Impactos imunomodulatórios da arginina na evolução da infecção experimental pelo Trypanosoma cruzi no modelo murino
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo (riUfes) |
Texto Completo: | http://repositorio.ufes.br/handle/10/7796 |
Resumo: | A doença de Chagas causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi é considerada uma importante doença parasitária tropical negligenciada, caracterizada principalmente como uma infecção crônica e sistêmica. Não existe ainda nenhum fármaco adequado e eficaz para o seu tratamento. Os fármacos nitro-heterocíclicos nifurtimox e benznidazol são os medicamentos de primeira linha disponíveis para o tratamento da doença de Chagas, porém, ambos apresentam grandes limitações. Neste sentido, um nutriente imunomodulador para melhorar o combate do T. cruzi pelo sistema imunológico do hospedeiro poderia ser útil em abordagens quimioterápicas da doença de Chagas. Assim, os efeitos da suplementação com arginina durante o estágio agudo da infecção foram avaliados em camundongos Swiss infectados com a cepa Berenice-78 do T. cruzi. Um total de 24 camundongos foram divididos em quatro grupos experimentais: 6 animais infectados com T. cruzi e suplementados com arginina durante a fase aguda; 6 infectados e não foram suplementados; 6 animais controles não infectados e suplementados com arginina e 6 animais infectados e não suplementados. A eficácia da arginina foi diariamente avaliada pela detecção de parasitos no sangue durante todo o estágio agudo da infecção, que corresponde do 4o dia de infecção até 10 dias após a negativação (51o dia de infecção). Os efeitos da arginina sobre a resposta imune frente a infecção com T. cruzi foram avaliados quanto ao desfecho do dano ao tecido cardíaco e aos níveis séricos de óxido nítrico e fator de necrose tumoral-α. A arginina foi eficaz na redução do número de parasitos circulantes e na amenização da resposta inflamatória visualizada pelos níveis séricos mais baixos de fator de necrose tumoral-α em aproximadamente 10% a menos no grupo suplementado. A contagem de células inflamatórias miocárdicas foi maior entre os animais infectados, sendo que o grupo infectado e suplementado apresentou 3% menos células inflamatórias quando comparado ao grupo não suplementado. Não houve diferenças nos níveis de óxido nítrico e de colágenos tipo I e III quantificados no miocárdio, embora os teores de óxido nítrico tenham sido correlacionados com os teores de colágeno III, ou colágeno novo. Entretanto, o grupo suplementado e infectado apresentou 127,5% mais colágeno do tipo III em detrimento aos demais grupos, que apresentaram mais colágeno tipo I. Esses achados sugerem os benefícios da arginina na resposta imune direcionada ao controle parasitário na infecção pelo T. cruzi. |
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