Estudo do efeito da ingestão de biscoito fortificado com fosfato de cálcio e colecalciferol na massa óssea de portadores de doença celíaca em uso de dieta terapêutica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cusielo, Kalinca Vitória Cardoso
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/7747
Resumo: A doença celíaca é uma enteropatia crônica causada por uma resposta imunológica contra a gliadina do trigo e mantida por outras proteínas similares do grupo das prolaminas, caracterizada por atrofia total ou parcial da mucosa do intestino delgado proximal. Quando não tratada adequadamente, ocorre má-absorção de vitamina D e de cálcio e, como consequência, a osteoporose. Este trabalho objetivou levantar e avaliar os dados clínicos, dietéticos, antropométricos e de composição corporal de portadores de doença celíaca atendidos no Ambulatório da Faculdade de Nutrição da UFF e avaliar o efeito da ingestão dos biscoitos fortificados na massa óssea de voluntários em uso de dieta terapêutica. Os dados clínicos foram levantados por meio de questionário, os dietéticos por meio de recordatório alimentar de 24 horas e os antropométricos e de composição corporal por meio de aferição de peso, estatura e exame de densitometria óssea. Foram avaliadas mulheres 12 portadoras de doença celíaca, adultas e idosas. A primeira etapa consistiu no levantamento e avaliação dos dados no momento t0. A segunda etapa consistiu no acompanhamento durante seis meses, onde os voluntários participantes dessa etapa ingeriram uma porção de 37 gramas de biscoitos de coco sem glúten fortificados com fosfato de cálcio e colecalciferol (amostra B) diariamente, e a composição corporal desses voluntários foi aferida no momento t1 (três meses) e t2 (seis meses). Como resultado, 58,33% das voluntárias consideraram festas de aniversário e 41,66% restaurantes e viagens como as situações mais difíceis de seguir a dieta; 41,6% relataram possuir uma doença associada à doença celíaca, sendo hipotireoidismo, osteopenia e intolerância à lactose as doenças mais frequentes; os resultados do recordatório alimentar mostraram que a ingestão de cálcio pela dieta de 33,3% das voluntárias não atinge 50% da IDR de cálcio por dia; o IMC médio foi de 24,16kg/m2, o que caracteriza o grupo como eutrófico, entretanto, onze das doze voluntárias se encontram na classificação de percentual de gordura corporal muito alto, indicando risco de desenvolvimento de doenças associadas à obesidade; 50% das voluntárias foram diagnosticadas com osteopenia na lombar, no fêmur ou em ambos os sítios examinados, e 16,6% foram diagnosticadas com osteoporose. Em relação ao biscoito de coco fortificado com cálcio: a amostra B apresentou conteúdo deste mineral de 1259,03 mg em 100 gramas, o que significou que a porção de 37 gramas administrada diariamente às voluntárias continha cálcio suficiente para suprir 50% da IDR para indivíduos adultos. Biscoitos de coco fortificados com cálcio podem ser uma fonte alternativa de obtenção deste mineral, por indivíduos portadores de doença celíaca, especialmente para àqueles com intolerância à lactose. É necessário que um número maior de pacientes seja analisado e a que seja realizada uma continuação desse trabalho no sentido do estudo da biodisponibilidade do cálcio nos biscoitos, a fim de gerar dados complementares a esse trabalho e possibilitar a melhor indicação desse produto nas dietas terapêuticas para o portador de DC se faz necessário
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Este trabalho objetivou levantar e avaliar os dados clínicos, dietéticos, antropométricos e de composição corporal de portadores de doença celíaca atendidos no Ambulatório da Faculdade de Nutrição da UFF e avaliar o efeito da ingestão dos biscoitos fortificados na massa óssea de voluntários em uso de dieta terapêutica. Os dados clínicos foram levantados por meio de questionário, os dietéticos por meio de recordatório alimentar de 24 horas e os antropométricos e de composição corporal por meio de aferição de peso, estatura e exame de densitometria óssea. Foram avaliadas mulheres 12 portadoras de doença celíaca, adultas e idosas. A primeira etapa consistiu no levantamento e avaliação dos dados no momento t0. A segunda etapa consistiu no acompanhamento durante seis meses, onde os voluntários participantes dessa etapa ingeriram uma porção de 37 gramas de biscoitos de coco sem glúten fortificados com fosfato de cálcio e colecalciferol (amostra B) diariamente, e a composição corporal desses voluntários foi aferida no momento t1 (três meses) e t2 (seis meses). Como resultado, 58,33% das voluntárias consideraram festas de aniversário e 41,66% restaurantes e viagens como as situações mais difíceis de seguir a dieta; 41,6% relataram possuir uma doença associada à doença celíaca, sendo hipotireoidismo, osteopenia e intolerância à lactose as doenças mais