Parasitos intestinais em alfaces (Lactuca sativa L.) comercializadas nas feiras livres do município de Niterói -RJ, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Velasco, Ubimar Pinto
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6327
Resumo: Entre as hortaliças a alface (Lactuca sativa) destaca-se por ser o alimento folhoso mais consumido no Brasil, por ser de fácil digestão, baixo custo e por ser rico em vitaminas. Por sua ingestão ser feita de forma crua, em casos de higienização inadequada ela pode veicular alguns patógenos para o ser humano. O objetivo deste trabalho foi verificar a ocorrência de estruturas possivelmente parasitárias em alface lisa e crespa comercializadas nas feiras livres nos bairros do município de Niterói, estado do Rio de Janeiro no período de agosto de 2012 até fevereiro de 2013 utilizando técnicas parasitológicas de concentração. Complementarmente, foi utilizada a técnica imunoenzimática (ELISA) para pesquisa de Cryptosporidium sp. Foram analisadas 210 amostras, cada uma constituída por uma unidade de alface, provenientes de 21 barracas que comercializam tal produto em 8 feiras livres do municipio. Formas evolutivas de parasitos foram evidenciadas em 5,7% (12) alfaces, sendo 4,8 % em amostras crespas e 6,7% em amostras lisas. Considerando a presença de contaminantes de origem biológica independente de seu potencial parasitário, constituídos por organismos em vida livre, parasitos e potencialmente parasitos 148/210 (70,5%) amostras foram positivas, sendo 75/105 (71,4%) de alface crespa e 73/105 (69,5%) de lisa. Foram considerados como parasitos, ovos, cistos e oocistos caracterizados como pertencentes a famílias ou gêneros comprovadamente parasitos de humanos ou de outros animais. Inclui-se nesta categoria ovos de Superfamília Ancylostomatoidea, ovos de estrongilídeos, parasitos de Ordem Strongylata, ovos de Ascaris sp, cistos de Giardia sp, oocistos de coccídio e cisto de Entamoeba coli. Em 42,9% das amostras de variedade crespa e 38,1% das amostras de variedade lisa foram evidenciadas formas evolutivas de protozoários ou helmintos, considerados potencialmente parasitos. Nesta categoria inseriu-se ovos de nematoides classificados como pertencentes à Superfamília Rhabditoidea, seus ovos e larvas de nematoides em vida livre. As formas evolutivas de ácaros e insetos, bem como os adultos de nematoides foram inseridas na categoria de organismos em vida livre. Todos os testes enzimáticos para Cryptosporidium sp apresentaram resultados negativos. Diante dos achados, concluiu-se que às hortaliças comercializadas para a população do município de Niterói em feiras livres, estão fora dos padrões de higiene preconizados para o consumo conforme legislação vigente, sem a devida higienização.
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