ENSINO REMOTO EM TEMPOS DE PANDEMIA: IMPLICAÇÕES PARA O CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA UFERSA - CARAÚBAS

• Autor(a) principal: Gonçalves, Diego Antônio Silva.
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU)
• Texto Completo: https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/8155
• topic: CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::CIENCIA E TECNOLOGIA; Pandemia. COVID-19. Ensino Remoto. Tecnologias digitais. UFERSA.

A pandemia de COVID-19 teve início no final do ano de 2019, perdurando ainda até a realização da presente pesquisa, no ano de 2021. O novo coronavírus acometeu milhões de pessoas ao redor do mundo e impactou inúmeros setores, incluindo a educação. No Brasil, o número de mortos ultrapassou a marca de 400 mil e como a principal arma de combate à doença é o distanciamento social, as aulas presencias tornaram-se inviáveis de acontecer. Com isso, as instituições buscaram formas para seguir com o aprendizado. A Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA, assim como outras, adotou o ensino remoto para seguir com os processos de ensino e aprendizagem. O período excepcional 2020.3 foi o primeiro contato que os alunos tiveram com a modalidade de ensino e é sobre ele que versa a nossa pesquisa. Assim objetivamos investigar as percepções de discentes do curso de Bacharelado em Ciência e Tecnologia sobre a implementação do ensino remoto e o uso das tecnologias digitais no período excepcional suplementar (2020.3) na UFERSA, Campus Caraúbas. Para isso, foi realizada uma pesquisa de campo, com abordagem qualitativa e exploratória dos dados, os quais foram coletados por meio de questionário aplicado de forma online com discentes que participaram do semestre em questão a fim de coletar suas impressões sobre a experiência vivenciada. Fundamentamo-nos em Behar (2020), Alves (2020), Silva, Andrade e Brinatti (2020) e Ribeiro (2020) para discussões acerca do Ensino Remoto em caráter emergencial; Rodrigues (2020), Hodges et al. (2020), Landim (1997) e Ferreira (2020), para compreender as diferenças entre o Ensino Remoto e a EaD; além de autores para refletir sobre o uso das tecnologias digitais no ensino, como Kenski (2013), Marcovitch (2002), Amante e Faria (2014), Riedner (2020) e Ribeiro (2009). Os resultados obtidos nos mostram que a experiência teve pontos positivos e negativos, revelando que as práticas de ensino remoto envolvem particularidades diferentes das aulas presenciais, as quais precisam ser levadas em consideração, como, por exemplo, o que diz respeito à aquisição e ao uso de tecnologias digitais, tempo para realização das atividades propostas pelos professores e assimilação do conteúdo. Com isso, ficou evidente que a UFERSA precisa de ajustes e adequações para a realização de novas atividades nesses moldes, considerando mais investimento em políticas de auxílio para garantir a acessibilidade digital, mas não apenas no sentido de adquirir equipamentos e sim de fornecer formações compatíveis com a realidade atual e que possam assistir discentes e docentes. O ensino remoto implementado de forma emergencial e sem um planejamento adequado não se mostrou totalmente eficaz, demonstrando que a referida instituição não estava totalmente apta a adotar esse tipo de ensino, sendo o principal motivo desses problemas a forma instantânea com que a metodologia foi implementada, forçando os envolvidos a enfrentar algo que nunca haviam passado antes sem a assistência adequada.