Liberdade e fraternidade em performance: Clube da esquina, 1972

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Leandro Aguiar Severino dos
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/21807
Resumo: Nesta dissertação, busco compreender a história de parte da MPB que se formou no período pós-AI-5, quando os ideais da contracultura chegavam ao Brasil, a indústria cultural ganhava musculatura e a globalização gerava novas controvérsias para a economia, a política e a cultura brasileira. Ideais de liberdade, brasilidade, fraternidade e resistência perpassam a MPB produzida no intervalo que vai aproximadamente de 1964 a 1978. Clube da Esquina, lançado em 1972 e assinado por Milton Nascimento e Lô Borges, encarna estas ideias e trabalha parte das questões e disputas estéticas, discursivas e ideológicas que nortearam o desenvolvimento da MPB. Analiso os elementos que fazem parte dessa performance de liberdade e fraternidade e a maneira como eles se articularam em torno de uma postura estética, e também política, de recusa à ditadura militar. Para tanto, discuto o álbum e os elementos que o compõem – capa, encarte, sonoridade etc –, bem como relatos dos músicos que participaram de sua concepção e materiais jornalísticos sobre Clube da Esquina. Amparado por Frith, Tatit, Sérgio Buarque de Hollanda e Martin Barbero, entre outros, procuro compreender as configurações da música enquanto textualidade verbo(áudio)visual onde se entrecruzam elementos de naturezas distintas (memória, sensibilidade, corpo, ritmo, palavra, uma história social), porém complementares, capazes de gerar interrogações, interpretações e de deflagrar sentido, muitas vezes reestruturando as convenções da linguagem nas quais elas se inserem.
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