldâ and create their own strategies to do what they like the most: playing on the streets! The act of playing is signified as a demarcation of childhood in the community by children, who are no longer children when they lose interest in this activity. The encounter between children and violence was also analyzed, as well as how this phenomenon is conceptualized by children and how they experience it, either as agents, victims or even spectators. Lastly this investigation relied on the current discussion towards the Anthropology of Children and the Sociology of Childhood. Nevertheless, other actors and schools of thoughts were sometimes accessed upon the Beckernian approach in the use of theories such as âtoolboxâ. As a way to get close to the studied reality, ethnography with participative observation was chosen and other complementary techniques were applied in the research, such as focus group, draws, photography, video and interview.Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgicohttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=14617application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:27:55Zmail@mail.com - |
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O presente trabalho tem como objetivo etnografar como à ser crianÃa no Parque Santa Filomena e como a experiÃncia da infÃncia à concebida pelos dois universos geracionais: o das crianÃas e o dos adultos. Para isso, priorizamos como nossos interlocutores as crianÃas, questionando o modelo adultocÃntrico que, mesmo nas pesquisas sobre crianÃas, as concebem a partir das falas dos adultos. O Parque Santa Filomena à uma comunidade do bairro Jangurussu, Fortaleza - CE, estigmatizada por ter sido fundada ao redor do âlixÃoâ e por ser representada na grande imprensa como um territÃrio com altos Ãndices de violÃncia. Essa representaÃÃo influencia no modo como os adultos concebem a infÃncia, que passa a ser mobilizada pelo medo da violÃncia e, em conjunto com as instituiÃÃes frequentadas pelas crianÃas, adotam prÃticas de maior controle e disciplinamento como forma de prevenÃÃo a um devir violento e a construÃÃo de um âadulto idealâ. Em contraponto, as crianÃas resistem ao âmundo adultoâ e criam suas prÃprias estratÃgias para fazer o que mais gostam: brincar na rua! O ato de brincar à significado pelas crianÃas como o demarcador da infÃncia na comunidade, que vai deixando de ser crianÃa quando perde o interesse por esta atividade. Analisamos ainda o encontro entre as crianÃas e a violÃncia, como este fenÃmeno à conceituado pelas crianÃas e como elas o experienciam, sejam como agentes, vÃtimas ou ainda espectadoras. Por fim, nesta investigaÃÃo, nos apoiamos na discussÃo atual em torno da Antropologia da CrianÃa e da Sociologia da InfÃncia. Todavia, outros atores e escolas do pensamento sociolÃgico, por vezes, sÃo acionados na perspectiva beckerniana do uso das teorias como âcaixa de ferramentasâ. Como âmeio de acercamentoâ da realidade estudada, optamos pela etnografia, com observaÃÃo participante e tambÃm utilizamos tÃcnicas complementares de pesquisa, tais como, grupo focal, desenhos, fotografias, vÃdeo e entrevista. |
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