frequentes; os resultados do recordatório alimentar mostraram que a ingestão de cálcio pela dieta de 33,3% das voluntárias não atinge 50% da IDR de cálcio por dia; o IMC médio foi de 24,16kg/m2, o que caracteriza o grupo como eutrófico, entretanto, onze das doze voluntárias se encontram na classificação de percentual de gordura corporal muito alto, indicando risco de desenvolvimento de doenças associadas à obesidade; 50% das voluntárias foram diagnosticadas com osteopenia na lombar, no fêmur ou em ambos os sítios examinados, e 16,6% foram diagnosticadas com osteoporose. Em relação ao biscoito de coco fortificado com cálcio: a amostra B apresentou conteúdo deste mineral de 1259,03 mg em 100 gramas, o que significou que a porção de 37 gramas administrada diariamente às voluntárias continha cálcio suficiente para suprir 50% da IDR para indivíduos adultos. Biscoitos de coco fortificados com cálcio podem ser uma fonte alternativa de obtenção deste mineral, por indivíduos portadores de doença celíaca, especialmente para àqueles com intolerância à lactose. É necessário que um número maior de pacientes seja analisado e a que seja realizada uma continuação desse trabalho no sentido do estudo da biodisponibilidade do cálcio nos biscoitos, a fim de gerar dados complementares a esse trabalho e possibilitar a melhor indicação desse produto nas dietas terapêuticas para o portador de DC se faz necessárioCeliac disease is a chronic enteropathy caused by an immune response against wheat gliadin and maintained by other proteins in the prolamin group, characterized by total or partial atrophy of the mucosa of the proximal small intestine. When not properly treated, malabsorption of vitamin D and calcium and, consequently, osteoporosis occurs. This study aimed to: raise and evaluate clinical, dietary, anthropometric and body composition data in patients with celiac disease treated at the Clinic of the School of Nutrition of UFF and evaluate the effect of the intake of fortified cookies on bone mass of volunteers using diet therapy. Clinical data were collected through questionnaire, dietary food by 24-hour recall and anthropometric and body composition by measuring weight, height and bone densitometry. Twelve women with celiac disease, adults and elderly were evaluated. The first stage consisted of the collection and evaluation of data at time t0. The second step consisted in monitoring for six months, where volunteers participating this stage a portion of ingested 37 grams of gluten-free coconut cookie fortified with calcium phosphate and cholecalciferol (Sample B) daily and body composition of these volunteers was measured at time t1 (three months ) and T2 (six months). As a result, 58.33% of volunteers felt birthday parties and 41.66% restaurants and travel as the most difficult situations to follow the diet, 41.6% reported having a condition associated with celiac disease, and hypothyroidism, osteopenia and intolerance lactose the most common diseases, the results of the dietary recall showed that dietary intake of calcium by 33.3% of volunteers does not reach 50% of RDI of calcium per day; The mean BMI was 24.16 kg/m2, which characterizes the group as eutrophic, however, eleven of the twelve volunteers are in the classification of body fat percentage too high, indicating the risk of developing diseases associated with obesity, 50% of volunteers were diagnosed with osteopenia at the lumbar, femur or both sites examined, and 16.6% were diagnosed with osteoporosis. Regarding the gluten-free coconut cookie fortified with calcium: the sample B showed this mineral content of 1259.03 mg per 100 grams, which meant that the portion of 37 grams administered daily for voluntary contained enough to supply 50% of RDI for calcium individuals adults. Gluten-free coconut cookie fortified with calcium may be an alternative source of obtaining this mineral by individuals with celiac disease, especially for those with lactose intolerance. It is necessary that a greater number of patients to be analyzed and the continuation of this work in the direction of the study of bioavailability of calcium in cookies in order to generate additional data, and this work indicated that the best possible product for the therapeutic diets carrier DC is required83 f.Chiappini, Claudete Corrêa de JesusSilva, Alexandra Anastácio MonteiroBezerra, Flávia FioruciFreitas, Maria Cristina JesusWarlich, VivianCusielo, Kalinca Vitória Cardoso2018-10-04T17:34:03Z2018-10-04T17:34:03Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/7747Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 BrazilopenAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-09-06T02:39:30Zoai:app.uff.br:1/7747Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:53:56.497992Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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