DeterminaÃÃo da taxa de seguranÃa do processo de prescriÃÃo de medicamentos em um hospital de referÃncia cardiolÃgica do Estado do CearÃ
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3782 |
Resumo: | Os Erros de MedicaÃÃo (EM) sÃo um importante desafio a ser superado na promoÃÃo do uso racional de medicamentos, fator contribuinte para o desenvolvimento de serviÃos de saÃde eficazes e seguros para os pacientes. EM podem ocorrer em vÃrias etapas da cadeia de utilizaÃÃo de medicamentos. No Brasil, pouco se conhece sobre o perfil dos erros e sobre a seguranÃa do processo de prescriÃÃo. Baseado na abordagem sistÃmica do erro foi realizado um estudo exploratÃrio, com determinaÃÃo da taxa de prevalÃncia de erros de prescriÃÃo clinicamente significativos (TPEPCS) e da taxa de seguranÃa do processo de prescriÃÃo de medicamentos (TSPPM) nas unidades de Cardiologia, Pneumologia e Pediatria de um hospital de referÃncia do CearÃ. No perÃodo de 20 de agosto a 03 de setembro de 2007, em dias alternados, foram analisadas 140 prescriÃÃes mÃdicas (PM), totalizando 1017 itens contendo medicamentos. A maioria das PM (75% - n=105) foram recebidas pelo serviÃo de farmÃcia no turno da tarde, 61,4% (n=86) pertencia a pacientes do sexo masculino e 22,2% (n=31) pertencia a pacientes com idade de 60 a 69 anos. No prontuÃrio dos pacientes das PM selecionadas, nÃo houve relato de alergia a medicamentos em 83,6% (n=117), nem registro do peso em 60% (n=84). Quanto aos componentes legais da prescriÃÃo, houve ausÃncia do registro do nÃmero do prontuÃrio em 63,3% (n=89), da unidade de internaÃÃo em 59,3% (n=83), do carimbo do prescritor em 28,6% (n=40) e da assinatura do mÃdico em 15% (n=21). Foram identificadas interaÃÃo medicamento-medicamento em 28,6% (n=40) das PM, interaÃÃo medicamento-alimento em 14,3% (n=20) e erros de prescriÃÃo clinicamente significativos (EPCS) em 25,9%, (n=30) sendo o mais recorrente a detecÃÃo de interaÃÃo medicamentosa potencialmente significante (26,61% - n=95). Boa parte dos medicamentos envolvidos nos EPCS (63,3% - n=201) pertenceu a classe terapÃutica de medicamentos cardiovasculares e houve a suspeita de ReaÃÃo Adversa a Medicamentos em apenas 1,8% (n=18) dos medicamentos prescritos. A denominaÃÃo mais utilizada na prescriÃÃo dos medicamentos foi a genÃrica (60,2% - n=612) e a concentraÃÃo nÃo foi prescrita em 56,4% (n=574) dos itens contendo medicamentos. Foi prescrito o diluente em 35,1% (n=65) dos medicamentos classificados como injetÃveis, enquanto nÃo foi prescrita a velocidade de infusÃo em 59,3% (n=121) dos injetÃveis e soluÃÃo para hidrataÃÃo. TambÃm foram prescritas informaÃÃes adicionais em 14,7% (n=150) dos itens contendo medicamentos e utilizadas abreviaturas em 97,6% (n=993) destes, sendo mais comum a abreviatura da via de administraÃÃo (36% - n=833). Ao final, foram calculadas a TPEPCS (35,10%) e TSPPM (64,9%), indicando a necessidade da reavaliaÃÃo do processo de prescriÃÃo e implementaÃÃo das estratÃgias educacionais. Portanto, a identificaÃÃo da taxas referidas constitui o primeiro passo na busca da prevenÃÃo de erros. PorÃm, para que ela possa estabelecer-se no Ãmbito hospitalar, sem propiciar um ambiente de puniÃÃes, faz-se necessÃrio que a responsabilidade pela seguranÃa do paciente seja vista como coletiva e que a abordagem sistÃmica do erro seja aplicada cotidianamente. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisDeterminaÃÃo da taxa de seguranÃa do processo de prescriÃÃo de medicamentos em um hospital de referÃncia cardiolÃgica do Estado do CearÃSetting of the Safety Rate on Prescription Drug Procedures in a reference Pneumocardiology Hospital2008-06-13Marta Maria de FranÃa Fonteles28529839315http://lattes.cnpq.br/0574180390413250MÃnica Cardoso FaÃanha10472770349http://lattes.cnpq.br/6525793161073131Mirian Parente Monteiro1550764535363858410306SÃmia Graciele Maia OliveiraUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em CiÃncias FarmacÃuticasUFCBRPrescriÃÃo de medicamentos, erros de medicaÃÃo.Prescription drugs medication errorsFARMACIAOs Erros de MedicaÃÃo (EM) sÃo um importante desafio a ser superado na promoÃÃo do uso racional de medicamentos, fator contribuinte para o desenvolvimento de serviÃos de saÃde eficazes e seguros para os pacientes. EM podem ocorrer em vÃrias etapas da cadeia de utilizaÃÃo de medicamentos. No Brasil, pouco se conhece sobre o perfil dos erros e sobre a seguranÃa do processo de prescriÃÃo. Baseado na abordagem sistÃmica do erro foi realizado um estudo exploratÃrio, com determinaÃÃo da taxa de prevalÃncia de erros de prescriÃÃo clinicamente significativos (TPEPCS) e da taxa de seguranÃa do processo de prescriÃÃo de medicamentos (TSPPM) nas unidades de Cardiologia, Pneumologia e Pediatria de um hospital de referÃncia do CearÃ. No perÃodo de 20 de agosto a 03 de setembro de 2007, em dias alternados, foram analisadas 140 prescriÃÃes mÃdicas (PM), totalizando 1017 itens contendo medicamentos. A maioria das PM (75% - n=105) foram recebidas pelo serviÃo de farmÃcia no turno da tarde, 61,4% (n=86) pertencia a pacientes do sexo masculino e 22,2% (n=31) pertencia a pacientes com idade de 60 a 69 anos. No prontuÃrio dos pacientes das PM selecionadas, nÃo houve relato de alergia a medicamentos em 83,6% (n=117), nem registro do peso em 60% (n=84). Quanto aos componentes legais da prescriÃÃo, houve ausÃncia do registro do nÃmero do prontuÃrio em 63,3% (n=89), da unidade de internaÃÃo em 59,3% (n=83), do carimbo do prescritor em 28,6% (n=40) e da assinatura do mÃdico em 15% (n=21). Foram identificadas interaÃÃo medicamento-medicamento em 28,6% (n=40) das PM, interaÃÃo medicamento-alimento em 14,3% (n=20) e erros de prescriÃÃo clinicamente significativos (EPCS) em 25,9%, (n=30) sendo o mais recorrente a detecÃÃo de interaÃÃo medicamentosa potencialmente significante (26,61% - n=95). Boa parte dos medicamentos envolvidos nos EPCS (63,3% - n=201) pertenceu a classe terapÃutica de medicamentos cardiovasculares e houve a suspeita de ReaÃÃo Adversa a Medicamentos em apenas 1,8% (n=18) dos medicamentos prescritos. A denominaÃÃo mais utilizada na prescriÃÃo dos medicamentos foi a genÃrica (60,2% - n=612) e a concentraÃÃo nÃo foi prescrita em 56,4% (n=574) dos itens contendo medicamentos. Foi prescrito o diluente em 35,1% (n=65) dos medicamentos classificados como injetÃveis, enquanto nÃo foi prescrita a velocidade de infusÃo em 59,3% (n=121) dos injetÃveis e soluÃÃo para hidrataÃÃo. TambÃm foram prescritas informaÃÃes adicionais em 14,7% (n=150) dos itens contendo medicamentos e utilizadas abreviaturas em 97,6% (n=993) destes, sendo mais comum a abreviatura da via de administraÃÃo (36% - n=833). Ao final, foram calculadas a TPEPCS (35,10%) e TSPPM (64,9%), indicando a necessidade da reavaliaÃÃo do processo de prescriÃÃo e implementaÃÃo das estratÃgias educacionais. Portanto, a identificaÃÃo da taxas referidas constitui o primeiro passo na busca da prevenÃÃo de erros. PorÃm, para que ela possa estabelecer-se no Ãmbito hospitalar, sem propiciar um ambiente de puniÃÃes, faz-se necessÃrio que a responsabilidade pela seguranÃa do paciente seja vista como coletiva e que a abordagem sistÃmica do erro seja aplicada cotidianamente.Medication errors are a great challenge to the rational use of drugs, which is a significant contributing factor to the development of effective and safe health assistance services to patients. Medication errors can occur at various stages in the drug use process. In Brazil, little is known about the profile of errors and the prescription process safety. In order to determine the prevalence rate of errors in prescribing clinically significant drugs (PREPCS) and the safety rate on prescription drug procedures (SRPDP), an exploratory study based on an approach in systematic error estimation was carried out at Cardiology, Pneumology and Pediatrics Units of a reference hospital in the State of CearÃ. From August 20 to September 3, 2007, on alternate days, 140 medical prescription â totaling 1,017 items containing drugs â were analyzed. Most medical prescriptions (75% - n=105) were received by the department of pharmacy in the afternoon shift; 61.4% (n=86) had been given to male patients and 22.2% (n=31) had been given to patients between 60 to 69 years of age. In 83.6% (n=117) of records of patients to whom the selected medical prescriptions had been given, no allergy to drugs were reported, and in 60% (n=84) of them the patientsâ weight was not informed. In regard to the legal components of the prescriptions, the patient record number was not informed in 63.3% (n=89) prescriptions; the hospital unit was not informed in 59.3% (n=83) prescriptions; the prescriberâs stamp was not stamped in 28.6% (n=40) prescriptions; and 15% (n=21) prescriptions had not been signed by the doctor. Drug-drug interactions were identified in 28.6% (n=40) medical prescriptions; drug-food interactions were identified in 14.3% (n=20) medical prescriptions; and clinically significant prescription errors (CSEP) were found in 25.9% (n=30) medical prescriptions, and the detection of potentially significant drug interactions (26.61% - n=95) was the most recurrent. Most drugs involved in CSEP (63.3% - n=201) belonged to