Avaliação da Infectividade e virulência de estripes autóctones de leptospira spp. dos sorogrupos Sejroe e ICTEROHAEMORRHAGIAE em hamsters experimentalmente Infectados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Cristina Barbosa da
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/32414
Resumo: A leptospirose é uma doença infectocontagiosa de grande abrangência mundial. Os roedores, por serem a maior ordem na classificação dos mamíferos, são considerados o principal reservatório de Leptospira, particularmente àquelas do sorogrupo Icterohaemorrhagiae, eliminando tais bactérias pela urina e contaminando o ambiente externo. Entretanto, a leptospirose bovina é menos dependente de condições ambientais e é determinada por estirpes do sorogrupo Sejroe, comumente relacionado à esta infecção em ruminantes em todo o mundo. O objetivo foi avaliar as características de infectividade e virulência de estirpes autóctones de leptospiras dos sorogrupos Sejroe isoladas de ruminantes e do sorogrupo Icterohaemorrhagiae obtidas de caninos e capivaras no Brasil em hamsters experimentalmente infectados. Foram avaliadas 20 estirpes de leptospiras, sendo 12 do sorogrupo Sejroe e oito do sorogrupo Icterohaemorrhagiae. Cada isolado foi inoculado intraperitonealmente em uma hamster na concentração de 1×108 leptospiras/mL e passada quatro vezes in vivo para avaliação e ativação da virulência. Entre as estirpes Sejroe, sete infectaram hamsters sendo três estirpes letais in vivo e pertencentes a espécie L. santarosai sorovar Guaricura. Nenhuma estirpe do sorovar Hardjo mostrou-se infectante e/ou virulenta para hamsters. Do sorogrupo Icterohaemorrhagiae, três estirpes isoladas de cães foram infectantes e virulentas para hamsters, mas as cinco estirpes oriundas de capivaras não determinaram doença aguda em hamsters. O presente estudo demonstrou que, embora as estirpes de sorogrupos Sejroe e, principalmente, Icterohaemorrhagiae sejam frequentemente relatadas como virulentas em hamsters, nem todas foram agressivas. Foi verificada uma grande variação de infectividade e virulência das estirpes de leptospiras isoladas de diferentes espécies animais no Brasil. A avaliação permitiu a identificação da variação de virulência entre estirpes da mesma espécie e mesmo sorogrupo, além da identificação de estirpes do sv Guaricura virulentas no modelo experimental hamster o que permitirá a realização de testes de potência vacinal mais eficientes para a validação das vacinas contra leptospirose bovina em nosso território.
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O objetivo foi avaliar as características de infectividade e virulência de estirpes autóctones de leptospiras dos sorogrupos Sejroe isoladas de ruminantes e do sorogrupo Icterohaemorrhagiae obtidas de caninos e capivaras no Brasil em hamsters experimentalmente infectados. Foram avaliadas 20 estirpes de leptospiras, sendo 12 do sorogrupo Sejroe e oito do sorogrupo Icterohaemorrhagiae. Cada isolado foi inoculado intraperitonealmente em uma hamster na concentração de 1×108 leptospiras/mL e passada quatro vezes in vivo para avaliação e ativação da virulência. Entre as estirpes Sejroe, sete infectaram hamsters sendo três estirpes letais in vivo e pertencentes a espécie L. santarosai sorovar Guaricura. Nenhuma estirpe do sorovar Hardjo mostrou-se infectante e/ou virulenta para hamsters. Do sorogrupo Icterohaemorrhagiae, três estirpes isoladas de cães foram infectantes e virulentas para hamsters, mas as cinco estirpes oriundas de capivaras não determinaram doença aguda em hamsters. O presente estudo demonstrou que, embora as estirpes de sorogrupos Sejroe e, principalmente, Icterohaemorrhagiae sejam frequentemente relatadas como virulentas em hamsters, nem todas foram agressivas. Foi verificada uma grande variação de infectividade e virulência das estirpes de leptospiras isoladas de diferentes espécies animais no Brasil. A avaliação permitiu a identificação da variação de virulência entre estirpes da mesma espécie e mesmo sorogrupo, além da identificação de estirpes do sv Guaricura virulentas no modelo experimental hamster o que permitirá a realização de testes de potência vacinal mais eficientes para a validação das vacinas contra leptospirose bovina em nosso território.Leptospirosis is a highly contagious infectious disease worldwide. Rodents, being the largest order in the classification of mammals, are considered the main reservoir of Leptospira, particularly those of the Icterohaemorrhagiae serogroup, eliminating such bacteria through the urine and contaminating the environment. However, bovine leptospirosis is less dependent on environmental conditions and is determined by strains of the Sejroe serogroup, commonly related to this infection in ruminants around the world. The objective was to evaluate the infectivity and virulence characteristics of autochthonous strains of leptospiras from serogroups Sejroe isolated from ruminants and from serogroup Icterohaemorrhagiae obtained from canines and capybaras in Brazil in experimentally infected hamsters. Twenty strains of leptospires were evaluated, 12 of the serogroup Sejroe and eight from the serogroup Icterohaemorrhagiae. Each isolate was inoculated intraperitoneally in a hamster at a concentration of 1 × 108 leptospires / ml and passed four times in vivo for evaluation and activation of virulence. Among the Sejroe strains, seven infected hamsters being three lethal strains in vivo and belonging to L. santarosai sorovar Guaricura species. No strain of the Hardjo serovar proved to be infective and / or virulent for hamsters. From the Icterohaemorrhagiae serogroup, three strains isolated from dogs were infectious and virulent for hamsters, but the five strains from capybaras did not determine acute disease in hamsters. The present study demonstrated that although strains of Sejroe serogroups and mainly Ichterohaemorrhagiae are frequently reported as virulent in hamsters, not all strains were aggressive. A large variation of infectivity and virulence of leptospires strains isolated from different animal species in Brazil was observed. The evaluation allowed the identification of the virulence variation between strains of the same species and the same serogroup, as well as the discovery of virulent sv Guaricura strains in the experimental hamster model, which will allow more efficient vaccine power tests for the validation of vaccines against leptospirosis in our territory.50 f.Lilenbaum, Walterhttp://lattes.cnpq.br/3841728866904262Ferreira, Ana Maria Reishttp://lattes.cnpq.br/2733698712067098Monteiro Silva, Maria Eduardahttp://lattes.cnpq.br/0127981018288382Barreto, Maria Luciahttp://lattes.cnpq.br/2835053802993430Nunes, Beatriz Coronatohttp://lattes.cnpq.br/8133423402310639http://lattes.cnpq.br/5115217233719876Silva, Cristina Barbosa da2024-02-26T17:58:19Z2024-02-26T17:58:19Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfSILVA, Cristina Barbosa da. 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