Juventudes negras e segregação socioespacial: uma análise a partir dos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em Campos dos Goytacazes

• Autor(a) principal: Amaral, Douglas Martins
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/32524
• topic: Adolescentes; Territórios; Medida socioeducativa; Direito à cidade

O presente trabalho tem como tema o debate da questão racial e segregação socioespacial, a partir da construção dos territórios periféricos e a dinâmica atual na vida dos residentes, especificamente, os adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa no meio fechado e meio aberto. Assim, abordamos no decorrer deste trabalho a formação sócio-histórica do Brasil, a construção dos territórios e as condições dadas à população negra, de forma crítico-dialética. Diante disso, tivemos como objetivo compreender o processo de segregação socioespacial de adolescentes negros em cumprimento de medida socioeducativa residentes de territórios periféricos em Campos dos Goytacazes – RJ. Para isso, metodologicamente recorremos a pesquisa exploratória, utilizando-se tanto de pesquisa bibliográfica, como de análise documental e pesquisa de campo utilizando entrevistas semiestruturadas. Os dados analisados no capítulo dois foram obtidos de uma unidade referente ao atendimento socioeducativo de internação, no Norte Fluminense. Para a obtenção dos dados que constam no capítulo três, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com sete adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto, no equipamento socioassistencial CREAS I. Através desta pesquisa buscamos uma aproximação com a realidade vivenciada pelos adolescentes que cumprem medida socioeducativa, a fim de possibilitar que os mesmos fossem ouvidos e relatassem suas histórias. Os resultados indicam que a população negra ocupa majoritariamente os espaços de cumprimento de medidas, que estes adolescentes encontram-se residindo em áreas periféricas do município de Campos e possuem limitações no que tange a efetividade do direito à cidade.