a therapeutic class of cardiovascular medicines and there was suspicion of Adverse Drug Reaction in only 1.8% (n=18) of the prescription drugs. Generic names were most commonly used in the medical prescriptions (60.2% - n=612); and the concentration was not prescribed in 56.4% (n=574) of items containing drugs. The dilluent was prescribed in 35.1% (n=65) of injection drugs, while no infusion speed and hydration solution were prescribed in 59.3% (n=121) of injection drugs. Additional information was prescribed in 14.7% (n=150) of the items containing drugs; and abbreviations were used in 97.6% (n=993) of them, and administration routes were the most common abbreviations used (36% - n =833). And finally, the PREPCS (35.10%) and SRPDP (64.9%) were ascertained, thus indicating the need to reevaluate the process of prescribing and implementing educational strategies. Therefore, the identification of the aforesaid rates is the first step to be taken in order to prevent errors. However, in order to use them at hospitals without creating a punishment environment, the responsibility for the patientâs safety must be collective and an approach in systematic error estimation must be made regularly. CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3782application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:16:54Zmail@mail.com - |
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Os Erros de MedicaÃÃo (EM) sÃo um importante desafio a ser superado na promoÃÃo do uso racional de medicamentos, fator contribuinte para o desenvolvimento de serviÃos de saÃde eficazes e seguros para os pacientes. EM podem ocorrer em vÃrias etapas da cadeia de utilizaÃÃo de medicamentos. No Brasil, pouco se conhece sobre o perfil dos erros e sobre a seguranÃa do processo de prescriÃÃo. Baseado na abordagem sistÃmica do erro foi realizado um estudo exploratÃrio, com determinaÃÃo da taxa de prevalÃncia de erros de prescriÃÃo clinicamente significativos (TPEPCS) e da taxa de seguranÃa do processo de prescriÃÃo de medicamentos (TSPPM) nas unidades de Cardiologia, Pneumologia e Pediatria de um hospital de referÃncia do CearÃ. No perÃodo de 20 de agosto a 03 de setembro de 2007, em dias alternados, foram analisadas 140 prescriÃÃes mÃdicas (PM), totalizando 1017 itens contendo medicamentos. A maioria das PM (75% - n=105) foram recebidas pelo serviÃo de farmÃcia no turno da tarde, 61,4% (n=86) pertencia a pacientes do sexo masculino e 22,2% (n=31) pertencia a pacientes com idade de 60 a 69 anos. No prontuÃrio dos pacientes das PM selecionadas, nÃo houve relato de alergia a medicamentos em 83,6% (n=117), nem registro do peso em 60% (n=84). Quanto aos componentes legais da prescriÃÃo, houve ausÃncia do registro do nÃmero do prontuÃrio em 63,3% (n=89), da unidade de internaÃÃo em 59,3% (n=83), do carimbo do prescritor em 28,6% (n=40) e da assinatura do mÃdico em 15% (n=21). Foram identificadas interaÃÃo medicamento-medicamento em 28,6% (n=40) das PM, interaÃÃo medicamento-alimento em 14,3% (n=20) e erros de prescriÃÃo clinicamente significativos (EPCS) em 25,9%, (n=30) sendo o mais recorrente a detecÃÃo de interaÃÃo medicamentosa potencialmente significante (26,61% - n=95). Boa parte dos medicamentos envolvidos nos EPCS (63,3% - n=201) pertenceu a classe terapÃutica de medicamentos cardiovasculares e houve a suspeita de ReaÃÃo Adversa a Medicamentos em apenas 1,8% (n=18) dos medicamentos prescritos. A denominaÃÃo mais utilizada na prescriÃÃo dos medicamentos foi a genÃrica (60,2% - n=612) e a concentraÃÃo nÃo foi prescrita em 56,4% (n=574) dos itens contendo medicamentos. Foi prescrito o diluente em 35,1% (n=65) dos medicamentos classificados como injetÃveis, enquanto nÃo foi prescrita a velocidade de infusÃo em 59,3% (n=121) dos injetÃveis e soluÃÃo para hidrataÃÃo. TambÃm foram prescritas informaÃÃes adicionais em 14,7% (n=150) dos itens contendo medicamentos e utilizadas abreviaturas em 97,6% (n=993) destes, sendo mais comum a abreviatura da via de administraÃÃo (36% - n=833). Ao final, foram calculadas a TPEPCS (35,10%) e TSPPM (64,9%), indicando a necessidade da reavaliaÃÃo do processo de prescriÃÃo e implementaÃÃo das estratÃgias educacionais. Portanto, a identificaÃÃo da taxas referidas constitui o primeiro passo na busca da prevenÃÃo de erros. PorÃm, para que ela possa estabelecer-se no Ãmbito hospitalar, sem propiciar um ambiente de puniÃÃes, faz-se necessÃrio que a responsabilidade pela seguranÃa do paciente seja vista como coletiva e que a abordagem sistÃmica do erro seja aplicada cotidianamente. |
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